18.6.14

A cara do Rio que dá certo

Hoje levantei bem cedinho para um compromisso em Ipanema. Para mim o bairro simboliza o Rio que deu certo. Mesmo em obras para o metrô - e os caminhos atravancados, tapumes, poeira e ruas fechadas. O ônus do bônus. Caminhando pelas calçadas, vendo quem madruga, um jeito mole de quem começa o dia, para outros, uma pressa, roupa de ginástica, vai e vem tranquilo. Perto da praia, as roupas são naturalmente poucas, de modo que ver alguém de camiseta e sunga ou de top e legging é uma coisa absolutamente normal, parte de um cotidiano. Um sujeito passeando com um bando de cachorros me faz rir. Linda a cena, todos fofos seguindo o guia, alguns com a camisa do Brasil. Os pets no clima. Cachorro e criança me arrancam sorrisos com muita facilidade.

Findo o compromisso, antes das 10, Poli Sucos LOTADO de estrangeiros. Adorei ficar ali vendo o que eles pedem e como pedem. O atendente já meio treinado para a sua falta de inglês, mas escolado na linguagem corporal. Os "gringos" praticamente soletrando em português "bacon", "ovo" e muitos pedidos de açaí. Açai brasileiro bombando. Um casal pede para ver a fruta. Xiiii é polpa congelada. Frustração que não arrefece o apetite. Termino meu suco e na calçada mesmo vejo um grupo enorme de jovens loiros, nórdicos, sem camisa. Típico torcedores. O clima da Copa deixa a cidade mais bonita, mais dinâmica e alegre, como deve ser. Estrangeiros em Ipanema é normal, mas naquela profusão é especial. Eu de casaquinho e eles, exibindo o peitoral - para os loirinhos, a temperatura de hoje cedo deve ser a de verão deles. A cara da alegria. A cara do Rio que dá certo.

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