19.10.15

O tempo voa mesmo. Já foi!

O BibideBicicleta não morreu. Voltando a escrever quando a inspiração me dá um sacode! hehehe

Da série: o tempo voa.

Lendo a coluna do Leo Dias​ hoje (no Jornal O Dia do Rio de Janeiro), me deparo com uma informação que poderia passar batida, mas não passou. Pelo menos não para mim, que me mexi na cadeira.

"... A jornalista Carla Vilhena, do ‘Fantástico’, escolheu o Espaço Ônix, no Jardim do Golfe, em São Paulo, como cenário da festa de 15 anos dos filhos gêmeos, Pedro e Clarissa, no começo de 2016..."

Gente, confesso: era meu plantão na Caras, a Carla Vilhena estava no Rio - casada com o jornalista Chico Pinheiro, eles tinham apartamento no Rio e SP - e uma das minhas missões era ligar para ela e saber se tinha entrado em trabalho de parto; como estavam as coisas. E ela levava isso numa boa! Hoje, nem consigo imaginar como isso funcionaria. Talvez hoje fosse plantão no Instagram!  

Os gêmeos não nasceram no meu plantão (ufa). Mas, olha!: o fato vai fazer 15 anos! E eu lembro de quem eu era, de como eu era, dos detalhes da cobertura. Sim, clichê dos clichês, parece que foi ontem. Época de pouco uso de internet - redes sociais nem sinal de fumaça; de falta de foto de celular em especial; de poucas agências de fotografia, porque tudo vinha de dentro da redação. O mundo mudou, o jornalismo está em transformação feroz e eu, mesmo sendo outra pessoa, tem dias que sinto que 'ainda somos os mesmos e vivemos como nossos páaaaaaaaaaais'.

Mas já!?



ps: Anos e anos depois, como freela da mesma revista, cobri o novo casamento da Carla Vilhena no Outeiro da Gloria ;)

#souForrestGumpmesmo     

24.6.15

Luciana Gimenez na Glamour

Luciana Gimenez em Londres para a Revista Glamour
(Foto: Robert Astley Sparke)
Nem sei dizer como cheguei à matéria da Luciana Gimenez para a Glamour. Mas cheguei, vi e guardei para mais tarde. Tipo, agora (risos). Gosto muito da Glamour e curto a Luciana Gimenez enquanto personalidade (Ohhhhhhhhhhhhhh). Apesar do furacão em que se meteu durante os dois últimos relacionamentos conhecidos - o atual casamento e o namoro com Mick Jagger - ela não é de dar muitas entrevistas, de buscar mídia para a sua vida pessoal. Protege os filhos do assédio também. Tenta. Coisa rara na cultura das celebridades nos últimos tempos. Só ai já há um ponto de interesse.  

Quando ela resolve falar, acho que fala bem. A gente acreditando ou não no que foi dito. O julgamento alheio foge totalmente ao controle de quem quer que seja e cada um só acredita naquilo que quer acreditar, não é verdade? (Ela fala sobre isso na reportagem). Sempre dou uma olhada nas matérias que saem sobre a Luciana e toda vez me deparo ou com um fato novo ou com uma frase de efeito - do tipo "molecona". Dou risada muitas vezes. E a vida é feita disso também. Separei uma frase que curti no fim do texto...

Taí alguém que falta eu entrevistar... Certamente deve render um bom papo.

"Tivemos uma relação de quatro anos. O Mick não é um cara a quem se pode aplicar o conceito de namoro, entende?" 

      

Estamos combinados?



Muitas e muitas vezes eu penso se devo deixar meus pensamentos registrados aqui no BibideBicicleta. Sempre acho - e percebo - que as pessoas deixaram de ler blogs, principalmente os sobre tudo e sobre nada (menos os de moda, beleza e fitness, muitos desses BOMBAM na rede). Acho, ainda mais, que deixaram de ler o meu blog. Os números não mentem, mas eu também não sei usar direito o programa que faz as estatísticas, rs. Mas, oh, sei números básicos (hehehe). 

Então, me seguro à ideia de ter um lugar para registrar meus pensamentos (para mim mesma, que seja). No momento seguinte, vem o questionamento interno: "me diz um dia que você tenha voltado no tempo para ver o que estava pensando quando...?". Verdade. Só volto para ver o começo do blog e textos específicos, como frases, crônicas e poesias que não me saem do pensamento.

"Continue a nadar", ouço a minha Dori de "Procurando Nemo" interna me dizer. Foi mais ou menos isso que o Zuenir Ventura me aconselhou uma vez. Não sobre blog, mas sobre escritos. "Guarde, mesmo que não goste. Resista a rasgar. Um dia você volta e melhora". Pode ser. Mestre é mestre. Já cruzou por esse caminho espinhoso. 

O fato é que se não for aqui, não vai ser em outro lugar. Por falta de tempo, por ter horror no que a minha letra se tornou ao longo do tempo como jornalista, por já não saber como usar caneta e papel para registrar momentos e ideias. Não sei mais. Simples assim. O papel só me salva para fazer poesia. Na máquina não sai direito (kkkkkkkkk). As maluquices nossas de cada dia. Quem não?!

E tem mais um fato, claro! Se houver dois ou três leitores - que seja - é melhor do que deixar um texto morrer a míngua dos olhos alheios em um caderno qualquer. Essa é a vaidade de quem escreve, o combustível, a meta. Leitores. Então, continuo a nadar. Estamos combinados?     

22.6.15

Visita


Pessoas públicas também são... pessoas. Frase óbvia, né? Mas quando falamos de artistas é muito fácil imaginar para eles uma vida que não necessariamente se parece com a realidade. Ainda mais uma realidade imaginada, hipotética, onírica. É gente que ri e chora, que se despenteia e borra a maquiagem, dá topada com o dedinho do pé... Muitos pegam no pesado e todos tem sentimentos tantos, quanto eu e você. Uma vida para preencher, uma mente que precisar se aquietar para dormir o sono dos justos, contas a pagar, amigos para fazer e manter. Um trabalho, um ofício. Outro dia bati papo com a Lucy Ramos, de I Love Paraisópolis, e ela visitou o BibideBicicleta. Tirou daqui uma frase que gostou e compartilhou no seu Instagram. Amo visitas que retiram o melhor do melhor que eu tento dar.  

27.5.15

25.5.15

A que será que se destina?


Menino morre afogado em piscina durante almoço na casa da tia em MT




Duas notícias que me fazem pensar. A vida por um fio. Nossa vida por um fio sempre. Por que uns vão e outros ficam? Por que dizem que diante da constatação da efemeridade certa, da transitoriedade da nossa existência nesse mundo como o conhecemos devemos aproveitar cada dia como se fosse o último?

Deveríamos, portanto, viver de extremos? Pé no acelerador? Não deixar passar oportunidades? O que seria aproveitar cada segundo para cada um de nós, individualmente? E as obrigações? E os deveres? E as missões? E a entrega? E as lições através dos equívocos? E as não-escolhas? E o que não depende de nós? E o errado que acaba virando o certo? E as contrariedades? E o desejo do outro? Questionamentos pessoais que nos levam a novos questionamentos que perpassam - ou não – diante de um desejo coletivo.

A família saiu ilesa. O menino morreu afogado. Um evento extremamente parecido aconteceu comigo, antes dos cinco anos de idade (meu pai me trouxe de volta numa manobra de primeiros-socorros). Fico me perguntando, com certa constância, a que será que se destina a minha presença nesse mundo? Ou a minha não-ausência? Acreditei, levianamente e com certa infantilidade durante um tempo, que estava destinada a grandes coisas. Vivi com o pé no acelerador por acreditar que tinha pouco tempo para isso. Para tudo que cabia no conteúdo dos meus sonhos e no fôlego que a criatividade me impulsionava.  Ainda acredito que luto contra o tempo – e ironicamente perco tempo pensando nisso (risos). Mas no fim das contas, acredito que sobrevivi para isso mesmo: sobreviver. A cada dia, a cada desafio, a cada contrariedade, a cada aposta que não termina da maneira que sonhei, quando “me lancei à aventura”.

Hotel Lego


Quando o Lego virou mania, eu já não curtia brincar de montar (Lego nasceu em 1949, mas as novidades demoravam a chegar ao Brasil e levavam ainda mais tempo para se tornar mania). Experimentei brinquedos de encaixe semelhantes e quando nasci, o hit eram uns blocos de construção sem encaixe (acho que de madeira). Até hoje acho fofo. No entanto, boas ideias sempre me cativam. Gosto de estar aberta ao novo, ao que soa diferente no meu repertório. E quando esse novo está ligado ao entretenimento, mais ainda me chama atenção. Foi assim quando li sobre o HOTEL LEGO

Parece que já havia um na Califórnia e semana passada inaugurou o de Orlando. E tudo que é inaugurado em Orlando, imediatamente repercute por aqui, né? (risos). Adoro a ideia, o colorido, a aparente inovação. Sem contar que sempre me rendo à capacidade americana de criar "entertainment" em cima de todo e qualquer assunto. Para mim essas ideias significam o uso da criatividade de forma abundante. 

Amo parques. Amo temas. Amo Orlando. Amo o uso da criatividade nos EUA. E me pergunto: quando será que vou conhecer a Legoland? Está na lista! 

21.5.15

E eu, que tento não me perder em meio a dias tão perdidos...



Pela janela, empoeirada devido às obras do metrô na região, vejo essa beleza que agora apavora. E acredito que a nossa lente em relação ao Rio está um pouco assim: empoeirada devido às circunstâncias. Seja zona norte, sul ou oeste, me diz, quem é que sabe viver como refém de uma guerra não declarada?

A vida do médico esfaqueado pelo menino pobre assaltante de bicicleta vale tanto quanto a vida do menino pobre do Morro do Alemão morto por um policial. Ou da moça que andava pela Tijuca e foi alvo da bala perdida do assaltante em fuga. A vida deles vale tanto quanto a do cinegrafista morto durante o exercício da sua profissão por jovens estudantes supostamente aliciados para criar tumulto em meio à legítima manifestação da população, justamente por melhores condições de vida. Ou a vida de policiais que são mortos por meninos, cujos sonhos e o respeito à vida foram mortos por circunstâncias anteriores. 

Saindo do óbvio, que é arma na mão, bala perdida e faca na caveira... Acho que a vida deles todos vale tanto quanto as de quem perdeu em explosões de bueiro, chão de hospital sem médico ou a de turistas em visita ao Rio que por engano pegam uma rua diferente e dão de cara com a sua sentença de morte. Bang. Fim.

Ana Paula Miranda, professora universitária e antropóloga vinculada ao Instituto Nacional de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INEAC), acredita que a violência vem da “ausência de cidadania no Brasil”. Pode ser isso? Pode. Mas eu me recuso a acreditar que essa escalada de violência na minha cidade seja fruto de apenas um viés. Seja ele político, sociológico, antropológico, legal, dinástico ou o que for. 

Violência, tendo a pensar, talvez não seja gerada pela falta de alguma coisa material. Também não posso aceitar que ela possa ser fruto de falta de oportunidades. Não somos bárbaros, mas estamos voltando a essa era lenta e progressivamente. Uma geração mais violenta que a outra. Vemos assaltos ao vivo no jornal!!! Voltamos à era das facas. Fico me perguntando se vou viver para ver a volta do uso da navalha, do duelo de espadas, do convite para a disputa do gatilho mais rápido em praça pública, do uso do tacape na cabeça do inimigo.

Vivemos a era do ego gritante, da solidão galopante, do individualismo exacerbado, do narcisismo estimulado. É proibido dizer não. É insuportável sentir-se magoado. Tudo fragiliza, traumatiza, é politicamente incorreto ou socialmente inadequado. A era do eu, do meu, do ter ao invés de ser, do parecer ao invés de vivenciar. O tempo de não olhar para o lado, o tempo de não ter tempo para o que realmente importa. Consumimos tanto, que estamos nos consumindo como espécie. Escravos do trabalho, do dinheiro fácil, da aparência irrepreensível, da imagem ilibada. Quase presos uns aos outros por fios de vida. Afinal, poucos são os que suportam estarem sós. Entra em cena o amigo celular, que ironicamente nos conecta ao outro virtual e nos desconecta de toda a vida que acontece em volta.

Perdemos o afeto, a ternura e estamos quase perdendo a possibilidade de nos encantarmos com aquilo que é mais simples, orgânico, básico. Está difícil. Estamos nos perdendo... 

E eu, que tento não me perder em meio a dias tão perdidos...

18.5.15

frase

"Podemos ser 
- e tantas e tantas vezes somos - 
o nosso maior inimigo. 
Só percebemos o quanto somos capazes, 
quando conseguimos vencer a nós mesmos. 
Eis um grande desafio perpétuo" 
- Bia Amorim

12.5.15

pensando...

As vezes eu penso que 
os cabelos das mulheres 
tem vida própria, 
independente de suas donas. 
E um humor 
muito particular também. 
‪#‎pensamentoviaja‬

7.5.15

Quando bate a realidade!













ACORDA MENINA!





Batizando os gatinhos povisoriamente

A saga dos gatinhos...



Para os que estão começando a pedalar agora, um resumo da história. Eu adotei a Nina, minha gata preta, e sempre quis mais uma, para fazer companhia, brincar e acalmar ela, que me arranhava toda. Moro com a Minha Mãe, que não gostou nada da ideia de um segundo gato. Quatro meses depois, minha vizinha bate na porta pedindo para eu levar alimento para um gatinho raquítico que estava entre os carros do edifício. Fui. Achei o pet magrelinho, que veio na minha mão. Era fêmea e tigrada. Levei para casa. Minha Mãe ficou doida; eu disse que era lar provisório. 

No dia seguinte batizei de Dora, que é o apelido da amiga dela. Fui trabalhar e quando voltei, o cenário já era outro. Ela descobriu que a gatinha fugiu no primeiro cio e foi rejeitada pelos donos, que a deixaram à própria sorte. Diante disso, podia ficar se... Não estivesse prenhe. Levei ao Vet, que olhou, mas nada viu. A gata comia enlouquecidamente e dois meses depois ficou mais que evidente que ela estava ganhando peso apenas na barriga. Prenhe. 

Nasceram, então, 4 gatinhos em um parto sensacional, que um dia eu conto. Foi lindo demais, com cenas inacreditáveis. Minha Mãe ficou mais calma que eu durante toda a gestação e se apaixonou pela Dora. Alguma coisa a fazia acreditar que conseguiríamos lar para os gatinhos.




Corta para... HOJE. 22 dias depois...  

Minha Mãe resolveu dar nomes provisórios aos gatinhos. Ferrou geral! Vocês viram o que aconteceu quando eu chamei Dora de Dora, né? Mas ela já sabe que não podemos ficar com mais nenhum, em função de espaço e do meu orçamento para gatos, que não permite. Vai daí que começou a escolha dos nomes para ela poder brincar com eles. 

Mãe: a rajada é a Mel.
Bibi: Os pretinhos já são B-Negão e Veludo.
Mãe: Como vamos chamar o branquinho, meu preferido?
Bibi: Branquinho!?
Mãe: Não, vou pensar...

Saio da sala e começo a ouvir a Véia falar sozinha - ou melhor, com os gatinhos. Estava chamando o branquinho para testar. Um minuto depois, vem ela...

Mãe: Já sei como vou chamar!
Bibi: Hum?
Mãe: Você sabe como era o nome do meu pai, né? Ele tinha um apelido. Vou botar o nome dele em homenagem.



Bibi (em pensamento): Ai meu Jesus Cristinho, ela vai batizar o gato favorito dela com o apelido do pai? Nada poderia ser tão mais afetivo! Ferrou! Ferrou! Ferrou! 

Mãe: Vai ser Lelé!
Bibi: Ah, Lelé não... - (parece apelido de maluco, pensei) - vamos colocar então , que é o apelido de José, nome do meu avô!
Mãe: não, que foi seu namorado - (e eu nem tinha me dado conta disso).
Bibi: Então vamos colocar Guigui! - brinquei. (Esse é o apelido do nosso pastor, Guilhermino Cunha).
Mãe: Mas Guigui é nome de menina?! - (oops, eu chamo meu pastor assim) - Prefiro que seja Guiga! (que é o outro apelido dele).
Bibi: Só que eu tenho uma amigA chamada Guiga. A Guiga é menina, embora a gente chama o Guiga, Guilhermino, assim também. Vai ser confuso.

Então passam aqueles 10 segundos fatais de silêncio. É quando o cérebro dá pinotes!

Mãe: Como é branco em inglês?
Bibi: White - (ela faz uma cara de dificuldade).
Mãe: Então, como é branco em grego?
Bibi: Oi????????????????
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk



Se em inglês já estava complicado, vocês imaginem em GREGO!? E como ela acha que EU saberia como se fala branco em GREGO????????
Desce o pano!

Update: Antes de dormir, ela chegou à conclusão de que seria Neno. Aguardemos os próximos capítulos

frases / pensamento







"...tem aquela máxima de Sócrates: "Quanto a mim, tudo o que sei é que nada sei". Quanto mais a gente aprende, mais percebe o quanto ainda tem pela frente a ser aprendido. Quanto mais adquirimos sabedoria, mais nos notamos ignorantes. Isso me encanta e não me causa ansiedade. Pelo contrário, tenho sede de aprender, sabendo que o oceano do conhecimento não cabe de uma vez só dentro de mim. E certamente nunca vai caber em volumes completos nem numa vida inteira. Mas tudo o que passa, mata a sede aos goles e não inunda" - [Bia Amorim].














6.5.15

forma


Faz parte do meu show



Fui fazer um trabalho de jornalismo e esbarrei com Mateus Solano. Ele estava mais fofo do que sempre (nunca, nunquinha tive problemas com ele. Aliás, com quase ninguém, porque não levo alguns foras que rolam no meio do trabalho a sério. Isso também é parte do show e a caravana segue. As vezes até acho engraçado, vocês sabem que eu tenho facilidade para rir de mim mesma). Então, por si só, já amo encontrar Mateus Solano. Além disso, ele é daqueles que gosta de falar. E fala de tudo! Sempre rende bastante. Quando não rende para a entrevista, sempre tiro uma lição para a vida ou alguma curiosidade para o blog. Ou rende um papinho para a gente conhecer melhor o ator. ADORO!
    
Entre uma fala e outra, brincamos sobre "o menino da caneta preta". Era assim que eu estava chamando um coleguinha (obviamente que me fazia íntima e não sabia o nome), que emprestava uma caneta 'boa' para escrever na superfície meio plástica de um protótipo de álbum que nos levava ao local. Falei alto, como sempre, achando que estava na sala de casa (impressionante como me transformo com o bloquinho na mão, mas isso é papo para outro texto). Não éramos muitos ali, e a frase ficou "rolando no ar"...  

Solano: "O menino da caneta preta"? (risos)


Bia: É (risos). Estou chamando ele assim.

Solano: Parece brainstorm para nome de filme, programa, livro...


Bia: Também acho. Bom nome, né? O menino da caneta preta (risos)O nome do meu blog surgiu meio assim, mais ou menos através de uma brincadeira sonora: Bibidebicicleta.


Solano: Bibidebicicleta?! Já li!

Ploft! Meu corpo estendido no chão. Mateus Solano já leu o blog. Fofo! Há.

ps: depois de morrer e reviver com um sorriso que foi difícil apagar do rosto, contei para ele que eu escreveria sobre isso. Então, foi! Fiz a mesma promessa para o motorista do bonde de São Francisco. Então, o próximo post é dele :) 

4.5.15

Continuo a ser uma looping-girl 2 (80 na cabeça!)



Em 22.06.2010 eu publiquei a minha primeira lista de Montanha Russas já experimentadas até aquele dia... E o tempo passou e a lista aumentou. Voltei para dar um update, porque durante a viagem para São Francisco, claro, fui atrás da minha adrenalina preferida. 

Continuo a ser uma looping-girl, mesmo com os primeiros fios brancos surgindo na cabeleira (um ou dois kkkk) . Experimentei todas as disponíveis no Six Flags Discovery Kingdom, na cidade de Vallejo, na Califórnia. Para chegar, pegamos um ferry boat até Vallejo e de lá, um Über ou táxi, que sai em torno de 15 dólares - mais ou menos. DICA: compramos a entrada para o parque no próprio pier, o que nos custou 45 dólares. Se fossemos comprar na entrada do parque, sairia 65 dólares. Economizar com inteligência sempre vale.

O parque tem poucas MRs. Claro, testei todas e fui de cara sem as mãos. Solta no ar. Voando presa, como eu gosto de sentir o vento. Thrill! Vi muito mais atrações para crianças e shows. Outra diferença é que tinha muitos aquários com espécies marinhas. Uma piscina com golfinhos. Nem ficamos para ver. São bonitos, mas acho a condição triste demais. O vento frio, apesar de o dia ter sido o mais quente da nossa temporada em SanFran, nos deu dor de cabeça de sinusite. Nada me arrefeceu! Algumas das Montanhas Russas tinham o mesmo nome de outras já testadas (anteriormente), mas com o percurso completamente diferente.

Vamos à lista!

1) Montanha Espacial / Super Tornado (Tivoli Park / Mirabilandia)
2) Montanha Russa (Tivoli Park)
3) Monte Makaya (Terra Encantada)
4) Monte Aurora (Terra Encantada)
5) Piuí (Terra Encantada)
6) Happy Mountain (Terra Encantada)
7) Montezum (Hopi Hari)
8) Vurang (Hopi Hari)
9) Katapul (Hopi Hari)
10) Billi Billi (Hopi Hari)
11) Tornado (Playcenter
12) Boomerang (Playcenter)
13) Looping star (Playcenter) 
14) Windstorm (Playcenter)
15) Montanha russa (Simba Safari)
16) Montanha Russa / Tigor Mountain (Beto Carrero World)
17) Kumba (Busch Gardens) 
18) Sheikra (Busch Gardens)
19) Cheetah Chase (Busch Gardens)
20) Gwazi (Busch Gardens)
21) Kumba (Busch Gardens)
22) Air Grover (Busch Gardens)
23) Montu (Busch Gardens)
24) Scorpion (Busch Gardens)
25) Python (Busch Gardens)
26) Chiller Blue (Six Flags Great Adventure)
27) Chiller Red (Six Flags Great Adventure)
28) Batman: The Ride (Six Flags Great Adventure)
29) Dark Night (Six Flags Great Adventure)
30) El Toro (Six Flags Great Adventure)
31) Kingda Ka (Six Flags Great Adventure)
32) Superman: the Ultimate Flight (Six Flags Great Adventure)
33) Skull Mountain (Six Flags Great Adventure)
34) Nitro (Six Flags Great Adventure)
35) Blackbeard's lost treasure train (Six Flags Great Adventure)
36) Medusa (Six Flags Great Adventure)
37) Bizarro (Six Flags Great Adventure)
38) Great American Scream Machine (Six Flags Great Adventure)
39) Viper (Six Flags Great Adventure)
40) Rolling Thunder 1 (Six Flags Great Adventure)
41) Rolling Thunder 2 (Six Flags Great Adventure)
42) Runnaway Mine Train (Six Flags Great Adventure)
43) Lightnin' Racer Green (Hershey Park)
44) Lightnin' Racer Red (Hershey Park)
45) Wildcat (Hershey Park)
46) Wildmouse (Hershey Park)
47) Great Bear (Hershey Park)
48) Roller Soaker (Hershey Park)
49) Sooperdooperlooper (Hershey Park)
50) Comet (Hershey Park)
51) Sidewinder (Hershey Park)
52) Dueling Dragon – Ice (Islands of Adventure)
53) Dueling Dragon – Fire (Islands of Adventure)
54) Flying Unicorn (Islands of Adventure)
55) Incredible Hulk (Islands of Adventure)
56) Pteranodon Flyers (Islands of Adventure)
57) Revenge of the Mummy (Universal Studios)
58) Woody Woodpecker's Nuthouse Coaster (Universal Studios)
59) Journey to Atlantis (Sea World)
60) Kraken (Sea World)
61) Shamu Express (Sea World)
62) Space Mountain (Magic Kingdom)
63) Big Thunder Mountain Railroad Big (Magic Kingdom)
64) Dragon Coater (Dorney Park)
65) Steel Force (Dorney Park)
66) Talon (Dorney Park)
67) ThunderHawk (Dorney Park)
68) Wild Mouse (Dorney Park)
69) Woodstock's Express (Dorney Park)
70) Hercules (Dorney Park)
71) Boomerang (Parque de La Costa)
72) Desafio (Parque de La Costa)
73) Vigia (Parque de La Costa)
74) Minhocão (Cidade das Crianças)
75) Montanha Russa (Cidade das Crianças)
76) Green Lantern (Six Flags Great Adventure)
77) Kong (Six Flags Discovery Kingdom)
78) Medusa (Six Flags Discovery Kingdom)
79) Roar (Six Flags Discovery Kingdom)
80) Superman Ultimate Flight (Six Flags Discovery Kingdom)  

voltando....


Muita coisa mudou desde o último acesso. A mais feliz delas foi que me tornei avó. Avó de 4 gatinhos. Quando resgatei a Dora na garagem do meu prédio, não podíamos imaginar que ela estava prenhe. Uma gata maravilhosa, que só tem me dado alegria. O parto precisa ser contado em outro post. Foi um momento único na minha vida. Muito especial mesmo. Os bebês estão ótimos e mesmo sendo novinha, Dora se mostra uma supermãe. Ninguém está dando trabalho. E mesmo com ciúmes, Nina está exemplar. Nem chega perto do bercinho.

Voltei a redação de Minha Novela por uma semana. Férias do editor, Jorge Brasil. Foi uma semana intensa, de muito trabalho e muitos sorrisos também. Quando a gente está bem e faz o que gosta, até o que sai errado torna-se incrivelmente bom. Ensina. Transcende o hábito e cria novas possibilidades. Os leitores de Minha Novela são um caso à parte. Fiéis. Gente maravilhosa, que ajuda a fazer a revista. Agora pertence a editora Caras.

Por fim, tirei férias. Foram 10 dias de muita aventura, que também pretendo contar aqui. Sei que muitos leitores viajam comigo nas minhas viagens. E eu acho uma delícia dividir meu ponto de vista com vocês. Cada um tem a sua impressão e das minhas sempre deixo um registro de humor. Talvez porque vá preparada para tudo, mas sem esperar nada, deixando o vento dos acontecimentos como guia. Fazendo de cada surpresa uma oportunidade.

E vamos que vamos!

4.4.15

Corram para as colinas

Acusado de matar advogada na Tijuca é preso pela polícia em Manguinhos


Leia a reportagem do Jornal O Dia no link acima antes de seguir para o texto abaixo.

Fiquei sabendo do fato, claro. Foi bem divulgado na minha cidade. Vi na TV um monte de vezes, mas ao ler essa reportagem, pus-me a pensar/considerar...
* A violência nunca está longe de nós - no Rio, em especial. Aconteceu no meu quintal. Poderia ser comigo, meus familiares, amigos. E foi com a amiga de uma amiga. Grau 2 de separação, portanto.
* Silvia Maria morreu por causa de um cordão. Um cordão de outra pessoa. Ou seja: adianta você tentar se proteger saindo à rua sem nada que chame atenção? Não adiantou para ela. Não adiantaria para ninguém naquela situação. Segundo relatos, o cara saiu atirando a esmo para que as pessoas que atravessavam a galeria abrissem espaço para eles fugirem sem encontrões. 
* A situação está medonha, em especial, para a classe média. Gente vendendo o almoço para comprar o jantar. Cada qual se virando no orçamento apertado. E vagabundo vai roubar na Tijuca. Faz sentido tentar garimpar onde pouco se tem?! Mas sempre foi assim, pobre roubando de pobre... O assalto a ônibus já "esteve na moda" e diz muito sobre uma sociedade (não que algum tipo de assalto seja justificável. Não, não é. Nem a pessoas e nem a instituições. Mas pobre tirando de pobre me fala muito da miséria moral humana). E não foi apenas esse cidadão! A Tijuca está uma terra de ninguém, com ocorrências sistemáticas nas páginas dos jornais. Fora as que a gente não sabe e não vê (e as autoridades competentes fingem que não sabem e que não estão vendo).
* Falar que a situação está ruim por falta de oportunidade ou em função de criação me parece algo muito simplista; a desculpa da vez de todas as vezes. Tanto esse moço é de "berço" bom, que seu esconderijo foi denunciado por parentes (A TV diz que foi a própria mãe dele a denunciante). Para mim ter berço é ter dignidade. O que essa mãe mostrou ter. E muita! E crio a criatura que já foi pega duas vezes roubando na mesma região. 
* A falta de qualquer tipo de senso, medo ou a certeza da impunidade faz com que pessoas assaltem as outras na rua mais movimentada de um bairro tradicional, cheio de quartel de tudo que é Força, no meio da tarde.
* Minha mãe já teve o cordão puxado algumas vezes ali naquela região (todos falsos). Devo ficar feliz dela ainda estar viva, não é? será apenas isso o que nos resta? Agradecer não pela vida, mas por não termos sido assassinados?! Eu já tive uma arma apontada para minha cabeça em função dessa levadinha na Tijuca. Ou seja, ne... Tive "sorte" de não morrer. 
* "...Lúcio havia sido preso em setembro do ano passado, por roubo qualificado na região da Tijuca, e foi posto em liberdade em fevereiro deste ano", diz um trecho da matéria - O que?! Tá de sacanagem, né? Voltou e para a mesma região?
* Alguém duvida que essa mobilização toda das autoridades para encontrar o meliante seja "apenas" porque a corporação policial está tomando uma sova da opinião pública em função da morte do menino no Alemão? Hão de provar de onde veio essa bala. E não acho que a polícia, enquanto grupo, tenha culpa pelo que acontece na cidade não... Não consigo imaginar que tipo de coragem é preciso para se candidatar a um cargo tão perigoso, mal remunerado e pouco treinado para enfrentar oponentes fortemente armados que não tem nada a perder. 
* "...a bala que matou a advogada não foi encontrada", diz a reportagem.
Eu não sei se é torpor, se as pessoas já desistiram de se revoltar, se é um jeito natural do brasileiro de aceitar as dificuldades impostas... Não sei. Mas está ficando cada dia mais difícil sufocar esse grito na garganta. Tudo está ruim. Ver e ler jornal anda me dando muita angústia e desesperança. Ir ao mercado me deprime, em função da escalada de preços. Estou quase acreditando que a solução é correr para as colinas...


***
Depois que escrevi, duas amigas fizeram comentários, que achei pertinente trazer para cá.

Amiga 1 - Compartilho do mesmo pensamento. Está muito difícil...

Bibi - Eu não fazia compras quando a inflação era uma realidade, um dragão, como diziam, mas tinha entendimento para perceber o que acontecia dentro de casa. Sofremos também as consequências do Plano Collor e ai eu já tinha mais idade e ainda mais razão... Estou sentindo essas coisas voltarem e é assustador! Aliado à escalada da violência, a depressão e as doenças psicossomáticas tomando conta da sociedade, as roubalheiras públicas, as revistas e editoras fechando as portas (meu mercado de trabalho), nossos direitos individuais sendo negligenciados. Muito ruim. Muito sem horizonte. Muita necessidade de Deus. Mas Deus, sendo justo como é, vai deixar a sociedade sofrer as consequências das suas escolhas, não acha? São nossas escolhas (individuas e coletivas), no fim das contas. Depois fica todo mundo se perguntando "onde está Deus".

Amiga 2 - Não consigo me acostumar com a banalização da vida!! Aqui a vida de um ser humano vale menos que um cordão, um celular ou um tênis.
Bibi - Eu estou me sentindo sufocada. Vontade de me alienar, mas isso não resolveria nem parte do problema. Acho que até o cara que decide ser eremita está sujeito à bala perdida.
Amiga 1 - Escrevi sobre estarmos vivendo em uma terra sitiada... Pedindo a Deus que tenha misericórdia de nós. Concordo com você, quando diz que tudo parece estar voltando... Só que de forma muito pior, né? 

Bibi - Cara, uma vez na igreja e uma bala perdida furou o teto de amianto, correu entre mim e uma moça e queimou a perna dela, caindo ao chão. Só vimos que era bala, porque caiu ao chão. Podia ter entrado nela e a gente nem saberia do se tratava. Achei aquilo uma loucura tão grande... A gente estava dentro de um galpão, no terreno da igreja, conversando. Podia ter furado a minha cabeça ou entrado pela coluna dela. Foi um segundo. E nem barulho de tiro pela redondeza a gente ouviu. Ou seja: nem adianta tentar se proteger!



28.3.15

sobre a delicadeza do ser


Não acho que a vida seja injusta, não. Só acho que a gente tem que aprender a "jogar o jogo da vida", digamos assim. Se alegrar nas horas boas e tentar superar as fases ruins. Se puder tirar algo de construtivo de cada uma dessas etapas, melhor para você. Se puder alargar os "espaços internos" e criar mecanismos que te protejam de si e dos eventos que te ferem, supimpa! Se conseguir evitar a criação de barreiras e carapaças que te afastem daquilo que é simplesmente viver, o caminho se torna mais suave. Mas tem horas que é preciso jogar a toalha e contar com aquele elemento imponderável chamado fé e amor de Deus. Com esses elemento em cena, não há jogo perdido, não há game over. Apelo. Mesmo. De coração aberto, já que esse mês foi totalmente atípico. 

Perdi meu primo Toninho praticamente na mesma semana que tia Maria descansou; minha amiga querida perdeu seu bebê e me deixou um pouco sem chão também. Hoje fui enterrar o meu "avô-torto" e chorar com a família que um dia foi minha. "Se alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram", a regra é clara. Mas, ao chegar em casa, vem outra bordoada! D. Terezinha, a vizinha que me viu nascer e crescer, por quem nutro um afeto imenso, também se foi hoje... Cinco enterros/despedidas em um mês. Eu sei que não parece fácil (e não está sendo). Eu sei também que parece mais difícil do que realmente é (o fardo nunca é maior do que aquele que você pode carregar). Deveria não fazer desse espaço público, o meu confessionário pessoal. Mas sabe? A nossa dor também ensina. A nós e a quem nos cerca de atenção. 

Aprendo e divido sobre humildade, sobre a delicadeza do ser de cada um de nós; falo sobre superação e também sobre coisas que absolutamente fogem ao nosso controle: o jogo da vida. Quem acha que comanda alguma coisa, a si mesmo se engana. E a vida não respeita e nem perdoa os tolos. Os inocentes sim; os tolos, não. Quem olha apenas para aquilo que sua mão pode tocar e construir deixa de lado a maior das arquiteturas a ser executada: seu interior. É preciso equidade. E fé.