
A vida tem sons / Que pra gente ouvir / Precisa aprender / A começar de novo. / É como tocar / O mesmo violão / E nele compor / Uma nova canção
Porque a vida deveria ser simples como um passeio: divertido, sem rodinhas e com aquela sensação maravilhosa de vento no rosto.
"Começar é sempre difícil, mas necessário. A partir do momento em que temos o compromisso de observar o mundo, novos espaços são criados dentro de nós mesmos. O lugar que sempre habitamos, torna-se um ponto misterioso, pronto para ser desvendado. Esse blog é a minha tentativa de aumentar o meu campo de visão e passear pela cidade com a minha bicicleta... Com a velocidade necessária de quem aprecia e desfruta a paisagem.Vamos pedalar juntos?"
 Existem novos espaços dentro de mim. Aos poucos, o que era medo virou coragem! E assim vou avançando, sempre acompanhada com gente que me ajuda a escrever os meus dias e fazer das minhas linhas uma verdadeira história. Depois do bibidebicicleta, a Onça deixou de ser apenas uma pessoa, para virar também um personagem. Ela sabe o quanto vale para mim. Max teve seu momento star; minha família teve um pouco de sua louca intimidade revelada; levantei a lebre dos meus queridos Esmê e Carol; botei o Jorge no seu devido lugar: no alto e com neón; contei coisas do Franitos e da Bia Bug, uma das minhas maiores incentivadoras! A Bia posta sempre um recadinho, o que me deixa feliz demais! Exaltei o valor da nova amizade com o Neo e de velhas amizades tão referenciais, com o Filly e a BetaGorda. Anne chegou para fortalecer os recadinhos, assim como a Catita, a Vevê e a Morena. Vocês não sabem o quanto a Claris comenta sobre o blog, mas é só nas rodas mais exclusivas. Ela não manda recado, ela diz. Eu, adoro, assim como as falsas reclamações da Bela, da Alinezinha e da Carneiro. Contei do Lu "denegrindo a minha imagem", do Juju dono do jipe, da Helô, das frases da Taty Loura, das viagens com a Dani Maia, das observações da Medina, da transformação do S Ruivinho, das broncas e dos grandes presentes do Mestre Honey. Amei saber que o Gui e a Lou estão sempre de olho. Falei de tanta gente, de tantos casos, de tantos encontros especiais,  como aquele com a Tuna Dwek, com a Margareth Boury, e os outros tantos com Maneco... e vejo, admirada, que esse foi apenas o início! Ando buscando referências no cantinho da saudade, revisitando tanta coisa boa e redescobrindo o valor de saborear cada detalhe daquilo que já foi, mas continua vivo na memória.
 Porém, ainda faltam alguns destaques no post one-o-one. O Saulo reclamou que eu nunca escrevo sobre ele (e ele sempre coloca um comentário em cada coisa que eu faço, como se estivesse me dizendo: oi, estou aqui com você!). Eu acho muito complicado escrever sobre alguém que é parte disso tudo aqui; que viveu cada momento comigo quer em palavras, quer em momentos, quer no meu pensamento e coração. Crescemos juntos como referência um para o outro e decidimos ficar sempre juntos, além do sangue que nos une. Foi uma decisão de amor, que nos aproxima. Já rimos, já choramos, já brigamos, já mordi a mão dele, ele já bateu na minha cabeça, corremos, fomos à praia, à piscina, à montanha-russa, brincamos de mobilinha, fizemos teatro - Bia de Neve e Os Dois Anões (vocês podem imaginar o que foi!), passeamos de carro, trocamos segredos e confidências inconfessáveis. Fico tranquila em saber que mesmo tendo pais bem velhinhos, sozinha eu nunca vou ficar, porque eu fui agraciada com uma outra metade de mim (que não é a metade da minha laranja, para ficar bem Fábio Jr.).
E para terminar a história, uma outra história. Estava eu chegando no meio da floresta. Nada em volta, a não ser várias fileiras de casinhas em forma de container. Tudo na cor bege. Eram os quadradinhos de habitação mais esquisitos que eu tinha visto na vida. O lugar que eu ia morar por um longo tempo. Eu, exagerada, puxava duas malas gigantes com rodinha e mais uma mala de mão. Não conseguia andar e o namorado da época estava muito preocupado com as coisas dele. Só. Do nada, um carinha louro, bem branquinho, resolveu me ajudar a cumprir aquela complicada tarefa. A decisão dele de sair da inércia e ser prestativo, a vontade de esticar a mão para quem precisa fez nascer a maior amizade que se tem notícia. Foi assim que eu e o Luke nos conhecemos. Passamos o ano inteiro em um mundo paralelo e fizemos um do outro a família de que precisávamos. Seus amigos eram meus amigos e vice-versa. Saíamos juntos muito mais do que com qualquer outra pessoa. Ele me mostrou o mundo das montanhas-russas, cantou comigo aos brados We Are The Champions dentro de um carro e eu mostrei a ele que a verdade é sempre a melhor escolha, que a pureza de coração é sempre a melhor opção, que o amor é a coisa mais digna que podemos oferecer. 
Eu e Luke dividimos um trabalho divertido e estressante, um
"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada." (ClariceLispector)





"O tempo não perdoa o que a gente faz sem ele"Essa promete ser mais uma daquelas frases que vão me acompanhar pela vida toda. Pessoas especiais são aquelas que trazem "recados" importantes para a sua vida! E não existe tempo, hora ou lugar para encontrar alguém assim.
como seriam os dias de hoje sem os avanços tecnológicos?Ineditamente minha família se reuniu para elocubrar sobre o tema. Pensei: se nos tirassem a tecnologia, uma vez que já nos acostumamos a ela; seria terrível. Se ela não existisse e, portanto, continuássemos vivendo como há vinte anos atrás, com certeza encontraríamos meios de sobreviver com dignidade. O ser humano se adapta.

Sabe o post imediatamente anterior a este (que escrevo)? Não foi colocado ali à toa. Como vivia me repetindo o Mestre Honey: “num bom roteiro, nenhuma palavra, objeto, ação, reação pode ser destituída de algum sentido”. São máximas, como essa, que eu tento aplicar ao blog...embora faça questão de frisar que o meu compromisso é com a verdade, a criatividade e a poesia das coisas.
Estava na academia fortalecendo meu “excesso de gostosura”, quando essa música – que tem como título Por Enquanto (autoria de Renato Russo) – tocou. Não era a minha versão preferida, a da Cássia Eller...Não identifiquei a cantora: se era Vanessa da Mata ou Zélia Duncan. Isso não vem ao caso, já a letra era a mesma e invadiu a minha alma, como sempre acontece quando a ouço ser executada.
Detesto qualquer tipo de eleição que seja determinante. Por exemplo: Qual o filme da sua vida? Quais as 10 músicas que marcam a sua história? Que livro está intimamente ligado ao que você sente? Ai, gente! Somos tantos dentro de nós mesmos! Somos sujeitos à mudanças de todos os tipos, que fica difícil definir-se em uma lista definitiva dos mais mais. Porém, a importância que essa canção em particular tem na minha vida é inequívoca e inegável. Nos meus papos com o Luke, a gente sempre comenta que certos cheiros, gostos e canções tem o poder de te levar à lugares mágicos e tempos perdidos. A tal viagem do pensamento.
Por Enquanto marcou em tons suaves 2002, o ano mais espetacular da minha vida so far. Durante praticamente dois meses (ou mais), eu e as duas pessoas que mais amava na época, dormíamos noite após noite embalados pelas canções do CD Acústico MTV. Não era puro masoquismo, já que ou era esse CD ou Enya, que detesto até o último fio de cabelo da alma arrepiada! Morávamos em New Jersey e tudo lá parecia pertencer a um mundo paralelo. Essa canção se transformou na trilha da nossas vidas, da nossa viagem, da nossa aventura com data certa para terminar. Ficaram as doces lembranças, o sonho de reviver algo com “sabor” parecido e a música, que tem o dom de nos transportar para aquele lugar secreto e cheio de sentido. Foi ali que eu entendi que o “pra sempre”, sempre acaba. Mesmo. E que, portanto, devemos viver o melhor de cada situação, mesmo ela sendo ruim.
Hoje  voltei a falar com Mestre Honey. Disse a ele:
Bibi: Eu tenho uma visão muito particular  sobre a vida.
Mestre Honey: Eu sei.
Bibi: Que bom, porque isso me faz  perceber que eu não estou presa (restrita) ao meu universo  particular.
Foram as duas das palavras mais simples e mais lindas, que me fizeram sair da inércia da semana e contar mais um pouquinho de mim para vocês.
“Mesmo com tantos motivos pra deixar  tudo como está; Nem desistir, nem tentar agora tanto faz...Estamos indo de volta  pra casa.”
Mudaram as estações,
Nada mudou...
Mas eu sei que alguma coisa
aconteceu!
Tá tudo assim tão diferente.
Se lembra quando a gente chegou a um dia
acreditar,
Que tudo era pra sempre, sem saber
Que o pra sempre, sempre acaba?
Mas nada vai conseguir mudar o que
ficou;
Quando penso eu alguém, só penso em
você
E ai então, estamos bem!
Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está;
Nem desistir, nem tentar agora
Tanto faz...
Estamos indo de volta pra casa.
Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está;
Nem desistir, nem tentar agora
Tanto faz...
Estamos indo de volta pra casa!
“Se um veleiro repousasse na palma da minha mão / Sopraria com sentimento e deixaria seguir sempre rumo ao meu coração... / Meu coração / A calma de um mar que guarda tamanhos segredos / Diversos naufragados e sem tempo... / Rimas, de ventos e velas / Vida que vem e que vai / A solidão que fica e entra me arremessando contra o cais...” – Porto Solidão

"Se quiser chegar ao coração do homem, há de se contar uma história, dessas onde não faltem deuses ou personagens ou muita fantasia. Porque é assim, suave e docemente, que se despertam as consciências". La Fontaine
