15.10.09

Remida

Eu não tenho medo de você
não tenho medo de viver
de permanecer
tenho medo do medo
de sair de cena cedo
de pagar pra ver
coragem é coisa de gente viva
falante
vibrante
ativa
o medo se transveste de sorte
brinda com beijo gelado
finge que ama o amado
e faz de amor a morte
num rolar de dado
mas aquele que ama
não pode ser punido
faz-se morto o ferido
e renasce com a esperança
forjada
fortalecida
remida
encarnada
fortalecida
pela chama que não é apagada
pode ser escondida
pode ser oculta
quando é ferida
quando se preocupa
mas ao deixar-se nascer
o amor ferido e maculado
faz varrer o medo
do coração abandonado
e vem a luz
que se alumia intensa
vista-se então de coragem
que é capa imensa
faz-se do que seduz
a sedução que pensa
joga fora o que não compensa
o medo é bobagem:
vença! -
(Bia Amorim)

2 comentários:

jose luis disse...

medo nao passa de uma boa rima

Bibi disse...

ou medo de não passa de uma grande desculpa, uma grande bobagem