Já preenchi muitas páginas com histórias. As minhas e as dos outros. Profissionalmente ou por lazer. Sempre com prazer. Vivi para ver e guardar instantes preciosos ou ouvi, para que todos conhecessem um pedaço daquela vida contada, narrada através da minha letra, da minha curiosidade, do meu olhar e do que o entrevistado tinha mesmo para dizer daquele instante na sua trajetória. Ouvi muitas histórias as quais não posso contar. Algumas aparentemente revivi junto enquanto a pessoa me contava (choro, rio, penso, me comovo, me entrego, compreendo, consolo. Tudo parte de mim). Outras, escutando "ao pé do ouvido", imaginei à minha maneira, escrevendo com letras do pensamento nas páginas do coração. E lá estão e voltam vez ou outra.
Depois de adulta, descobri a graça de ser filha e que viver histórias com a minha mãe - e com quem amo também - é o maior legado que me deixam, enquanto juntos (as) estivermos. Diferentes demais, ela e eu, mas com a dádiva de sonhar, escrever e viajar - em quase todos os sentidos bons que essa palavra pode conter. As vezes, antes de dormir, olho as fotos do que já fiz e registrei nessa vida. Ou lembro de passagens registradas com as tintas do sentimento apenas. E como é bom. Lembrar. Viver. Sonhar. Passado, presente e futuro inseridos nessa bela equação.
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