1.4.08

Sei...


Queria falar sobre coisas mais profundas, mas hoje eu me sinto rasa. Queria compreender certos mistérios que nos cercam, mas não são estes os chamados segredos da vida? Caminhar, caminhar, sem saber onde vou chegar...não gosto muito das surpresas que a vida nos prega, mas também não saberia viver no módulo programado, tal qual um robô ciente de suas atribuições, day by day, time after time.

Hoje eu não quero falar de nada especificamente, mas estou falando de tudo, de todos nós. Tem dias que a gente está feliz, mas ainda assim precisa encontrar novos espaços dentro de si, alargar o horizonte, crescer para amadurecer sonhos e idéias.

Tem dias em que estou cercada de gente e me sinto só. Essa sensação estranha antes me angustiava, agora me dá oportunidades. Sentar, pensar, avaliar, reavaliar. A vida vai seguindo como uma máquina overloque, fazendo a sua costura por linhas em ziguezague. Contemplo a tela do computador como se fosse uma espécie de divã eletrônico, onde as letras são as pílulas que me acalmam a mente, corpo e coração. Eu sou o Freud de mim mesma, porque dentro de mim existem respostas para muitas questões, mas nem todas se explicam. Tem certas respostas que são mesmo muito difíceis de serem acessadas e o desafio é continuar a se esforçar para que nenhuma das perguntas a serem feitas deixem de existir.

Há pouco tempo, fiz um novo e já querido amigo, o Neo. Ele tem trazido para a minha vida coisas muito importantes. O melhor ombro, o ouvido mais exclusivo e a mente mais brilhante. Foi através dele que ouvi a frase:


"Se quiser chegar ao coração do homem, há de se contar uma história, dessas onde não faltem deuses ou personagens ou muita fantasia. Porque é assim, suave e docemente, que se despertam as consciências". La Fontaine
Eu conto a minha história para chegar ao meu próprio coração.. É na fantasia que encontro respostas para a realidade e é na realidade que me faço em fantasia, como uma personagem de mim mesma no teatro da vida. Sou aquilo que aprendi, vi e sobrevivi, somada àquilo que ainda quero ser. Em dias tão difíceis, somos desafiados a ousar a sonhar, porque tudo é correr atrás do vento. O sonho, assim como o amor, tem seu começo em matéria fluida e disforme. Precisa de boa mão, de bom coração e de muita coragem.

5 comentários:

Bia Bomfim disse...

Raso onde, bêibe? Pra mim, nem tá dando pé. beijos!

Anônimo disse...

Sabe... nós somos todos REFLEXOS. De todos que um dia passaram e dos que passam em nossas vidas. Carregamos conosco um pouquinho de cada um. O homem vive uma busca constante pela felicidade. Procura amar e ser amado. As vezes demoramos a realizarmos essas buscas. Mas não impossível. A solidão é apenas um momento para refletirmos sobre nossos sonhos e planos. Mas uma coisa estou certo: VIVA A DIFERENÇA. SEJA A DIFERENÇA!!!! Um beijão Bia. Nelson de Paula.

Saulo disse...

Esse texto foi um dos mais tocantes que li!! Adoro esses temas do tipo: "acabei de fumar um fininho" rsrsrrs
Quanto à sua profundidade... prima... francamente... você sempre é profunda!! (unda, unda - eco)
Bjusss

Anônimo disse...

Ops.. acho que me afoguei! rsrs

Jorge Luiz Brasil disse...

Jorge não consegue postar