20.9.08

Celine ou Bennett?



PARTE 7:

Creio que nem preciso dizer que da ultima vez que parei para escrever sobre os destaques da viagem, eu vivia um dia de muita inspiração (vide o numero de posts). Talvez nao seja o caso de hoje, mas assumi o compromisso [comigo mesma] de manter esse espaço sempre atualizado, para que os que gostam de me prestigiar – e tambem os curiosos de ocasiao – possam voltar sempre em busca de novidades. Andei ate pensando em escolher um dia ou dois na semana para fazer as atualizaçoes. Porem, sei bem que essa coisa de fixar datas nao funciona comigo. Eu soul free demais...

Fico muito feliz em poder falar para voces que tivemos a sorte de pegar dias lindos por aqui. Um ou dois moments de temporal foram as unicas notas destoantes, ate entao. No mais, desfrutamos de um cenario de sol, ceu azul, aberto e convidativo, cidade praticamente brilhando. O que nao quer dizer que todos os dias foram de calor intenso. Nada disso! Ha alguns dias temos experimentado a chegada do inverno americano. Ela vem de mansinho, mas lascando o couro! Ventinho frio que parece cortar a pele, mesmo em um dia digno de passeio de Branca de Neve pela floresta com seus bichinhos... Sempre achei esse clima “ironico”, como se pregasse uma peça. Voce olha pela janela, do conforto da casa quente, e pensa que la fora esta “na pressao”. Basta abrir a porta da rua para tomar um golpe de vento gelado e voce volta correndo para pegar um casaquinho mais pesado. Se de dia ja se apresenta daquele jeito, voce pode imaginar que quando a noite chegar, pinguim estara desfilando pelas calcadas, animadao! Varias vezes tivemos que reorganizar o figurino. Hoje esta assim: maos geladas no teclado. Imagina la fora? Bruuuuuuuu

Acho que estou enrolando para falar sobre a noite do show da Celine Dion, ne? Perdi o ritmo da escrita. Onde paramos mesmo? Ah, minutos antes da hora que haviamos previsto para entrar no Madison Square Garden, a gente estava no Burger King fazendo um lanchinho... ‘O estomago tinha que estar forradinho’ [minha mae adora essa expressao] para a apresentação.

A Onça ja havia trocado as reservas pelos ingressos. Assim que chegamos a porta, foi o tempo de fazer um bom clique [nao podia ser diferente] e se juntar ao mar de gente que seguia em fluxo para a entrada principal. A nossa operação estava um pouco mais complicada, ja que carregavamos um monte de sacolas com as compras do dia. A orda de gente ia se afunilando e so percebi, ja perto, que se tratava de uma revista. Eu estava com uma mochilinha e varias sacolas. A Onça foi na frente e o coroa guardinha percebeu que se tratavam de turistas em seu grau maximo! Ela passou e ele so olhou para as minhas sacolas e sorriu. Balbuciou alguma coisa sobre fazer compras, mas eu ja nao tinha nem animo para olhar para ele e devolver uma piadinha ironica. E segue o fluxo...

Passamos pela primeira e unica roleta. Alivio, porque a leitura optica passou sem problemas sobre os nossos ingressos [sei la, sou cismada!]. Depois famos andando por um longo corredor... Bela caminhada, so para variar o dia... Ficamos ‘bestas’ com a estrutura e a organizacao do lugar. Tudo parece funcionar em uma cadencia unica.


Nosso lugar? All the way up! Para o alto e avante! Ficamos tao alto, que me senti a Rapunzel dos cabelos curtos... Varias escadas rolantes acima, encontramos o nosso andar. As cadeiras estava otimamente posicionadas na fila B. Ate aquele momento, ninguem na nossa frente. O estadio parecia vazio. Sera que lotaria? Sim, lotou! Nos eh que estavamos muito adiantadas... E sim, as cadeiras da nossa frente foram ocupadas por um casal de mulheres. A mais nova delas parecia ter a vida embalada pelas trilhas sonoras de Celine. Desde a musica mais atinga ate o recente sucesso, a companheira vibrou e levantou os bracos em sinal de pura emocao [morri de rir, porque descobri onde Rosana encontrou a base para gravar a versao de Como Uma Deusaaaaaaaaaaaaaaaaaa... E, de repente, senti que, de certa forma, a Celine Dion pode ser considerada a Rosana importada, com suas musicas que falam de amor, dor e saudade; alem do figurino sempre questionavel, que dessa vez me surpreendeu demais e agradou bastante].

Depois de contornada a questao dos bracos levantados da madame da frente – o lance foi treinar a quebra de pescoco para um lado e para o outro, como se dancassemos break – comecei a olhar para o lado... Estranho... parecia show do Tony Bennett [ia falar Sinatra, mais famoso, so que nao quero evocar os mortos em um momento simbolico como esse]. A audiencia, em sua maioria, parecia ser de gente da terceira idade [usando o termo sem querer ofender ninguem ou levantar polemica de qualquer especie]. Fiquei com uma certa gastura: sera que paguei por um bom show?

Olhando la de cima, o palco parecia bem posicinado. Era um quadrado, deixando a plateia em forma de arena... Nao parecia ser grande coisa nao... A Onça ate chegou a comentar que a performance deveria ficar em cima do vocal, banda e vestidos. Apressado como cru e eu sou a rainha dos naturalistas no quesito ansiedade. Foi isso e muito mais!

3 comentários:

Anne Katheryne disse...

Ainda sou mais Tony Bennett à Celine Dion! Não me importaria em dividir a platéia com a galera animada do asilo. Mas de todos Frank is the best!! =)

Ana Martins disse...

Essa de dança break foi demais, rsrsrs
Eu tb não esquentaria dividir a platéia com a maioria maior que minha idade... boa música não tem idade!

Saulo disse...

Fala sério!!! Vc ainda não sabia que a esticada Rosana tinha uma bela Celine no passado?!! rsrsrs
"Like a lady...!" Deve ter sido o máximo!!!