18.1.08

Moda - Parte 2




1º Dia

Foi aquela alegria. Minhas colegas de trabalho, como diria Silvio Santos, gritando o meu nome por todos os lugares. Ganhei beijos e abraços aos montes e acho isso um fato especial. No fim do dia, fui até o centro da cidade ver o desfile da Gisele Bündchen. Fiquei 40 minutos de pé, presa no curralzinho sem entrar na sala de desfile. Primeira vez que me senti um gado fashion. Depois de muito debate e esforço, entrei fantasiada de fotógrafa, que era o único elemento humano autorizado a passar de gado a gente interessante. Depois da confusão, acabei dividindo uma cadeira da primeira fila com uma das minhas chefes. Apareci em vários jornais, impressos e televisonados. A cara era das piores. Comédia.
2º Dia

A correria começou. Quase ganhamos uma multa de trânsito no caminho até a Marina da Glória.

3º Dia



Estava eu nos bastidores dos desfiles, quando um stylist olhou para a minha sapatilha dourada e achou o m-á-x-i-m-o. Colou o meu pé junto ao da modelo Camilla Finn e abraçadas fizemos uma fotinho de pé com pé. Fiquei como!? Shine happy people. Tudo bem, a sapatilha dela era uma Marc Jacobs e a minha Mr. Cat. Mas fala a verdade, não é mais luxo bombar com uma criação nacional? Na edição anterior meu tênis xadrez foi parar no site do Caderno Ela, de O Globo. Charmosa do solado...

4º Dia



Já estava transpirando purpurina. Já sabia o nome de muitas modelos sem precisar da ajuda dos universitários. Elas podem ser todas iguais, se quiserem. Elas podem se transformar em outras pessoas num passe de mágica. Caso um louco-varrido te solte em um jardim do tipo labirinto – saca Harry Potter? Saca aquele filme Elektra? – cheio de modelos e maquiadores armados com seus pincéis, minha filha, você vai ter certeza de que está vendo coisas. E estará!
Nesse dia fiquei mais próxima da modelo Gianne Albertoni, que agora é atriz e apresentadora. Uma pessoa simplesmente iluminada, gente boa, alto-astral e sem falar que é linda demais! Gianne é gente que faz e refaz! Anotem esse nome na lista de coisas boas at all!


5º Dia

Último dia, sábado de sol. Abriram a gaiola das loucas e eu estava à serviço lá dentro. Foi um dia bem divertido, embora toda a equipe estivesse no último suspiro do pacote. Dia de fazer balanço e o saldo foi muito positivo. Só no fim do dia é que rolou uma parada bizarra. Vou ter que contar. Faz parte do meu show...Fui ao banheiro. Era aquele tipo químico, todos juntos dentro de uma tenda. Cada uma delas tinha dois corredores com uns três ou quatro banheiros. Eu na fila e a porta lá do fim se abre. Eu penso, ufa, vou no tranqüilinho. Uso aquele cubículo cheia de tensão e atenção para não encostar em nada além de mim mesma. O término da operação foi bem sucedida. Ao abrir a porta em busca de um ar melhor para respirar: susto! A mulher do cubículo à frente estava com a porta aberta. Ela, bêbada, tentava se agachar perto do vaso segurando a roupa. Tarefa complicada sob o efeito do álcool. O cabelo de cima era loiro bem platinado e o cabelo ‘de baixo’ era negro como a asa da graúna e sarará tipo bombril. Tenho que confessar que àquela altura do campeonato, aos 45 do segundo tempo, aquela cena me chocou. Nunca havia visto um contraste que me parecesse tão esquisito.



Mas tudo bem, ainda tenho muito tempo pela frente, se Deus quiser, para vivenciar experiências menos bizarras. Ou tão estranhas quanto, que me rendam boas histórias. E quem quiser que conte outra...

2 comentários:

Anônimo disse...

Asa de graúna... muito bom!!! rsrsrs

Anônimo disse...

Hahahaha Estava com saudade de ler vc. :) Ri muito! Beijinhos!