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Silêncio!
Não fales de amor
que amor?
onde anda o seu amor?
ficou perdido
iludido
enrustido
caído
sofrido
traído
por quem só tinha dor
a ofertar.
E quantos mais
terão que cruzar
as agruras
desse seu mar
de ilusão?
Silêncio!
seu choro incontido
é o que deixa perdido
esse seu coração
palavras mesquinhas
em versos tolhidos
até quando conter a emoção?
até que seja tarde demais?
até que não haja mais canto
só pranto
sem encanto
sem recanto
sem paz?
Silêncio!
as palavras já foram escritas
nesse texto teatral
eu já desfiz as correntes
já cruzei as torrentes
e venci contendas
tormentas
enchentes
já sequei a lágrima visceral
até a última gota que existia
trouxe comigo a alegria
a confiança
o momento
eu sou o renascimento
eu desperto a esperança
sou o raiar de um novo dia
Silêncio!
quando for falar de amor
não ouse em tratar a dor
como parte dessa história
cada qual tem seu canto
seu pranto
sua vaga na memória
Silêncio!
quando for pensar no amor
pensa sempre assim:
que o amor é uma escolha
é eterno na verdade
é contínuo na descontinuidade
é intenso e é sem fim
o amor...
ah, esse amor que não cabe no peito
que não guarda despeito
que não reside só no respeito
ah, esse mesmo amor
ele foi feito
pra você e pra mim -
(Bia Amorim)
2 comentários:
um sutil tapa de luvas de pelica
com rimas
Ah, não é! rs
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