26.5.11

Voltando à Faculdade:



Voltando à Faculdade:

Essa minha nova vida de velha aluna me brinda com assuntos diversos e interessantes. Agora, por exemplo, a gente tem uma matéria que vai fazer seminários sobre as religiões. Já havia mencionado aqui que o meu grupo ficou com o Judaísmo, religião que me causa enorme fascínio. Ainda temos tempo para preparar um belo trabalho.

Hoje, um outro grupo apresentou a história do Budismo. A intenção não é medir a religião, sua eficácia ou fazer qualquer tipo de julgamento ou comparação; mas reunir informações para que os demais conheçam os aspectos que levam as pessoas à professarem aquela fé.

O que me deixou intrigada em relação ao Budismo apresentado pelos alunos, portanto, sujeito a falhas na pesquisa ou na interpretação para a exposição dos fatos, foi com relação aos princípios do ensinamento:

Disseram que: Todos os seres estão sujeitos ao sofrimento desde o nascimento. O sofrimento surge em função dos nossos desejos. Ao eliminarmos esses desejos, o sofrimento é eliminado.

Isso me confundiu um pouco, sabe? Principalmente por ter já a minha própria visão dessa filosofia, que creio até estar longe da verdade. Mas me pareceu tão triste buscar a iluminação e abdicar dos desejos da vida que é aqui e agora. Nunca imaginei que o Budismo fosse fatalista, achava que aquele monte de meditação fosse para trazer um pouco de paz na loucura dos tempos. 



Não faço um julgamento de fé, mas apenas tento contextualizar aquilo que parcamente sei, com aquilo que foi exposto no seminário e mais a questão histórico-filosófica que nos contextualiza na questão espaço-tempo. Fé é algo muito pessoal para ser debatido ou questionado via blog. Sou apenas uma criatura habitada pelo bichinho da curiosidade sobre fatos.

8 comentários:

Sintia disse...

É, realmente religião é complicado discutir, Bia! Hoje em dia existem muitas limitações em expressarmos o que realmnete pensamos. Existe aquele velho ditado de "cada um com seu cada um e pronto", então respeitar as opiniões é questão de boa convivencia.Penso que a evolução dos seres humanos parte de principios por interesses proprios que somente cada um pode defender o seu, e assim segue a humanidade. Se é egoísmo ou individualismo não sei, mas todos somos 50% razão e 50% sentimento, so que em momentos diferentes um dos outros.
Bom assim que penso.
Tenha um maravilhosooo final de semana BIA e que Deus te ilumine.

Bibi disse...

bacana o que vc me escreveu. Semana que vem vão falar de Islamismo, que muita gente tem preconceito sem nem conhecer. Tomara que seja interessante.

Saulo disse...

Tenho que parar de desejar todos os hambúrgueres do mundo!

Bibi disse...

Por que?

Leopoldo E. Arnold disse...

Concordo contigo, Bibi. Sou parceiro nessa forma de pensar.
Se não é para a gente viver e brigar pelos nossos desejos, então vivemos para quê?
Eliminar desejos não seria o mesmo que eliminar a vida? A gente até sofre, mas viver em um vazio também não, né?!
Não estou dizendo que o Budismo, ou qualquer outra expressão religiosa, seja um vazio. Jamais! (apesar de que algumas cabeças religiosas que tiram do sério). Eu apenas penso que não há vida sem uma pitada de pecado...
E outra: não podemos confundir religião (aspecto objetivo) com religiosidade (aspecto subjetivo). A gente até pode seguir uma, mas às vezes saímos do caminho... hehe...
Abração, Bibi! Estou sempre na “bicicreta”.

Bibi disse...

Leopoldo, dear, não brigo muito pelos meus desejos, porque eles são enganosos muitas vezes, brigo pelos meus sonhos, que me impulsionam. Os desejos tem uma potência tão enorme, que precisam ser analisados com alguma frequencia. Outras vezes me lanço ao desafio, com sede de testar as potencialidades, desafiar as barreiras.
Acredito que a religião vem para satisfazer uma parte importante na nossa formação enquanto seres individuais que buscam sentido na existência e a fé é material que preenche a nossa essência, enquanto humanos que somos - por fora e por dentro há um tipo de formação e construção.
Eu entendo você falar em pecado como aquela quebra permitida de uma lei não declarada, mas penso que todos já nascemos com a marca do pecado e uma das nossa missões é a superação dessa marca na tentativa de sermos o melhor que pudermos dentro desse caminho torto que nos foi meio imposto, eu diria. Fazemos as nossas escolhas e vamos em frente com causa e consequencia.

Essa questão que você falou de seguir uma, mas fazendo o nosso caminho, tenho estudado isso na faculdade e lido textos incríveis que talvez reparta aqui. A maneira como nós estamos tendendo a criar nossa regras pessoais dentro de religiões com suas condutas específicas...

Leopoldo E. Arnold disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Leopoldo E. Arnold disse...

Ok. Lido, aprendido e guardado.
Trocar ideias é um excelente negócio porque, além de ganhar uma nova, a gente ainda pode ficar com a nossa.
No mais, continua pedalando. Ali na descida deixa que eu pedalo... hehehe...
Abração!