6.9.09

Vender Sonhos

Tenho certeza de que fui chamada para Vender Sonhos (não é o doce de padaria. Sejamos mais "sonhadores" meus caros Ciclitas). E isso não tem a ver necessariamente com vocação e nem com formação (físca, mental ou espiritual)... Está mais próximo daquilo que considero ser a minha essência, um sopro de vida (um fôlego que dá formação a alma). Vender sonho não é ganhar dinheiro com a ação (venda é uma matáfora de valor que se dá a algo que se compra. Geralmente damos menos valor ao que ganhamos. E quando se compra algo, se faz uma decisão, portanto, é fruto de raciocínio e escolha). Vender Sonhos é esperar por sorrisos, paz de espírito, encontrar sentido onde nada mais faz sentido. Esperar não é ter a certeza de que vá receber, mas ter a certeza de que está contribuindo com o que você tem de muito sagrado: o bem.

Aprendi que quando Vendemos um Sonho a alguém, a gente oferece a chance da pessoa ter vírgulas ao invés de pontos finais. Amei essa metáfora. E foi por ela que percebi, que eu, mesmo precisando Vender Sonhos por essência, para encontrar um sentido em mim que seja suficiente à minha formação, preciso comprar os meus sonhos - ou redescobri-los ou resgatá-los de um inferno existencial. Me falta esse combustível onírico... Com ele produziria mais sorrisos e trocaria mais amor. Com ele me daria mais valor e saberia aplicar em fundos de esperança tantos talentos que a vida me forneceu.

Há uma sensibilidade enorme colada à minh'alma. Não é fraqueza, mas franqueza. Sou o termômetro do mundo. Do meu mundo. De tudo o que está à minha volta. Sinto diferente, de forma mais intensa. Sinto que preciso de sonhos e novas realizações. Sinto que preciso do desafio de vender sonhos. Quem quer?

8 comentários:

valmir disse...

Bia, uma vez uma grande fotógrafa me definiu assim a importância de quem trabalha com jornalismo de celebridades: ‘nós vendemos sonhos’. Vendemos vidas felizes, em casas bonitas, de gente bonita, em corpos perfeitos... para um público que não tem aquela vida ali mostrada e que só pode viver aquilo vende revistas, sonhando. Seu texto me fez lembrar dessa visão, um tanto poética, de uma das esferas do trabalho do jornalista, vendedor de sonhos.

Anônimo disse...

Maravilha de texto, Bibi.
Claro, só poderia ser criação de uma pessoa especial: você.
Continue nos brindando com seus textos.
Saúde e Paz.
Bino.

Bibi disse...

WoW! Definição boa. Nos aquece enquanto profissionais. Mas quero vender sonhos palpáveis e palatáveis. Fazer diferença na vida de alguém e não no sonho desse alguém apenas. Preciso de sonhos que não tenham mulheres de corpos incríveis, apartamentos no exterior e um sorriso que a gente sabe que muitas vezes é amarelo! rs

Bibi disse...

Bino, querido!
Estava tão sumidinho!
Sinto sua falta aqui, menino!
Vc é parte importante do meu blog!
Pode acreditar!

Fernando Rocha disse...

Quero um, no qual eu seja algu´m ue exista, sem se dar conta deste fato.

Bibi disse...

Fernando! Palavras profundas! Mas a gente só existe quando se percebe; quando se dá a chance de se conhecer nas nossas vielas emocionais. Não há conhecimento que substitua a grande viagem em busca do nosso eu. Os sonhos alimentam a alma. A alma guarda o nosso "inteiro".
Quando estamos juntos aqui, trocando experiências, a gente está arrumendo um jeito de sonhar junto e de acrescentar.
Eu acho.
Sou muito grata por cada palavra que vocês colocam aqui!

jose luis disse...

ouvi hoje que o Chico estava vendendo um realejo
que vendia sonhos a varejo

Bibi disse...

Eu só quero saber que o realejo diz que eu serei feliz!