“Bia queridissssima,
Adorei te reencontrar e o que você escreveu no blog traduziu exatamente nosso astral naquela manhã. E você é muito generosa nas tuas palavras! É isso também que embeleza uma pessoa, ela proferir palavras gostosas, boas, benéficas. Tem gente que acha que isso é ser meio Poliana, que sejamos então! Deixemos aos outros os sapos, que saem em forma de palavras, embora ache um desrespeito aos sapos, só porque são feinhos...hahahahaha...
...Teu blog tem a tua cara, sincero, transparente, onde você se coloca por inteiro. Teatro a gente faz no palco; na vida, a verdade é muito mais sedutora do que o joguinho.
Mil beijos...
Tu”
Carinho é sempre uma manifestação das mais gostosas e legítimas que existe. E de todas as letras, a que mais me surpreendeu foi a que ela se refere à Poliana. Li esse livro (Poliana Menina e Poliana Moça) ainda muito pequena e lembro de ter me acabado de chorar com a história. A identificação foi óbvia e imediata. Quando cheguei à adolescência, essa comparação me perturbava demais – qual o adolescente que quer fazer o jogo do contente e ver a vida por um prisma cor-de-rosa all the time? Hoje, até faço questão de reforçar esse traço em mim. Tento fazer o jogo do contente para encontrar um sentido que baste. Quase ninguém está mais disposto a mostrar seu melhor lado. Quem vive com as garras de fora para sobreviver à selva de pedra, acaba acreditando que a dureza que impõe à sua própria vida é parte de sua essência. Daí vemos o egoísmo, a desesperança, o desrespeito, a brutalidade, o descaso, a incompreensão, o individualismo, a angústia, a ignorância, o malamor, o ódio, a falta de gentileza, o anarquismo, o cinismo, a mentira, a falta de ética, senso, poesia e valores reinar. E o que fazer acerca dessas coisas? Em mim não há conformação, mas também não há confrontação. Há apenas a vontade de seguir a diante fazendo a diferença, por menor que seja. E isso não é ser boba e aceitar as agruras da vida, mas tentar fazer da minha realidade um lugar de esperança. Seu olhar em relação à vida e às pessoas pode fazer toda a diferença, tanto para você, quanto para quem te cerca. E como diz a minha amiga Catita em seu orkut:
"Com o tempo você vai percebendo que para ser feliz com outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama ou acha que ama, e que não quer nada com você, definitivamente, não é a pessoa da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você..!"
Parabéns, chegamos juntos ao post de número 60!