31.1.11
Frases
"Sonhos são como sementes:
para brotar tem que germinar antes
e acreditar que aquilo que não se vê, um dia será"
- Bia Amorim
29.1.11
O melhor sorriso banguela
Já posso dizer que dei a minha contribuição para o mundo. Existe coisa mais linda que fazer alguém dar os seus primeiros passos? Hoje, uma coisinha mais rica que amo muito segurou as suas mãozinhas nas minhas e caminhou seguro. Passinhos firmes, mesmo com as pernas desequilibrando. Sorriso na boca, ainda que sem todos os dentes. Cabelo de espeto, como uma criança travessa.
Para celebrar, nesse calor, ensinei também a chupar gelo. hohoho E ele adorou :) Como é fácil e gostosa a alegria de uma criança, não é? E dá para não ser feliz perto de uma assim: bem no desenrolar de acontecimentos tão importantes na sua vidinha? O melhor sorriso banguela!
Aliás, o segundo melhor.
Meu irmão perdeu um dos olhos quando ainda era bem pequeno em um acidente doméstico. Começou a crescer e veio a fase dos questionamentos. Estava ele com meu Pai no banheiro, quando perguntou:
- Pai, porque eu tenho que tirar o olho para lavar?
Meu Pai, em uma sabedoria santa, deu a melhor resposta para aquele momento: tirou a dentadura e disse:
- Cada um com a sua particularidade, filho. Eu tenho que tirar os meus dentes para lavar.
E deu o melhor sorriso banguela do mundo!
Cabeça de Homem
"Lembra daquela história de que, quando um garotinho gosta de uma menina, ele puxa o cabelo dela, desdenha e maltrata a menina? Pois é. Hoje eu to me sentindo um pouco como aquele garotinho. Ou quase isso. Não, eu não andei maltratando nenhuma menina por aí. Mas acho que o garotinho que faz isso, o faz, simplesmente, porque está perdido. Não sabe como lidar com aquela menina e, por isso, tenta afastá-la. É claro que agora eu já cresci o suficiente pra não afastar de mim pessoas com as quais eu tenho dificuldade de lidar. Mas ainda assim, às vezes me sinto um pouco perdido"...
Texto magnífico do blog "Cabeça de Homem" que continua aqui. Acho, sinceramente, que nas questões do coração os homens jamais deixam de ser aquele menininho, pelo menos em alguns momentos da possível relação. Muitos nunca estão prontos e afastam o que não conseguem entender ou decodificar. Melhor, o que acham que não vão mais conseguir lidar e se voltam para o "seio materno", se trancando na solidão de seu peito, onde existe um mundo ideal e imaginário.
Isso vale para a vida
"O navio está seguro no porto. Mas não foi para isso que foi construído, senão para ir ao mar alto e enfrentar as ondas. Isso vale para a vida" - Leonardo Boff
Essa frase me encontrou no facebook da Sibele, uma amiga querida com quem troco abraços, risadas e pensamentos profundos sobre o tudo e o nada (quando é sobre o nada é melhor ainda hehehe). Essa frase me encontrou, porque ela é reflexo do meu atual momento (quem sabe também pode ser do seu?). Durante um tempo fiquei entre o partir e o ficar, mas o chamado à aventura foi mais forte.
Ontem terminei a minha participação "fixa" (como funcionária) no iG. Deixei para trás um emprego certo para seguir o sonho de ser escritora (ainda incerto), de escrever melhor, de viver das letras sem a presão de uma redação. As perguntas que mais ouvi no último dia:
- Está feliz?
- Claro, essa foi a minha escolha.
- Está ansiosa?
- Estou ansiosa por um futuro que me espera e que é tão novo que não consigo nem imaginar o que vem pela frente.
- Está aliviada?
- Aliviada? Acho que nunca usaria essa palavras, porque o passo adiante é fruto de um sonho, uma escolha pessoal tão profunda e íntima. Estou deixando para trás algo de que também gosto, mas que não me completa, não me faz ter frio na barriga e brilho nos olhos, embora eu curta e muito fazer. Não deixo para trás um emprego por não estar feliz nele, mas busco por satisfação, que é um combustível importante a nos mover.
Eu amo as alegorias com o mar. Escrevo e penso muito sobre isso. Faço associações inúmeras vezes. Estava até preparando um texto a partir de um pensamento: "Ela pensou que jamais deixaria aquela ilha até descobrir, vivendo, que aquela ilha se chamava solidão".
Meu navio estava seguro no porto, assim como o seu pode estar nesse momento. E não há nada de tão errado nisso. Só que a natureza de sua criação está além da âncora jogada. E a vida se estende além das mesmas pegadas, dos mesmos mares singrados. É preciso coragem e ousadia para ser, para sonhar e, afinal, para viver e realizar.
28.1.11
Música
Um pouco de música para começar os trabalhos do dia.
Estou nessa vibe envolvente de Michael Bublé.
Estou nessa vibe envolvente de Michael Bublé.
"And in this crazy life, and through these crazy timesIt's you, it's you, you make me sing.You're every line, you're every word, you're everything"
27.1.11
26.1.11
Solange Gomes é Nota 10
Solange Gomes visitou hoje o iG. Ter uma gostosa do carnaval dentro de uma Redação é sinal de burburinho na certa. Ela entrou tímida, mas logo emendamos em um papinho. Sim, fiz sala! E disso eu gosto e sei fazer bem :) FIGURA a moça. Uma bela mãe dedicada à serviço do carnaval.
Solange chegou envergonhada. Não, não era pelo tomara-que-caia sem sutiã que deixava o peitão marcado. Não, não era pelo comprimento do vestido, que, no final das contas estava até comportado para quem ia fotografar na praia. Não, não era pelas duas coisas, ora bolas... Solange estava inibida porque usava uma rasteirinha. Cheia de brilhos dourados, mas ainda assim uma "chinela" style. Solange é baixinha (palavras dela confirmadas por mim) e só com um saltão e um peitão (palavras dela), ganha espaço e atenção na Avenida. E como ela cresce, impressionante.
Contou coisas engraçadas: que se esconde dos paparazzi no fim da praia do Recreio quando está uns quilinhos acima, mas que agora já está boa para frequentar a parte mais "quente" da areia; que anda morrendo de sono por causa da dieta, mas está feliz porque a fantasia do ano passado está larga; que colocou um pouco de cabelo para dar mais volume à pessoa (tá bonito!) e que está idignada porque nasceram três espinhas na sua bunda. Tadinha, vai ter que dormir de bruços...
No final, fica o registro feito através de seu celular lilás da passagem da mesa da Porto da Pedra (Alô Tigre!) pela Redação. Ela postou a foto no Twitter e provou que no quesito "comissão de frente" o iG é nota 10! Vejam só!
Solange chegou envergonhada. Não, não era pelo tomara-que-caia sem sutiã que deixava o peitão marcado. Não, não era pelo comprimento do vestido, que, no final das contas estava até comportado para quem ia fotografar na praia. Não, não era pelas duas coisas, ora bolas... Solange estava inibida porque usava uma rasteirinha. Cheia de brilhos dourados, mas ainda assim uma "chinela" style. Solange é baixinha (palavras dela confirmadas por mim) e só com um saltão e um peitão (palavras dela), ganha espaço e atenção na Avenida. E como ela cresce, impressionante.
Contou coisas engraçadas: que se esconde dos paparazzi no fim da praia do Recreio quando está uns quilinhos acima, mas que agora já está boa para frequentar a parte mais "quente" da areia; que anda morrendo de sono por causa da dieta, mas está feliz porque a fantasia do ano passado está larga; que colocou um pouco de cabelo para dar mais volume à pessoa (tá bonito!) e que está idignada porque nasceram três espinhas na sua bunda. Tadinha, vai ter que dormir de bruços...
No final, fica o registro feito através de seu celular lilás da passagem da mesa da Porto da Pedra (Alô Tigre!) pela Redação. Ela postou a foto no Twitter e provou que no quesito "comissão de frente" o iG é nota 10! Vejam só!
Valmir Moratelli, Bibi, Solange Gomes, Luisa Girão
Desabafo
Vou fazer um desabafo aqui.
A gente nunca sabe o que nos espera, mas eu espero nunca precisar de um hospital público. O caso que vou contar aqui relata bem a situação da saúde no Rio de Janeiro e no Brasil. Mas a gente pensa que aqui é ruim, lá fora pode ser pior, porque existem países que nem dispõe de serviço público, mas vamos aos fatos.
CM, amiga minha, passou muito mal em Novembro. Atendida e internada no serviço público, ela foi diagnosticada com um sério problema na vesícula. O caso era para operação de emergência, mas não havia leitos, médicos ou datas disponíveis.
Nesse mesmo período, o meio-irmão de CM começou a apresentar os mesmos sintomas. Internado, verificou-se problema idêntico, que provavelmente é genético. O caso também era para operação de emergência e assim como ela, ele não conseguiu uma vaga. Só que no último dia 1º de Janeiro esse menino morreu. Morreu por falta de socorro, de atendimento. Morreu por negligência médica, do estado/município/governo/sociedade.
Esse fato, claro, aumentou a apreensão na família de CM, que ainda espera por socorro. Ela não está conseguindo nem uma transferência do SUS para uma unidade particular. Amigos estão numa corrente para tentar indicar um lugar que possa resolver essa situação dela.
Reparem bem: vai fazer um mês que o meio-irmão morreu e três meses que ela foi diagnosticada e conduzida a uma cirurgia de emergência que mostra-se factual. O que pensar de uma coisa dessas? O que dizer diante de um fato como esse, que nem é esporádico, mas constante!? Eu nem sei mais se eu tenho força para me revoltar...
Lembro que ano passado a mãe de uma amiga ficou três meses internada como osso do cotovelo exposto, porque não tinha material para a cirurgia. A filha, desnorteada, não conseguia nem reclamar. Quando ouvia a história fiz um pequeno escândalo, agarrei numa choradeira que até que deu resultado. A menina e sua mãe tiveram suporte.
Então, em relação à CM, o que eu posso fazer, além de indicar umas fontes que nem sei se trarão resultado, é escrever sua história. Registrar sua guerra particular. Compartilhar essa dor que é dela e tantos outros. Me indignara através das letras. E pedir para que você se junte à galera que tem pedido a Deus pela vida dela. E, ah, levante a mão para o céu se o seu problema é apenas estético, porque a saúde a gente só dá real valor quando nos falta...
25.1.11
A simplicidade de ser
Muitas pessoas, coisas e acontecimentos aparecem no caminho para me mostrar que a vida pode ser simples. Mas simplesmente para mim não é. Mas pode ser... Será?
Essa guerrinha está tomando conta da minha mente. Na verdade, pode ser que esse tipo de questionamento tenha me acompanhado por um longo período... Talvez desde que eu tenha começado a pensar, porque me ocupo muito disso. Tanto que até cansa. Ai eu canto mentalmente. Sou daquelas pessoas que jamais seria adepta da meditação oriental. Na oriental, eu li, é preciso esvaziar a mente por completo. Na ocidental, você tem uma frase para mentalizar. Coisa assim, não sou estudiosa a respeito. O fato é que estou sempre pensando em algo. E quando não penso, sonho, porque isso (não pensar) só acontece dormindo mesmo.
Kuka me ligou. Ele mora em frente à praia e vive de uma loja/bar e provavelmente da pesca de quem pesca. Tem casa, cachorro, prancha e um amor. Para ele basta. Kuka gosta de surfar e de curtir a vida. Já viajou, já trabalhou de forma “regular”, já morou fora do país. “Conheci um casal de argentinos e passamos a noite bebendo. Amanheceu e eu abri a loja. O preço é a dor de cabeça, que já já passa”. O Kuka é um cuca fresca e a vida para ele é simples. Ele não só está feliz, como ele é feliz assim.
Eu amo a história do Kuka. Mas não me encaixaria nela, a não ser em uma espécie de sonho ufanista. Eu penso muito e pensamento tantos, tolos, tontos, não cabem em uma vida simples assim. Amiga da amiga pode contar o número de roupas que tem nas duas mãos e só. Porque ela simplesmente sabe que não é o que ela veste que a define, mas sim quem ela é. Franciscana? Carmelita descalça? Que nada: uma vida simples! (E eu não consigo ser assim nem em mala de viagem!)
Queria ser mais simples nas minhas relações. Aceitar quem não me quer, ligar quando tenho saudade, escrever as maiores besteiras sem medo de me arrepender depois. Fico esperando pela tal maturidade, que precisa mesmo de tempo para chegar, creio. Não acho que ela seja fruto de pensamentos mil, mas de experiências tantas que ela se forma sem que muitos até percebam. Outros simplesmente a negligenciam.
Eu não sou simples. Mas quando olho ao meu redor vejo que são tantos os que não são. E são tantos os piores nesse aspecto. Quem deixa marcas do passado viraram traumas não é simples. Quem não consegue controlar seu gênio não é simples. Quem se arde em ciúmes não é simples. Quem exige mais do que o outro pode dar não é simples. Viver é cheio de detalhes e a vida anda passando tão depressa, que os detalhes são sistematicamente negligenciados. Os detalhes não são simples e esses não têm mesmo de ser.
Ter a simplicidade no olhar e no tratar é uma dádiva que deve ser louvada. É o que eu tento cultivar, a despeito dos meus tantos pequenos detalhes (e detalhes tão pequenos de uma relação a dois, com o outro). E apesar de pensar tanto, pesar tanto e calcular um monte de aspectos da vida (que poderiam simplesmente ser), eu percebo que na multiplicidade dessa sociedade criada é preciso uma dose de cada um de nós – os que pensam, os que pesam, os que piram e também os que simplesmente são. Simples.
Guerreiro!
Uma matéria do iG que me emocionou demais foi sobre a homenagem ao ex-vice-presidente José Alencar:
Fora do hospital pela primeira vez desde 22 de dezembro, o ex-vice-presidente José Alencar disse hoje que se coloca nas mãos de Deus, mas que segue lutando para não morrer. Homenageado nesta terça-feira com a Medalha 25 de Janeiro, durante o aniversário da cidade de São Paulo, Alencar falou sobre sua luta contra o câncer que o acomete desde a década de 90 e se agravou nos últimos meses.
"Ainda não estou bem. Estou bem melhor, mas ainda não estou bem", disse o ex-vice... "Eu faço a minha parte e estou lutando para não morrer", completou o empresário.
24.1.11
Cadê o freezer?
Gente, surreal! Um fato de utilidade pública.
Amiga minha dia desses foi atrás de um freezer para comprar. Daquele tipo simples, que parece uma geladeira, sabe? Pois é, depois de muito rodar ela descobriu que está fora de linha! Agora você só compra daquele tipo de bar, do pequeno ou aquela geladeira que vem 'garrada' no freezer.
Acho isso uma palhaçada com o consumidor. Foi a mesma coisa com o Mirabel. Um dia disseram: não haverá mais Mirabel. Milhares de jovens e crianças (grandes e pequenas) ficaram seu o seu lanchinho. Agora ficam tentando empurrar para a gente aquele waffle da Piraquê (e genéricos) que tem gosto de isopor de escola de samba...
Agora só falta tirarem a Iris Lettieri como A VOZ do aeroporto (indignação bem carioca, tá, eu sei...). Ou sei lá, quando tentam emplacar uma terceira camisa que não tem nada a ver com a cor do seu time. Ou quando te vendem similar dizendo que é genérico. Ou quando te fazem acreditar que Skin e Skol é a mesma coisa. Ou quando a mulher que fazer DR na hora do jogo ou o marido falar de finanças na hora da novela... Sei lá, quando te contam que Papai Noel não existe...
Contabloguidade
Uma coisa que me arrependo é de não ter colocado um contador assim que inaugurei o BibideBicicleta. Esse são os únicos números que morro de paixão, os que contabilizam em forma de estatística. Não sei se estou sendo clara, mas isso é papo de quem não sabe fazer conta e usa os dedinhos como muletas numéricas! hehehe
Mas estou feliz demais da gente ter passado das 70 mil visitas. Acho que em dois anos. É pouco, claro que é, mas é assim que eu gosto de crescer: aos poucos, como goles de água gelada no verão. Outra coisa que jamais poderia imaginar no início é que eu fosse conseguir levar o blog adiante e perfazer 2 mil posts. É o que temos até agora, o que eu considero uma bela produção e um grande desafio.
Obrigada a quem vem pedalando comigo durante esse tempo. Seja ele, o tempo, qual for :)
Como índios
Duas notícias me chamaram atenção no G1 hoje pela manhã.
A primeira foi a linda reportagem que a jornalista Beatriz Castro fez para o "Fantástico" sobre o rito de passagem das índias Kamaiurás. Acho formidável quando a tradição de um povo prevalece frente o inevitável domínio da modernidade. Tradições que não ferem o humano do ser, porque nesse sentido sou até etnocêntrica quando me coloco contra certos hábitos como cortar o clitóris das mulheres, práticas adotadas por tribos na África. Não aceito isso, me desculpem os puristas.
Quando eu era pequena, lembro de uma temporada grande que passei na companhia do meu Pai, para a minha Mãe poder visitar uma missão na tribo dos Caiuás. Ela voltou de lá empregnada de uma cultura riquíssima. E eu, na inocência da pouca idade, fiquei encantada com uma música que ela aprendeu na língua deles e que cantava para mim, na hora de dormir. Aquelas palavras enroladas viraram um código de união entre nós duas, que cantávamos juntas.
Depois disso, anos e anos mais tarde, visitei uma tribo já bastante "civilizada" na Bahia. E fiquei encantada, porque lá todos tinham o nariz igualzinho ao meu. Eu perdi horas olhando o nariz daquela gente, que, afinal, era minha gente também. Tenho totalmente o pé na tribo e o meu nariz não me deixa mentir. hohoho
A segunda notícia era sobre um menor que foi pego perto de um presídio no RS tentando mandar celulares para os presos através de arco e flecha. E fiquei pensando que não é sem razão que certos estrangeiros pensem que a gente vive numa selva. Só que esqueceram de frisar que a selva é de pedra. E essa é muito, muito pior.
23.1.11
A alegria de pobre está nas pequenas coisas. A das crianças também.
A alegria de pobre está nas pequenas coisas. A das crianças também.
No Rio de Janeiro faz um calor alucinante. Está difícil até andar pelas ruas, que dirá manter qualquer tipo de elegância e refinamento. Mas a roda gira e as coisas acontecem e você é obrigado a ir, realizar.
Então hoje estava dentro do ônibus bem na hora do almoço, quando o sol está de lascar lá em cima. Olhando pela janela vi aquela cena carioca. Uma mãe e duas crianças se banhavam em um chafariz em frente à maternidade pública. A criança, que devia ter uns 3 ou 4 anos, pulava dentro da água numa alegria que se espalhava por toda volta.
Era uma cena que ao olhar "estrangeiro", por exemplo, poderia parecer coisa de índio. Era uma cena que ao olhar mais crítico poderia soar como depedração do bem urbano. Podia ser uma cena até contra a saúde pública. Mas, pelo menos para mim, tudo ficou menor diante da alegria descara e deflagrada daquela criança. Era lindo de se ver no que um pouco de água represada num calor escaldante pode se transformar: em felicidade.
Então, alegria genuína não é comprada por dinheiro, não é conquistada por um grande esforço ou êxito (apenas). Acho que ela tem muito mais a ver com uma coisa interna, com estado de espírito e disposição. E a criança encontra meio e fim onde a limitação adulta só exerga a possibilidade óbvia.
***
Essa foto foi mandada por uma Ciclista: a Paula.
Obrigada Paula, pelo e-mail gentil e a foto fofa!
22.1.11
UEPA - Ser Baixinha...
Não canso de dizer: a minha endocrinologista é maravilhosa (quem precisar, pode me pedir o nome que eu SUPER recomendo)! Pessoa sensacional e profissional sem igual. Logo nas primeiras consultas elas desconfiou de um problema que tenho há - pelo menos - 18 anos e que nunca foi diganosticado.
Na sexta-feira os exames confirmaram o que ela apenas imaginava. E ela foi me dando a notícia sem alarde, sem alarme e sem me deixar muito tensa. Foi um papo franco, que agora espera por uma contraprova para a gente entender melhor a situação.
Ainda assim eu sai do consultório meio arrasada. Sou ansiosa, então ficar em compasso de espera para começar a tomar altitude (ou ter ataque de pelanca) me é complicado. Gosto de saber para onde eu vou, o que tenho, como estou. Nesse sentido eu sou muito racional, o que é raro na minha vida.
Então, totalmente perdida em pensamentos cheguei até a calçada do prédio. Olhei para o lado e vi uma velha conhecida lanchonete. Tenho essa vantagem: ao invés de encher a cara de cachaça, eu loto a pançade açaí. Pedi um geladinho no copo. Estava cansada e a banvada era alta para eu comer, então me sentei e um daqueles bancos altos que ficam em frente ao balcão.
Veja bem: bancos altos. Eu sou baixinha e estava cheia de sacola. Assim que eu tomei impulso (sim, precisa) e me sentei, senti que o banco de alumínio deu uma agarrada no meu vestido. E eu ADORO aquele vestido. Pensei:
- Maluco! Todo castigo para corno é pouco...
Peguei as minhas bolsas do colo e coloquei em cima do balcão. Olhei para um lado, para o outro, para baixo. Não tinha jeito! A única perna que eu poderia apoiar para descer estava presa em função do vestido...
O moço do lado já estava me observando, quando eu falei a esmo:
- Ai, é alto!
Ele, rindo, me estendeu o braço e a mão. Me apoiou para descer:
- Eu te ajudo!
- Ai, obrigada.
- Mesmo sentada eu já tinha percebido que você é baixinha. Não tem problema.
O bilhete
Logo que acordei, percebi que um bilhete me esperava na porta do quarto. Curiosa, mesmo sonolenta abri o papel endereçado a mim. Vi algumas palavras escritas à mão com letras bem caprichadas. Reconheceria essa letra em qualquer lugar, mesmo na penumbra, porque com ela estive durante toda a minha vida.
Estou em um processo de mudanças intenso e que se instala irrevogavelmente, ao que parece. Um período profundo e de decisões sérias que demandam muita coragem. Minha Mãe, meu referencial de força e determinação, quis usar das palavras e da poesia - tão caras a mim -, para me estimular positivamente.
O bilhete - cuidadosamente dobrado-, tanto quanto beleza me trazia uma lição. Era um trecho do verso de Pablo Neruda, que dizia assim:
“Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho – quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos...”
Bom, era o combustível exato para os últimos acontecimentos. Vou dividir com vocês não como exposição pura e simples (porque de certa forma o é), mas seguindo a premissa do BibideBicicleta, que é mostrar como as transformações são manifestas:
Em 2010, todos os que acompanham o blog sabem, perdi meu Pai. Esse acontecimento contundente não me fez, contudo, perder o rumo. Dessa forma percebo o começo de 2011 intenso. Passei a virada em Punta Cana (República Dominicana), voltei a "dirigir" depois de 10 anos parada em função do medo, pedi demissão do emprego, porque passei para a faculdade dos meus sonhos: Formação de Escritores. Agora só falta um homem incrível na minha vida. Além, é claro, de uma lipo e da volta ao mundo em mais (bem mais) de 80 dias.
Minha Mãe escolheu a poesia exata! Vou deixar ela inteira aqui...
Em 2010, todos os que acompanham o blog sabem, perdi meu Pai. Esse acontecimento contundente não me fez, contudo, perder o rumo. Dessa forma percebo o começo de 2011 intenso. Passei a virada em Punta Cana (República Dominicana), voltei a "dirigir" depois de 10 anos parada em função do medo, pedi demissão do emprego, porque passei para a faculdade dos meus sonhos: Formação de Escritores. Agora só falta um homem incrível na minha vida. Além, é claro, de uma lipo e da volta ao mundo em mais (bem mais) de 80 dias.
Minha Mãe escolheu a poesia exata! Vou deixar ela inteira aqui...
“Quem morre?
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe”
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe”
21.1.11
20.1.11
Olhar para o alto
Olhar para o alto me faz sonhar.
Imagino tantas coisas que ainda não posso ver.
E posso ver tantas coisas por dentro,
quando elas nem existem ainda de forma palpável.
Lá fora.
Lá fora.
Estou em estado de gestação: de sonhos.
Olhar para o alto me faz imaginar como você está.
Busco no alto o que não posso tirar de dentro de mim:
um estrela, a carícia do vento, um momento.
Olho para o alto, porque assim você me ensina
e deixo o desejo viajar entre as estrelas,
na liberdade dos que buscam terra fértil para germinar.
E cresce aqui dentro o que plantei lá fora,
porque a vida é movimento, a vida é agora.
Para Vivian
"Crescer assusta mesmo.
A gente vai percebendo os múltiplos sentidos dessa frase na vida, ao longo dela, caminhando por ela.
Não é só uma questão de tamanho físico ou 'status', mas também dos espaços internos.
Como é complicado alargar os nossos espaços internos e desafiar o desconhecido..."
19.1.11
Recanto das Letras
Carla Giffoni, minha nova amiga e (quem sabe?) futura veterana mentora me deu a seguinte sugestão:
- Por que você não abre uma "conta" no Recanto das Letras para colocar as suas poesias? Eu fiz e tem dado supercerto comigo!
O Recanto das Letras é um site da UOL que reúne em um mesmo "lugar" poetas, escritores, trovadores de todas as matizes, aspirações e inspirações. É aberto à leitura de todos e ao comentário também, mesmo para quem não é "filiado" ao cyberspace.
Senti vontade, mas só para espandir o conhecimento a respeito do BibideBicicleta. Por que vários questionamentos me surgira e o principal deles é o fato de que se eu já tenho um blog para compartilhar meus escritos, para que escrever lá também?
Ela me fez crer que trata-se de um lugar mais especializado, digamos assim. Pode ser. Mas ainda estou pensando. Não quero entrar lá em função de ninguém, mas de mim mesma e essa vontade que anda brotando a passos muito lentos. Já havia cogitado essa possibilidade antes, quando antes era uma possibilidade. Mas achei, ironicamente (OOOOOH) que seria uma exposição desnecessária (como se eu estivesse muito protegida aqui). Será medo de crescer? Sei lá...
Papo de bicho
* Só para completar o post do papo de jacaré... Sabe que essa semana eu li sobre as enchentes na Austrália e uma informação me deixou chocada. Além deles terem que lidar com toda a consequência das chuvas e das consequentes cheias, ar ruas viraram praticamente rios e por eles há registro da passagem de tubarões. Isso mesmo.
Mas você vai falar: tubarão em água doce? Pior que existe, inclusive tem casos no Brasil. Os de lá são da espécie "Toro" ou "Touro". Fui procurar a respeito e descobri que é da mesma espécie que ataca a galera na Praia de Boa Viagem no Recife! Quer dizer...
Sinto falta
Sinto falta de abrir a janela e ver na tela palavras escritas
E dos escritos rolando noite adentro, sem lamento, sem feridas
De tanta angústia trocada, palavras veladas, sentimentos contidos
Do coração apertado, do suspiro escapado em momentos furtivos
Sinto falta de apressar o tempo no afã do momento de encontrar
E no encontro esperado, o abraço apertado e o beijo roubado ganhar
De sonhar com um rosto carente e sentir a emoção latente no olhar
De andar de mão dada e sorver a poesia leve como sussurro do mar
Sinto falta de imaginar cenas, fazer poemas e em linhas te desenhar
E da cumplicidade vertente no seu jeito latente de se entregar
Da vida sem disfarce, nem véu, nem partida ou choro na cama
Do beijo demorado no ato quente e consumado de quem ama
- Bia Amorim
Fotos
Papo de jacaré
Hoje li na coluna do Ancelmo, em O Globo, que um jacaré do papo amarelo (espécie ameaçada de extinção) apareceu na região de Vargem Pequena, zona oeste carioca, e levou dois tiros na cabeça. A foto mostra o bichão com uma gaze na cabeça. Vivo (graças a perícia dos veterinários).
Essa notícia me chamou atenção. Morri de pena do bicho. Não só porque ele está ameaçado, claro, mas pelo fato de que tanto em seres humanos, quanto em animais, me choca saber sobre dois tiros na cabeça de um indefeso.
Uma colega do trabalho me mostrou um outro lado da questão: "se tem um jacaré selvagem no seu quintal, você vai esperar ele fazer alguma coisa para poder tomar a providência?". Pensei na questão. Porque vamos combinar que num mundo ideal, as autoridades legais seriam chamadas e o bicho seria recolhido para local próprio. Mas a gente não vive no melhor dos mundos, não é?
Outra questão que sempre levantam é a de que é o homem que está tomando o espaço dos animais. Verdade. Mas fazer o que para que essa convivencia possa rolar num nível de coexistência e pacífica? Me parece outra daquelas questões complicadas.
***
Voltando no tempo, acabei encontrando uma reportagem de 2006 que me alertou ainda mais para o perigo da situação. Três guardas do Grupamento de Defesa Ambiental (GDA) do Rio capturaram uma jararaca de dois metros que se preparava para dar o bote em Miguel Almeida de 2 anos. O menino brincava no quintal de casa, em Santa Tereza, e foi salvo pelo cão de estimação Brutus, cruzamento de pastor alemão com rottweiler. O cachorro ficou gravemente ferido, mas socorrido a tempo, sobreviveu.
Agora você - que mora na cidade - me diz: se encontrasse uma jararaca no seu quintal ou varanda - e não fosse a sua sogra, claro -, você ia só espantar o bicho ou tomaria uma decisão mais extrema? A se pensar com seriedade, porque eu jamais dormiria tranquila com uma cobra - a de dois metros, claro - rondando a minha casa...
18.1.11
Seja! E isso será bom para quem precisa
A Lila me escreveu uma cartinha (gosto de chamar assim os e-mails que tratam de sentimentos e não de business) sobre uma questão que ela está vivendo ultimamente. Como é parte de um sentimento que pode ser geral, amplo e irrestrito, eu resolvi dividir aqui preservando certos pontos que são muito pessoais.
Em linhas gerais, a Lila me disse que está de "saco cheio das pessoas que ficam observando seus passos e apontando o dedo para as suas mudanças". Tem sempre aquela pessoa chata e com falta do que se preocupar além da vida do outro que vem dizer, entre os dentes e quase em um sibilo, que você não é mais a(o) mesma(o).
E compartilho essa história porque eu também estou entrando numa fase mais delicada da minha vida. Todos nós a temos. Sinto que em breve passarei de pedra à vidraça, como dizem popularmente. A questão é: e quem disse que a vidraça foi feita para quebrar? Abaixo os mitos e uma ode à vida real, minha gente!
Eu escrevi para ela:
"Querida Lila,
E dai se você tiver mudado amiga? Que mal há nisso? Tudo muda o tempo todo, as estações vão e vem e mesmo entre cada uma delas predeterminadas pelo tempo das coisas, nenhuma delas parece a mesma. Por que com a gente teria que ser diferente?
Que patrulhamento é esse?
Percebo os computadores, que é uma coisa bem desse tempo. Eles ficam a cada dia obsoletos com mais velocidade (e eles são criados por nós e estão a nosso serviço!). E a gente tem que se adaptar às mudanças se quiser estar inserido na sociedade. Se nos subjugamos, de certa forma, a essa tendência inexorável praticamente, por que a gente tem que parar no tempo e no espaço enquanto seres humanos em nossos questionamentos internos? Simplesmente para agradar a quem age dessa maneira? Para deixar menos neuróticos os que não conseguem dar ao outro a chance de recomeçar sempre?
Hoje ouvi uma frase muito boa sobre mudança: "Parece que estamos vivendo a pré-história de um novo tempo!". Não parece? O que é, já foi. Vivemos a dinâmica dos tempos e o relógio interno tem que estar bem ajustado, queridona...
Pessoas como nós vivem tanto depois de nascer. Crescemos ao sabor dos acontecimentos, passamos pela escola, pela faculdade, por amores vividos, partidos, interrompidos. Umas se casam e têm filhos, outras estão em busca de um amor ou apenas de realização. A gente viaja, muda de casa, troca de amigos, conhece novas pessoas, dirige por outras estradas, lê vários livros, conversa com gente de várias aspirações, inspirações.... A gente até muda de idéia (e que bom que isso pode acontecer!). Por que as pessoas querem que você (ou eu) permaneça a mesma?
Olha, eu chego dizer que graças a Deus a gente tem a chance de mudar sempre! Seríamos tão óbvias, chatas e imaturas se andássemos pelas mesmas pegadas de quem veio na nossa frente. E que desapontamento causaríamos se encontrássemos as pessoas do nosso passado e a gente não tivesse evoluído com o sabor do tempo.
Não se deixe prender por rótulos. Se querem dizer que você mudou e dai? Vai conseguir patrulhar o pensamento que o outro tem sobre você? Que nada! Deixe que cada um dê conta das suas próprias circunstancias internas! E não se molde pelo padrão daqueles que te olham de longe. Deixa que os de perto saberão e poderão te dar muito mais conselhos interessantes se perceberem que a mudança te leva para caminhos estranhos. A esses sim é bom que se dê ouvido, mas nem a esses obrigatoriamente.
Seja! E isso será muito bom para quem precisa. E isso será bom para você principalmente. Difícil, complicado e trabalhoso, mas libertador. Seja e encante. Porque sendo você, não tem como não encantar a quem sabe enxergar além das teias que crescem em olhos embotados pelas dores mal curadas do tempo...
Com amor,
Bibi"
NY Novidade
Sempre gostei do lado empreendedor do americano. E quando nós, brasileiros, vamos para lá, a gente também acaba incorporando essa, digamos, "mania", que unida à nossa, digamos também, "versatilidade", acaba rendendo bons frutos. E se é bom, 'bora compartilhar!
A Taty, minha amiga brasileira e gente finíssima, mora em NY há praticamente 10 anos. Ela está com um serviço bem interessante para brasileiros que querem realmente conhecer NY e geralmente tem pouco tempo para descobrir os lugares. Trata-se de um guia e orientação turística para grupos de dois a seis componentes a US$ 100,00 para acompanhar o dia todo das 9:00 às 17:00h (horas excedentes serão cobradas a US$ 20,00). A ideia é levar as pessoas aos melhores lugares, no menor tempo, inclusive em descolados outlets fora da ilha! Ela dá, inclusive, dicas de locais para ficar ou alugar o carro de maneira mais prática e econômica.
Quem se interessar pelo serviço ou conhecer alguém que possa se interessar, entra em contato com ela!
SERVIÇOS DE GUIA PARA NEW YORK
TATYANA MOREIRA –
E-mail: tatyanakbmm@yahoo.com
Mudanças
Em 27.03.2010 eu elaborei e registrei a seguinte frase no BibideBicicleta: "Viver das letras para mim seria quase tão bom como viver de sonhos". Tão bom saber que você faz por onde esses sonhos acontecerem! Dei mais um passo na direção da minha realização pessoal e que reflete diretamente na minha vida profissional, gente! Sonhei alto escrevendo aqui e alguém lá do alto escutou. Em breve teremos novidades. Torçam por mim, que prometo tornar esse lugar cada vez mais interessante se assim me for dada a possibilidade.
17.1.11
Fato
- Morro de inveja off-white de quem (diz e/ou faz) vai ao banheiro pentear o cabelo. Juro! São raras as vezes em que a minha jubinha vê um pente. As vezes depois do banho e só para desembaraçar com leave-in. Pronto, nunca mais. Depois disso seria missão impossível! Deixo a natureza selvagem se manifestar gloriosa...
Frases
"'A vida continua', dizem... Sei. E existe outra alternativa viável e sustentável?"
- Bia Amorim
Desce o tecido!
Os livros - dados, emprestados, cedidos, comprados - estão se avolumando na minha cabeceira. Assim como as revistas, que ADORO ler. Estou sem método, sabe? Sem ritmo de escrita e leitura. Desde a virada do ano, engraçado!
Ainda ganhei do trabalho um "vale-empada" (bônus em cartão) de três dígitos, que podem ser "trocados" por livros! Ou seja, muito em breve a louca-das estantes estará solta na livraria mais próxima.
Mas estou num momento tão pós-Fashion Rio, que não sei se troco por livros ou por um secador de cabelo! hahahahaha
Contei para vocês que um assessor me sentou na primeira fila de um desfile e ao meu lado, de pé por falta de lugar, estavam Lilia Pacce - a poderosa de moda do GNT - e Paulo Borges - o todo-poderoso do evento? UIA! Me senti até mal! Juro para vocês! Pensei em ceder o lugar, mas não dava para bancar a humilde, meu bem! Jamais ofereceria aquele lugar conquistado com suor, devoção e muitos paetês perdidos durante mais de 10 anos de cobertura de Fashion Rio!
A "humildegard angel" gritava dentro de mim, mas fiz carão, como aprendi com as modelos!
Desce o tecido (porque pano é palavra proibida entre os estilistas, meu bem!)!!!
16.1.11
Pensamento sobre a atualidade
Diante da TRAGÉDIA que as chuvas causaram na região serrana do Rio de Janeiro, eu reflito sobre a tragédia que é a decrepitude humana. Não bastam os que estavam cobrando 40 reais por um galão de água ou 16 reais por uma caixa de vela, agora a gente assiste a saques de quem teve praticamente tudo levado pela água (porque o que sobrou é tão pouco diante da perda de tantas vidas, casas, ruas, bairros inteiros). Será que a dignidade desses terceiros se foi também? Lamentável...
Moradores defendem o que sobrou com paus e pedras. Gente, que mundo é esse? Fico aqui torcendo para que não desviem nada das doações, porque infelizmente é o que a gente acredita que acontece. E o brasileiro comum tem se mostrado tão solidário. Vi em uma reportagem que as garrafas de água nos supermercados estão no fim, porque as pessoas resolveram ajudar mesmo! Isso me emociona, mesmo que seja algo pontual. E os governantes? Heim?!
Essas letras me dizem tanto...
"Blackbird singing in the dead of the night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise.
15.1.11
Preciso de palavras para me livrar dos sentimentos, me aliviar os pensamentos e me fazer companhia. Preciso de palavras, que se juntem em melodia, que se transformem em poesia para extirpar esse lamento. Sento. Sinto tanto. Tento. Olho o canto do meu quarto. Vivo esse momento. Fecho a janela. Não vou ver o raiar do dia. Abro a mente. Falo com Deus, penso nos meus, falo sozinha. Busco o pensamento mágico, o momento verdadeiro, vasculho o meu coração inteiro. Respiro exasperada o fim de mais um dia. A noite finda, que me parece infinda em poesia. Sem poesia. Sem alegria. Esse foi só mais um dia. Não um dia a mais. Busca a paz para sobreviver. Pra nos socorrer. Busco no fato o ato: um abraço distante. Sonho o sonho de uma nova espera, de uma nova era, de um novo encanto. Sinto. Sinto tanto esse vazio. Essa falta de um arrepio quente. De um ombro amigo. De um olhar carente. Sinto tanto, simplesmente. O existir constante da presença incerta, na certeza de um encontro não aparente. Velado. Não revelado. Ansiado. Antes e ainda.
Questão do tempo
Foto: iG
É muito inacreditável o que está está acontecendo na região serrana do Rio. Perdi um companheiro de trabalho doce e muito gentil nessa loucura toda. E fiquei chocada. Primeiro por ele, que perdeu junto a mulher, que eu também conhecia (estilista), e o filho deles, que vi na barriga, pouco antes de nascer. Dureza.
Então a gente pega esse choque minimizado e aumenta as proporções. Fica difícil ver as imagens. Torna-se impossível não ler o noticiário. Me emociono. Ricos e pobres afetados. Gente e bicho vitimados pelo horror. E fico pensando que se antes disseram que o sertão viraria mar, quem ia imaginar que a serra também viraria?
Companheiros de trabalho que ainda não conseguiram abraçar as suas famílias. Isso também é triste. Pelo menos estão vivos. E longe de mim querer jogar "cinzas" na situação, mas até quando, se as precipitações do céu só nos enchem de terror?
Angra dos Reis, Santa Catarina, Niterói no Morro do Bumba, Rio de Janeiro no Morro dos Prazeres, Região Norte e Nordeste há pouquíssimo tempo. Tempo... O que está acontecendo com ele? O que está acontecendo com o mundo? Talvez não seja hora de reflexão, mas de ação, mas os fatos também nos dão ensejo a ela...
Essa perplexidade, lembro bem, me era antiga e aconteceu durante os terremotos no México.Lembro de grudar na TV atrás de notícias de um lugar que me era tão desconhecido geograficamente, mas me deixava tão perto no sentido da solidariedade. Nos dias atuais esse sentimento me tem sido evocado com muito mais frequencia.
Quem pode determinar o que eu ainda tenho que viver, se a vida é tão delicadamente imprevisível? Gostaria de viver o hoje com você, porque o amanhã é questão do tempo...
14.1.11
Listinha
(idéia dela)
Listinha
Homem inteligente: José Esmeraldo Gonçalves
Para onde gostaria de viajar? Nova Zelândia
Mulher cafona: Elza Soares
Pessoa desprezível: Roger Abdelmassih
Coisa bonita: olhos verdes com mel
Não curto: música eletrônica
Curto: leitura, filme, beijo na boca e poesia
Sonho de consumo: atualmente é viver de literatura
Putzgrila não vacila: os preços dos vestidos hoje em dia no Brasil
Pior tipo de gente: que usa da violência em função de uma opção contrária à sua
Mulher inteligente: Cristina Grillo
Uma música marcante: "Here, There and Everywhere" - Beatles
Lugar para curtir um grande amor: Imagino que Áustria, Grécia ou Paris
Uma saudade: dos abraços do meu pai
Felicidade caseira: café quente, um bom livro, o quarto escuro, minha cama
Praia: a que ainda vou descobrir
Animal: livre
Frase: "A minha cara de pau já me levou a vários lugares, mas a minha vergonha nunca me levou a lugar algum" - Bia Amorim
Cd: Ouço músicas pelo rádio ou youtube
Homem bonito: George Clooney
Uma comida: japonês, penne aos 4 queijos, risoto ao funghi
Mulher bonita: Tia Nica, que aos 102 anos continua linda com aqueles belos olhos azuis que deixaram tantos a seus pés
Listinha
Homem inteligente: José Esmeraldo Gonçalves
Para onde gostaria de viajar? Nova Zelândia
Mulher cafona: Elza Soares
Pessoa desprezível: Roger Abdelmassih
Coisa bonita: olhos verdes com mel
Não curto: música eletrônica
Curto: leitura, filme, beijo na boca e poesia
Sonho de consumo: atualmente é viver de literatura
Putzgrila não vacila: os preços dos vestidos hoje em dia no Brasil
Pior tipo de gente: que usa da violência em função de uma opção contrária à sua
Mulher inteligente: Cristina Grillo
Uma música marcante: "Here, There and Everywhere" - Beatles
Lugar para curtir um grande amor: Imagino que Áustria, Grécia ou Paris
Uma saudade: dos abraços do meu pai
Felicidade caseira: café quente, um bom livro, o quarto escuro, minha cama
Praia: a que ainda vou descobrir
Animal: livre
Frase: "A minha cara de pau já me levou a vários lugares, mas a minha vergonha nunca me levou a lugar algum" - Bia Amorim
Cd: Ouço músicas pelo rádio ou youtube
Homem bonito: George Clooney
Uma comida: japonês, penne aos 4 queijos, risoto ao funghi
Mulher bonita: Tia Nica, que aos 102 anos continua linda com aqueles belos olhos azuis que deixaram tantos a seus pés
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