18.3.15

Entre partir e ficar


"Queria que o abraço mais caloroso e reconfortante pudesse ser mandado por e-mail e chegasse aos destinatários agorinha.
Quando as palavras não fazem o menor sentido, o ABRAÇO sempre diz muito. Sempre."
(Bia Amorim)


Essa frase - que criei e postei há alguns dias -, volta ser a mais plena verdade. "Queria que o abraço mais caloroso e reconfortante pudesse ser mandado por e-mail (wifi, sinal de fumaça, por telepatia) e chegasse aos destinatários agorinha. Quando as palavras não fazem o menor sentido, o ABRAÇO sempre diz muito. Sempre". Mais uma partida. A terceira despedida em menos de duas semanas. Mês de março não está fácil não! Logo o "meu" mês me exigindo tanto. 

Dessa vez não foi na família (uma colega de trabalho teve uma perda muito dura hoje). Ainda assim, me fez chorar mais que as outras despedidas. Talvez porque quem está perdendo hoje não tenha noção do tamanho do meu afeto e admiração. E me pergunto: é possível que todo mundo que faz parte da sua história afetiva saiba o tamanho daquilo que você sente? Impossível! Contudo,  isso hoje me chateou... As vezes você nem é amado (chame a isso também de querido, apreciado, considerado) da mesma maneira em retribuição. As vezes você se toma de ternura, porque é impossível criar uma barreira no coração, na alma, para aquilo que vem e que fica. Sentimentos não se explicam, de fato. Não se medem. Não se repelem. Não podem ser exigidos e se sinceros, não conseguem ser programados. 

Eu sou intensa: gosto muito de muita gente. O que é bom e ruim. Venho aprendendo a lidar com a questão da afetividade. Expectativas. Frustrações. Tudo que as relações humanas de alguma maneira nos trazem. Um beijo "bem apertado" para essa minha amiga. Nesse instante dei o melhor que podia a ela: pedi a Deus o seu consolo. Só Ele.

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