24.6.12

poesia

Tira
um a um
lentamente
meus medos
meus zêlos
atropelos
descrentes
Vira
com cuidado
meus avessos
avessos
a chegadas
e partidas
entradas
com saídas 
programadas
Traça
aos trancos
veementes
um traço 
firme
certo
ereto
etéreo
nesse corpo
que como novelo
cede aos apelos
febris
dos ardis
internos
Une
frente a frente
com força
as coxas
da moça
ao moço
do colchão
e treme
numa trama
sacana
que se entrega
que se engana
que se chama
febre alta
combustão


[Bia Amorim]




2 comentários:

Saulo disse...

Um poema vuco-vuco!!!!

Bibi disse...

rsrsrs jura?