28.4.08

One-O-One

Exatamente no dia 17.02.2006 dei início ao bibidebicicleta. Tive duas inspirações básicas: o blog da LêSchustoff, que infelizmente parou de escrever (o hobby dela agora é ser uma bela mamãe), e o bloWg da Marina W, jornalista das mais descoladas, que continua bombando no cyberspace. Uma me deu ênfase e a outra me garantiu a forma. Comecei o bibidebicicleta junto com uma nova etapa da minha vida. Hoje, vejo que assim como eu, o blog já é outro. Sinais dos tempos. Dos bons tempos...

Para o post 100, eu queria ter preparado uma festa! Um texto tão engraçado, a ponto de arrancar lágrimas de felicidade, ou tão sensível, capaz de arrepiar até o cabelo da alma. Nada disso aconteceu. E melhor: não me frustrou. Aprendi que a gente faz planos, mas a vida, muitas vezes, vai lá e nos surpreende com novas formas, novos contextos, novos contornos. Para o post 100, acabei encontrando um texto de Cecília Meirelles, que me encantou e seduziu.

Alguém se lembra de que forma eu comecei esse espaço aqui? Será que os que pegaram o bonde andando - graças a Deus mais e mais gente se junta à caravana Holiday, que não tem dia e nem tem hora para acabar! - tiveram a curiosidade de saber como tudo começou? No lo creo. Fui lá resgatar o texto:
"Começar é sempre difícil, mas necessário. A partir do momento em que temos o compromisso de observar o mundo, novos espaços são criados dentro de nós mesmos. O lugar que sempre habitamos, torna-se um ponto misterioso, pronto para ser desvendado. Esse blog é a minha tentativa de aumentar o meu campo de visão e passear pela cidade com a minha bicicleta... Com a velocidade necessária de quem aprecia e desfruta a paisagem.Vamos pedalar juntos?"


Existem novos espaços dentro de mim. Aos poucos, o que era medo virou coragem! E assim vou avançando, sempre acompanhada com gente que me ajuda a escrever os meus dias e fazer das minhas linhas uma verdadeira história. Depois do bibidebicicleta, a Onça deixou de ser apenas uma pessoa, para virar também um personagem. Ela sabe o quanto vale para mim. Max teve seu momento star; minha família teve um pouco de sua louca intimidade revelada; levantei a lebre dos meus queridos Esmê e Carol; botei o Jorge no seu devido lugar: no alto e com neón; contei coisas do Franitos e da Bia Bug, uma das minhas maiores incentivadoras! A Bia posta sempre um recadinho, o que me deixa feliz demais! Exaltei o valor da nova amizade com o Neo e de velhas amizades tão referenciais, com o Filly e a BetaGorda. Anne chegou para fortalecer os recadinhos, assim como a Catita, a Vevê e a Morena. Vocês não sabem o quanto a Claris comenta sobre o blog, mas é só nas rodas mais exclusivas. Ela não manda recado, ela diz. Eu, adoro, assim como as falsas reclamações da Bela, da Alinezinha e da Carneiro. Contei do Lu "denegrindo a minha imagem", do Juju dono do jipe, da Helô, das frases da Taty Loura, das viagens com a Dani Maia, das observações da Medina, da transformação do S Ruivinho, das broncas e dos grandes presentes do Mestre Honey. Amei saber que o Gui e a Lou estão sempre de olho. Falei de tanta gente, de tantos casos, de tantos encontros especiais, como aquele com a Tuna Dwek, com a Margareth Boury, e os outros tantos com Maneco... e vejo, admirada, que esse foi apenas o início! Ando buscando referências no cantinho da saudade, revisitando tanta coisa boa e redescobrindo o valor de saborear cada detalhe daquilo que já foi, mas continua vivo na memória.


Porém, ainda faltam alguns destaques no post one-o-one. O Saulo reclamou que eu nunca escrevo sobre ele (e ele sempre coloca um comentário em cada coisa que eu faço, como se estivesse me dizendo: oi, estou aqui com você!). Eu acho muito complicado escrever sobre alguém que é parte disso tudo aqui; que viveu cada momento comigo quer em palavras, quer em momentos, quer no meu pensamento e coração. Crescemos juntos como referência um para o outro e decidimos ficar sempre juntos, além do sangue que nos une. Foi uma decisão de amor, que nos aproxima. Já rimos, já choramos, já brigamos, já mordi a mão dele, ele já bateu na minha cabeça, corremos, fomos à praia, à piscina, à montanha-russa, brincamos de mobilinha, fizemos teatro - Bia de Neve e Os Dois Anões (vocês podem imaginar o que foi!), passeamos de carro, trocamos segredos e confidências inconfessáveis. Fico tranquila em saber que mesmo tendo pais bem velhinhos, sozinha eu nunca vou ficar, porque eu fui agraciada com uma outra metade de mim (que não é a metade da minha laranja, para ficar bem Fábio Jr.).


E para terminar a história, uma outra história. Estava eu chegando no meio da floresta. Nada em volta, a não ser várias fileiras de casinhas em forma de container. Tudo na cor bege. Eram os quadradinhos de habitação mais esquisitos que eu tinha visto na vida. O lugar que eu ia morar por um longo tempo. Eu, exagerada, puxava duas malas gigantes com rodinha e mais uma mala de mão. Não conseguia andar e o namorado da época estava muito preocupado com as coisas dele. Só. Do nada, um carinha louro, bem branquinho, resolveu me ajudar a cumprir aquela complicada tarefa. A decisão dele de sair da inércia e ser prestativo, a vontade de esticar a mão para quem precisa fez nascer a maior amizade que se tem notícia. Foi assim que eu e o Luke nos conhecemos. Passamos o ano inteiro em um mundo paralelo e fizemos um do outro a família de que precisávamos. Seus amigos eram meus amigos e vice-versa. Saíamos juntos muito mais do que com qualquer outra pessoa. Ele me mostrou o mundo das montanhas-russas, cantou comigo aos brados We Are The Champions dentro de um carro e eu mostrei a ele que a verdade é sempre a melhor escolha, que a pureza de coração é sempre a melhor opção, que o amor é a coisa mais digna que podemos oferecer. Eu e Luke dividimos um trabalho divertido e estressante, um
hobby, uma rotina de vida, uma caneca de French Vanilla, uma casa, um quarto, um carro e uma van. Repartimos o prato de comida e o copo de bebida; sonhos e lágrimas; gargalhadas e DVDs da Blockbuster (três vezes ao dia). Ele me viu pintar o cabelo e soltar um pum - uma única vez e foi sem querer! Ele esteve ao meu lado no dia mais difícil da minha vida...E permanece ao meu lado, a cada dia, a cada novo encontro, a cada pensamento ou troca de e-mail. Eu amo ter um amigo assim e desejo a todos que encontrem pela vida outros amores desinteressados como esse. Amores passam, mas amigo assim é para a vida toda e por toda a minha vida.

12 comentários:

Saulo disse...

Olha eu aí genteeeeeeeeeeeeee!!!!
Uhuuuu!! rrsrsrsrs
Meu nome também tá lá... minha foto também!!! Debutei!! rsrsrsrrs
Brigado Amélia Bicudo!!!
Bjussssssssssssss

Ana Martins disse...

Bibi, estou só imaginando como seria "Bia de Neve e Os Dois Anões", rsrsrsrs
Adorei!
Você nunca estará sozinha!
beijo procê!

Anne Katheryne disse...

Ahh fico muito feliz de agora fazer parte desses coments e dessa história. E não consigo me expressar sem a cacofonia da frase:"o seu jeito de contar os acontecimentos encantam!" rs E que venham mais 100! Bjus

Bia Bomfim disse...

Primeiro: recadinho para não perder o hábito. :)
Segundo: Fiquei feliz pq, mesmo esando na sua vida há pouco tempo, fui uma das primeiras a aparecer no post. Nem fico besta...
Terceiro: Amei o casal Franitos E BiaBug. Hahaha Se eu não conhecesse, ia querer conhecer, pq um casal com um nome desses promete. :P
Quarto: Como é possível? Já amo vc!
Quinto: beijos!!!

V. Raner disse...

Juro que ia ler, mas seu amigo é tá a CARA do meu professor de Matemática nessa última foto, então eu volto amanhã quando o baque já tiver passado.

Lucas Ferraz disse...

Bem.. o que dizer depois dessa rasgação de seda toda? rs
Você tem muitos amigos verdadeiros e por uma única razão: você é foda. Você e o seu desejo inesgotável de buscar algo melhor, de ser verdadeira e de se dar aos amigos como se eles fossem parte de você.
E nessa vida a gente colhe o que planta. Resultado: todo mundo te ama. Você, que durante tanto tempo escreveu sobre celebridades, é a maior celebridade que existe. E o melhor: você é uma celebridade por ser você!
Não dá pra explicar como é a nossa amizade. Simplesmente você virou minha família e sei que nunca ficaremos sozinhos. Lembro de você em tudo o que faço e, cada vez que olho essas fotos me emociono.
Cada vez que ouço Dave Mathews lembro, não só da van, mas da vida que dividimos.
E fico feliz que aquilo tenha sido só o começo de toda uma eternidade.
Fiquei emocionado e honrado com o post.
E saiba que, nem sempre, o pra sempre acaba....
Te amo muito. E tenho certeza de que aquele dia em que eu te ajudei a carregar a mala foi só o começo de uma amizade que vai durar ainda muitas e muitas eternidades!

Um beijão no fundo do coração!
Luke

Ana Martins disse...

Bia,

Seu Blog é como uma fonte. De vida.
Eu venho aqui e sempre encontro o sentido da vida. Pelo que você escreve, e pelo que seus amigos retribuem.
Olá, pequena GRANDE mestra e peregrina deste imenso universo!
Beijo procê!

Anônimo disse...

Bibi,
viajar de bicileta é realmente ter paz e ir além do que as estradas comuns possam nos levar... AMOOOOOOOOOOOOOO ouvir vc, ler vc, perceber vc em cada msg, toque, carinho...vc realmt mto especial. Bem apareci e escrevi, viu?! Cumpro minhas promessas...rsrs

Anônimo disse...

AMIGA, A ANONIMA SOU EU...ANAV...KKKKKK

Anônimo disse...

Minha amiga Bia Linda!!
Eeeehh, eu tô no blog tb!
É una grande honra poder ser uma de suas personagens e, mais que isso, poder ler td o que vc escreve, principalmente qdo vc posta Cecília Meirelles e diz que lembrou de mim!! =)
É ótimo te ouvir, te ler.
¡Miles de besos!
Morena.

Jorge Luiz Brasil disse...

Gata, não faz mais isso. Vou ficar metido demais. E você corre o risco de não me suportar...
Beijo na bunda

Anônimo disse...

Oi bia, que voce sempre seja essa pessoa linda, pronta para ajudar, apesar das dificuldades, sempre esta bem,alegre,divertida, voce irá superar, acredite, as situações aparecem para serem superadas e nos fortalecer, seu brilho interior é enorme, nunca duvide disto, acredite na sua força, beijos,Lú