15.6.08

It's Magic 3

...Você que está chegando AGORA, um aviso: comece pelo post Mágica ou pelo It's Magic 1. Você que veio até aqui, tome fôlego! Não desista! Essa é a última história da saga! Fiquei uma semana sem passar por aqui, né?!

Caso 3) Por mais estranho que possa parecer, o caso 3 está intimamente ligado ao caso 2, que tem tudo a ver com o caso 1. E fico me perguntando se a mágica da vida não estaria inserida naquele símbolo do infinito, onde as linhas se cruzam e entrelaçam, mas você não é capaz de dizer onde é seu começo, meio ou fim.

Os personagens são outros, o tempo é bem mais antigo, mas o local permanece o mesmo: Manhattam, NY. Era começo do verão, temperatura amena. A cidade quente bombava! As pessoas pareciam mais felizes expostas ao sol. Eu achava a maior graça ficar observando os executivos almoçando nos degraus, do lado de fora dos prédios. Todos tomando um solzinho. Muitos tiravam o sapato, além do paletó. Cena que eu jamais poderia imaginar no centro do Rio, por exemplo, ou em algum ponto da Avenida Paulista.

Levantamos bem cedo para pegar a estrada. Morávamos há cerca de uma hora, uma hora e meia de Manhattam. O nosso meio de transporte? Uma van meio cobre, meio caramelo, meio desbotada, meio velha, meio cuidada, meio confortável, meio instável... Mas ainda assim, o xodó de seis pessoas, que não abriam mão do seu direito de ir e vir. A gente morava no meio da floresta, sem uma rede de transporte que fosse efetiva. Os seis "donos da van" não estavam juntos naquela aventura. Os personagens eram: Bibi, Luke, Ninho, Marcão, Quati e Garanhão Molhado. Chegamos à cidade pelo túnel e paramos em um estacionamento daquela região.

Passeamos um pouco pelas ruas da cidade, que já nos era tão familiar. Andamos de metrô. Eu, dando graças a Deus por não precisar me preocupar com estação, troca de trem, linhas, downtown ou uptown. Isso sempre me deixa MUITO nervosa e confusa! Definitivamente eu não fui feita para os mapas. Depois do almoço, num lugarzinho charmoso, fomos andar pelo sol até a Times Square. Eu e Luke de mãos dadas. Esse fato me chamou muito a atenção, porque o ato de andar de mãos dadas é tão íntimo, talvez, quanto um beijo na boca. Você não sai de mãos dadas com qualquer um, não é? Pode dar o braço, passar o braço pelo ombro ou ir side by side... Ali eu tive certeza de que o Luke era especial para mim e que as nossas vidas estariam ligadas para sempre. Essa percepção se confirma até hoje, quase uma década depois.

Ao chegar a Times, tomamos o nosso lugar em um cercadinho. Em uma hora iria começar uma série de shows que celebrariam o início da temporada de futebol americano. Foi sensacional! Teve Alicia Keys, Henrique Iglesias, mais umas duas atrações, que não lembro, e por fim ELE: John Bon Jovi. A banda, o cara, o Todo Bom Jovi cantando na minha frente, ao vivo! Todas aquelas músicas que embalaram a minha adolescência, muitas das quais eu sabia cantar! Pulei muito aquele dia! Os meninos pularam comigo! A MTV gravando o show. A animação brasileira contagiando a terra do Tio Sam! Foi incrível!

E para finalizar aquele Magic Day, a cereja do bolo. Por causa do show, a Broadway estava com seus ingressos pela metade do preço. As salas não iam lotar. Compramos os mais baratos. Beeeeemmmm lá atrás. Quando as luzes se apagaram, corremos para as fileiras da frente. Estávamos praticamente na segunda fila do balcão superior. Vimos A Bela e a Fera de um lugar privilegiado. Até hoje, sem dúvidas, o melhor espetáculo que já assisti na vida! [Melhor até que O Fantasma da Ópera, que era um sonho antigo, que pude realizar]. Ao lado dos amigos mais queridos que pude fazer naquele lugar. Meus meninos, meus filhos, meus irmãos, meus protetores, minha família. E fiquei chocada quando li que a peça saiu de cartaz! EU VI!

Com esses mesmos meninos, vivi outros momentos de pura magia... Mas essa é uma outra história.


Magic Days, Magic Moments, Magic People, Magic Place, Magic Feelings, Magic All. Just try to be Magic!

4 comentários:

Lucas Ferraz disse...

Alguns momentos são mágicos mesmo. tão mágicos que persistem existindo ao longo de toda a eternidade, não importa onde ou quanto você esteja.
O dia do show foi mágico, sem dúvida, mas pra mim os momentos mais marcantes da vida são geralmente os que passam despercebidos para outras pessoas.
Quando fecho os olhos é o som de Dave Mathes que me vem à mente. É a mesma van, mas chegando num parking lot de um mall ou de um mart.

Infelizmente na vida precisa haver um equilibrio e geralmente quem tem muitos momentos mágicos também tem momentos de maldição.

E a magic se torna spell.
Sinto estar sumido. A vida está num dos momentos de se balancear.

Mãe no hospital por uns dias, casamento acabando, faculdade pressionando e a cabeça girando.

E lembro de quando inocentemente ouvíamos Cássia Eller perguntando se a gente se lembra de quando chegamos a acreditar que tudo era pra sempre sem saber que o pra sempre sempre acaba.

Parece que o meu pra sempre tá acabando. Parece que tudo resolveu vir de uma vez.

Como diria Gal, por que de amor para entender é preciso amar? E nem estou falando só de amor de casal, não.

Já ouviu a música nova do Cold Play? Viva La Vida?

Segue a letra:

"I used to rule the world
Seas would rise when I gave the word
Now in the morning I sleep alone
Sweep the streets I used to own

I used to roll the dice
Feel the fear in my enemy's eyes
Listen as the crowd would sing
"Now the old king is dead! Long live the king!"
One minute I held the key
Next the walls were closed on me
And I discovered that my castles stand
Upon pillars of salt and pillars of sand

I hear Jerusalem bells a-ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
Missionaries in a foreign field
For some reason I can't explain
Once you'd gone there was never
Never an honest word
That was when I ruled the world

It was the wicked and wild wind
Blew down the doors to let me in.
Shattered windows and the sound of drums
People could not believe what I'd become
Revolutionaries Wait
For my head on a silver plate
Just a puppet on a lonely string
Oh who would ever want to be king?"

É assim que a gente se sente quando descobre que o pra sempre sempre acaba.

Mas sabe o que nos salva? É saber que sempre haverá um novo pra sempre. E que família é a única coisa que não acaba.

E você é a minha família.

V. Raner disse...

Eu li os três posts, ri muito e estava feliz da vida, até você fazer o favor de lembrar que A Bela e a Fera saiu de cartaz e eu não vi! AAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Na Disney eu vi aquele pedacinho, inho inho, mas queria ter visto na Broadway ...

Whatever .. Você voltou ! Finalmente =)

Saulo disse...

Amore!! mesmo não escrevendo, tenho visitado diariamente o blog!! Sobre a sequência de "magic moments" só tenho a dizer: "que invejaaaaaaaaaaaaaa" rsrsrsrs
Todos fantásticos!!
Me fizeram lembrar de nossas aventuras em terras de "tio sam" em 1995... (lá vai fumaça!)
Bjussssssssssssssss

Anne Katheryne disse...

Ai ai... esses posts foram muito inspiradores... também quero falar sobre isso.. realmente a vida nos oferece momentos mágicos que precisamos dividir!!
Mil bjuuss