19.12.07

Viva a Sofia



Se tem uma palavra que define meu atual estado de espírito é inquietação. A inquietude de ser, de estar, de viver, de não saber para onde ir, de se sentir presa. Pois é, hoje é um daqueles dias que custam a passar e você nem sabe muito bem o motivo... Acho que todo mundo já se sentiu dessa forma, pelo menos uma vez na vida. Não falo de ansiedade. Só sei que estou aqui, conversando com o papel, querendo escrever, mas sem vontade, querendo correr, mas presa ao relógio. “Mas o relógio está de mal comigo!”. Estou naqueles dias em que a gente pensa que a vida está estacionada lá fora, apenas esperando você sair desse transe louco que se chama mundo real.
Hoje estou me sentindo especialmente criativa, mas ao mesmo tempo tem uma névoa estranha que me leva a querer o não querer. Talvez eu esteja buscando o querer além do querer. Que vontade de descobrir o que é novo, de sair correndo pela rua, de tomar banho de chuva ao lado de alguém especial. A vida está me esperando lá fora, mas também está pulsando nas minhas veias. E ela bate com força, alerta, na expectativa de momentos ainda melhores. Esse é o querer mais que bem querer, é a vontade de sair ao encontro do futuro e fazer do hoje o melhor para o amanhã.
A mesa do meu trabalho está uma bagunça. Quem me conhece bem pode imaginar o “murundu” que isso aqui está. Nada fashion! Mas resolvi mudar um pouco o ambiente, como parte de um início de uma transformação interna. A gente não precisa de grandes mudanças para trazer humor ou beleza para a vida, ingredientes mais que necessários. Um brother, o Guto, trouxe para mim um presente – mandado pelo Ju Coutinho, a pessoa que para mim é símbolo de tantas coisas boas, do que é ser mulher, do que é ser humana, do que é ser feliz apesar de e ainda que – que tem um valor muito maior que eles possam imaginar: a foto do batizado da Sofia, filhinha deles.
Sofia está aqui, rindo para mim em frente ao meu computador, como símbolo da algo melhor que está por vir; como fonte de inspiração para sonhos teimosos que não me deixam, ainda bem! E que nesse fim de ano, as coisas boas se renovem, assim como se renovam as pessoas especiais como a Ju, através da Sofia. Quem pode resistir a esse olhinhos tão curiosos, prontos para desvendar o mundo!



Tem certos dias em que eu penso em minha gente / e sinto assim todo meu peito se apertar / Porque parece que acontece de repente / Como desejo de eu viver sem me notar / Igual a como quando eu passo no subúrbio e muito bem vindo de trem de algum lugar / Ai me dá uma inveja dessa gente, que vai frente sem nem ter com que contar / São casas simples com cadeiras na calçada e na fachada escrita em cima que é um lar / E na varanda cores tristes e baldias como a alegria de não ter onde encostar / Ai me dá uma tristeza no meu peito pelo despeito de eu não ter como lutar / Eu que não tenho, peço a Deus por minha gente / É gente humilde, que vontade de chorar / Gente Humilde, letra de Garoto, Vinicius de Moraes e Chico Buarque/1969 na voz de Angela Maria.

5 comentários:

Anônimo disse...

Biaa!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Amiga, fiquei feliz em ver seu talento atraves das letras, frases, gestos de carinho, atitudes grandiosas vindo de uma pessoa extremamente linda, por dentro e por fora ;)
Que esse seu Blog seja sempre repleto de muitas coisas boas, textos deliciosos e bem humorados!!!
Beijossss,
Andrea;Gabi e Dudu.

Anônimo disse...

Andrea, vc é uma das pessoas mais incríveis que conheço!

Anônimo disse...

Adoro seu jeito de escrever... principalmente quando surge uma letrinha de música!!! Simplesmente... cantante!!
Bjusss

Anônimo disse...

A Andrea nao falou nada demais.. vc é isso tudo mesmo... ai ai... (ciumento.... kkkkkkk)
Bjos linda!

Bibi disse...

Quanto recado saboroso! Gosto assim, quando a galera comparece no texto e nos recados! Anônimo, vc sabe que é uma delícia na minha vida vida, né? rsrsrs Fica com ciúme não! E vem me ver!