30.7.08

Blog Melhor / Mundo Melhor


Ando com a mente fervilhando de idéias. Sabe aquele “filminho” que coloquei no post HUM? Foi uma idéia descaradamente chupada do meu blog-inspirador, o da sensacional Marina W. É redundante, mas importante, dizer que trata-se de uma seqüencia com Janet Leigh do filme Psicose, de Alfred Hitchcock, filmado em preto e branco no ano de 1960. Uma das obras-primas do mestre do suspense.

Namorando as páginas do bibidebicicleta pela centésima vez, fiquei com muita vontade de criar vários desses “filminhos” fotográficos. Um presentinho para quem gosta da união da foto com o texto, qualidade diversas vezes destacadas como um dos trunfos do blog. Falta tempo para me dedicar com sinceridade à questão, embora eu tenha um vasto material fotográfico à minha disposição. Também tenho que tomar cuidado para não me tornar repetitiva (preocupação constante), já que sou daquelas que quando gosta de alguma coisa, dedica-se a ela até o último pingo de energia e saco. Isso é com gente, músicas, lugares, tarefas, filmes, lojas, autores. Quase tudo. E é sabido que normalmente o exagero leva a ojeriza.

Acho que vou tentar montar uma espécie de HQ. Isso me toma bastante tempo de dedicação e eu tenho sentido falta de tempo para simplesmente descansar. O lado bom é que tenho descoberto meios de despertar o lado criativo do meu cérebro e ele me inspira, me encanta e me satisfaz. E a tríade: inspiração, encantamento e satisfação anda em falta no alojamento de energia que ajuda a sustentar as ações e estímulos ao corpo físico. Estou empolgada com a história da historinha!!! Por outro lado, minhas tarefas me perseguem como aqueles mosquitos que ficam zumbindo insistentemente no seu ouvido numa noite de muito sono.

Tem um tempo também que não faço crônicas sobre o cotidiano. As últimas versaram sobre histórias de família. No fundo, todo escritor coloca suas vivências nas narrativas e, na maioria das vezes, prefere esconder os fatos através de pseudônimos. Estou ainda presa no meio da estrada que separa o território da jornalista com a fronteira da escritora. Essa escritora está sendo moldada pela vida, pelas percepções, pela curiosidade e também pela oportunidade de encontrar gente que esteja disposta a ouvir/ler. Os casos que revelam a nossa intimidade acabam sendo de enredo mais fácil e de redação mais difícil, porque tenho que encontrar os fatos dentro de mim. Embora minhas relações sejam baseadas na honestidade com os sentimentos, na verdade dos atos, trazê-los à tona nem sempre é fácil. Não por dor ou saudosismo, mas por exposição do que me é caro e raro. Só que as nossas histórias são material rico para fazer a diferença na vida de muitas pessoas e eu não vou me furtar a inspirar a quem quer que seja na busca pela felicidade. Talvez essa seja a minha pequena contribuição para o tal do mundo melhor que todo mundo almeja, mas pouco faz.

2 comentários:

Sambeira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sambeira disse...

amiga, mais do que inspiração para quem nos lê, acho que esse registro da nossa história que estamos deixando no blog é tão importante, nos é tão caro.
eu já olho lá pra trás dos meus pouquíssimo posts, e já fico feliz por tê-los posto pra fora da caixola..rs