30.1.12

Ao mestre com carinho


O que você vai ser quando crescer? Médico, astronauta, cientista, bailarina, modelo, jogador de futebol... Essas são profissões que certamente aparecem muito no imaginário infantil. Eu tive um namorado que quando era pequeno dizia que queria ser "aposentado igual ao vovô". Uma amiga sonhava em ensacar as compras do supermercado. Vai entender? (risos). Quem te define é o trabalho? Como o trabalho te define? Quem escolhe quem? Quais são as regras desse jogo?


Assim que entrei no ginásio (na escola), decidi que seria jornalista. Era algo claro, as minhas características me definiam bem. Quando fui para o segundo grau, advogados e médicos dominavam os sonhos da turma. Anos depois, menos de 2% seguiu aquilo a que se propunha. Gosto de pensar que segui o chamado da natureza. Não renego minha escolha, apenas não me conformo em não estar satisfeita e persigo essa sensação com zelo, cuidado e algum planejamento.


Claro, em muitas horas preciso de ajuda. Não tenho vergonha de pedir conselho, opinião ou oportunidade. "Não", é uma palavrinha que não me assusta, ao contrário de "espere"... Quando não peço a tal ajuda, a vida faz sua parte e me oferece. E eu sempre dou atenção às coincidências. Hoje, por exemplo, "bati de frente" com um dos professores que eu mais admirava na época da faculdade de Jornalismo. Marcos Alexandre era um cara sensacional, interessado no desenvolvimento do aluno, dinâmico e motoqueiro (meu aparte destoado favorito). Acho excelente encontrar antigos mestres. Conversamos muito, de um outro ponto na escala de valores da vida. Ele me deu dicas boas e uma oportunidade que pretendo me jogar. Mas de tudo, uma frase eu guardo: 


MA: Tenho um carinho muito especial pelos alunos que dão retorno. manter o contato com vocês é estimulante.

Bibi: É estimulante mesmo. Eu tenho um blog há cinco anos. Quando as pessoas retornam é uma alegria enorme, porque sei que as letras transcenderam a tela.


A lei do retorno pode muito bem funcionar a nosso favor, quando plantamos boas sementes, quando temos sonhos em forma de esperança, quando negligenciamos a lei de Gérson e aplicamos os princípios físicos da ação e reação. Quero crer que fui plantando muitos jardins por onde passei. E já passei por muitos lugares. Quero fazer das pedras que me feriram um canteiro. E aprender com as pedras que atirei, cultivando mosaicos ao invés de altares para holocausto. Esses, só se for para imolar algum tipo de dor. Inevitável, até.    

2 comentários:

Luke disse...

Eu vou ser engenheiro de montanha russa.

Ops, vou não. Eu SOU já. hehe acho que eu tô nos 2%...rs

Bibi disse...

Dare to dream!