4.10.11

Meu Rock in Rio e fim de papo



Paradoxos da vida. Adoro livros e odeio multidão. Paradoxo na minha vida: perdi a Bienal do Livro e fui ao Rock in Rio. Vai entender? A ocasião faz a situação e eu procuro não perder os momentos que o destino me proporciona. Algumas vezes percebi que o sem-sentido é que deu a lição. 


Procuro fugir de certas furadas. Exemplo? Ficar quatro horas (ou mais) de pé em uma fila para comprar ingresso. Coisas do gênero. Na época, eu trabalhava em um lugar que tinha um ponto de venda e a fila dava voltas no quarteirão. A Onça encarou a empreitada com a Gorda e elas, por sorte, jogo de cintura e sex appeal carimbaram a ida nos dois melhores dias até então). Eu já havia desistido antes mesmo de querer tentar. E até cravei aqui que o meu RiR era a bienal. 


E assim, um casamento me levou à Ubatuba e me fez perder a Disney dos livros. E um primo me levou ao RiR com requintes VIP. D ligou dizendo que ia com a mãe dele, a Thatá, e que tinha um ingresso sobrando. Ela me convenceu, oferecendo facilidades como dormir numa caminha macia a 300 passos ( de elefante ou um pouquinho mais) do local do show. O show? Stevie Wonder + carona até a Barra com trânsito livre. Oh yes! 


O que a gente percebeu é que tão legal quanto ir ao show, são os acontecimentos que antecedem o evento. Na semana você começa a apurar quem mais vai naquele dia e as possibilidades de encontrar um rosto conhecido naquela horda dos 100 mil. Liga, combina roupa, ponto de encontro, compra energético e faz aquele lanche reforçado e cheio de expectativas. Chega ao local "forrado" e animado.


Uma vez lá dentro, eu percebi o quanto essa coisa do encontro é importante e mexe com as pessoas. Presenciei cada abraço, cada aperto de mão, que parecia que as pessoas não se viam há mil anos e estavam se reencontrando num campo de refugiados, tamanha era a emoção. Ri muito com essa perspectiva. 


Também percebi que eu e D, há dez anos, havíamos ido juntos ao RiR. Paradoxo se repetindo. Valeu muito pelo evento, por marcar meu pé em um território histórico. Curti muito e a meu modo, evitando apertos, deitando na grama (sintética, ok, mas verdinha), fazendo o meu woodstock particular sem drogas, mas com meu energético (comprado no esquenta antes do show), amigos, balas halls, pasta de dente e enxaguante bucal, distribuídos na entrada! Um mix cultural...


Ah, dormi jogada na graminha verde, né? A bolsa era o travesseiro. E acordei com Stevie Wonder cantando no meu ouvido. Luxo só, minha gente! Ai levantei, chupei uma halls e fui pular ao soul do negão!     

Um comentário:

Thais disse...

Pois é, Bia... nunca pensei de estar
num RIR... mas valeu! Foi gostoso, foi uma experiência nova e muito boa. Sempre falei que o melhor da festa é esperar por ela... nesse caso valeu também! rsrs... grandes emoções até o grande dia!! rsrs... telefonemas, marcações, descombinações, põe blusa, tira blusa, chega O LE com uma mala de lanche!!!! rrsrs... curti muito! Passa, não passa o ingresso "meia"...entra não entra o RedBull.. rsrs... nossa, muito bom! Tudo coroado com um belo som do Stevie Wonder e um lugar pertinho para recuperar as forças para um outro dia cheiinho de novas emoções!!!! Obrigada prima Bia, por participar desta minha incrível experiência! Muito bom estarmos junto a pessoas que amamos... talvez isso é que feito ficar tudo tão legal e tenha deixado um gostinho de quero mais de um próximo show/encontro! Valeu mesmo!