27.8.10

Nosso tempo





Li uma coisa interessante. Era mais ou menos assim... Falava que pela definição antiga do dicionário, meia-idade era entre trinta e quarenta anos. Pela definição 2000 desse mesmo dicionário, essa meia-idade já havia passado para entre quarenta e cinquenta anos. E que muito provavelmente essa definição tinha a tendência de ser ainda maior, em função do avanço da medicina. E, em contrapartida, em muitos casos a adolescência está sendo estendida até os 30 anos. Um dos autores se mostrava encantado em perceber como muitos passaram a se casar aos 50 anos e, assim, começavam uma nova vida com disposição.


Ok, esse é um fenômeno que a gente tem observado bastante, mas ainda me causa curiosidade quando leio a respeito. É mais uma reflexão sobre o tempo e a forma de passar o tempo, que muda; que mudou. A Balzaquiana já não tem o mesmo estigma. O quarentão também não. O tempo é mesmo relativo, Einstein... E não só em conformidade com a sua teoria.


Toda mudança de geração causa um certo espanto, uma confusão. Talvez eu tenha sido parte daquela imediatamente anterior aos que elevam a adolescência até os 30 anos. E olhar para pessoas de idade tão próximas e maneira de lidar com a vida tão díspar é até surpreendente, causa estranheza. E ainda tem toda aquela questão da criação diferenciada, de estar tendo que equilibrar conceitos de duas gerações acima.


O fato é o seguinte: observar e adaptar, sem ferir o que é passado, presente e futuro. Encontrar espaço nessa relação com o tempo e suas demandas, sem se descaracterizar dentro e fora da bolha do que é status quo versus toda as nuances da sua formação, com suas formas e valores. Tempo, tempo, tempo. Ora me sinto uma criança na pureza de suas intenções, ora uma aposentada das expectativas grandiosas demais. 

2 comentários:

Carlos Henrique disse...

Minha amiga, eu acho que você está precisando de férias!!!KKKKKKKKK
Eu continuo o mesmo, e nem adianta me falarem o contrário!!
E salve a nossa geração!
Por que quem ficava velha era a vovózinhaaaaa!!!

Beijo no coração!

Bibi disse...

Rique: acertou! Mas não é só isso!