23.8.09

Rush


Estou sofrendo de uma paralisia criativa absurda! Deve ser fruto de alguma ansiedade escondida dentro de mim, que ainda não fez o favor de se manifestar e mostrar a que veio... Situação normal de qualquer ser humano, agravado pelo fato de eu ser mulher (sim, acredito que nós sejamos muito mais ansiosas percentualmente que os homens. Não que eles também não sejam).

Vejo salpicando por aqui e por ali um monte de assuntos que eu acharia interessante de dividir aqui com vocês, mas esse humor de tatu bola não está me dando a ênfase correta. Daí, escrever por escrever acaba se tornando um ato mecânico muito mais que uma necessidade de expressão interna. Que é o que me proponho fazer por aqui. E, como disse, a ansiedade não é uma exclusividade minha, mas muito provavelmente uma prerrogativa dos nossos tempos.


Acho muito complicado viver em constante estado de alerta, como se algo muito extraordinário fosse acontecer a qualquer segundo (para o bem ou para o mal). Acrescento a essa lista as tantas novidades a que somos expostos pelos noticiários e pela internet. E a coisa anda tão feia para o meu lado, que até parar para ler um livro, prazer que cultivo com grau 10 na escala êxtase, tem sido difícil. Ou leio um capítulo e fico alerta prestando atenção naquilo que poderia estar perdendo ou deixando de fazer... Ou durmo exausta, porque se manter em alerta máximo e fricção contunda - como aqueles carrinhos que a gente roda no chão para ganhar velocidade – é uma coisa que desgasta a gente.


Ando sempre a esperar, por força do trabalho e das circunstancias. Talvez eu tenha que fazer acontecer, por força da vida... Mas isso é tema para uma outra história.


6 comentários:

Saulo disse...

Vamos trabalhar sua criatividade no próximo finde!! Quero vc aqui no cafofo! Agendaaa

Fernando Rocha disse...

De certa forma, ao escrever este post, seu bloqueio foi rompido. Creio que este lance de estarmos atentos á tudo toda hor, se deve à pós-modernidade, há muita informação sisponível, mas pouco tempo pra acessá-la, o limite da vida palpável á indiferença do tempo.
Recomendo um livro chamado "O Tempo E a Alma, onde foi parar o tempo significativo", me ajudou muito com angústia, embora não seja mulher, me identifico com o estado de espírito desnhado por ti.
Tem um conto de uma amiga que postei no meu blog, que possui uma relação com o tema, quando puder leia-o.

Bibi disse...

Fernando: mais ou menos, porque quero escrever algo que seja significativo, que venha coberto de sentimento e poesia. Sabe quando a gente tem uma meta? Essa ainda não foi plenamente alcançada. Mas vá lá, a vida continua e o tempo não pára! Conheço bem os conceitos da pós-modernidade e me assusto com ele, deveras! Vou botar o livro que vc indicou na lista. Aliás, farei, em breve uma lista aqui, para não esquecer...
Obrigada pelas pedaladas sempre!

Bibi disse...

Saulo: px finde não dá... Ou não daria... Ou sei lá!

valmir disse...

Vc com crise de criatividade? Duvido! Tem almoçado com gente chata, é isso? rs

Bibi disse...

hahahaha Sem comentários!