31.10.11

Saltando da morte para a vida



Curioso. Há duas semanas acompanhei a história da empregada grávida que se sentiu mal e caiu do 10º andar de um prédio no sul do Brasil e sobreviveu, amparada por uma árvore. Hoje, vejo o impressionante relato de uma jovem de Goiânia que saltou para a morte de um apartamento em chamas, mas o que ela encontrou foi a vida. Milagrosamente ela sobreviveu à queda do 12º andar. A mesma que vitimou seu marido momentos antes. 


Essas histórias me tomam por completo, me arrepiam. São relatos reais, mas que estão no nível do inacreditável. Eu vi uma cena assim. E, por mais que o final seja feliz, ela não deixa de ser chocante e de provocar sensações muito estranhas. Eu estava saindo para a faculdade, quando vi que um dos apartamento do prédio estava pegando fogo. Era o 10º andar e um homem estava em desespero, tentando respirar na janela. Não sendo mais suportável ficar dentro do quarto, ele sobe no parapeito da janela e vai se esgueirando para o lado, tentando fugir do calor. Impossível. Ele se solta.


Vocês conseguem imaginar o desespero que está na parte de baixo, inútil à dor e ao sofrimento de uma pessoa, acompanhando o desenrolar de uma tragédia anunciada? Eu só imaginava aquele homem em pedacinhos no chão. A cena marcaria para sempre a minha vida, porque tenho muita angústia com gente machucada. Apavorada, me virei de costas, coloquei as mãos no rosto e "apertei o coração". Não vi o milagre completo... Num segundo, era uma morte horrenda anunciada e no outro, o homem estava de pé, ali bem perto de onde eu estava. Nem ele acreditou que estivesse vivo! Bateu em um toldo e foi amortecido por uma fiação que não fechou curto. 


Depois dizem que milagres não acontecem, que as coisas são fruto do acaso... Tenho pena de quem não consegue crer naquilo que transcende a matéria e vivifica o espírito. Não por serem ignorantes, mas por não desfrutarem da emoção que é poder confiar em Deus e agradecê-lo por cada vitória. Mesmo não sendo a sua :)

2 comentários:

Leopoldo E. Arnold disse...

“Mesmo não sendo a sua”.
Um final grandioso. Você escreveu com nobreza.
L. E. Arnold.

Bibi disse...

Tô tão, tão feliz de ter inventado um nome personalizado para vc! rs Finalmente vc se rendeu! hehehe Joia joia! kisses