11.11.10

2 meses


Saudade do tempo em que eu podia deitar no teu colo e me sentir segura. E sem dizer uma palavra, eu podia ouvir todas as palavras do mundo, todas as que eu precisava. Era um tempo em que num olhar vinha escrito "eu te amo" sem letras e toda a satisfação do universo cabia dentro de um sorriso. Saudade das mãos que pegavam firme e do cheiro de alfazema sempre fresco. Muita saudade daquele abraço, que não encontro mais dentro de casa, um porto seguro, calma, de satisfação garantida e imediata. Saudade do tempo em que chegar em casa era ter um prato quente de sopa para todo mundo e uma comidinha especial para mim. Essa não é uma saudade dolorida, uma angústia, mas a constatação de que o que é bom nos faz muita falta e de que certas coisas são fabulosamente insubstituíveis. Ninguém vai me amar igual. Ninguém vai te amar mais que eu te amei. Senti a tua partida antes dela chegar. Sinto ainda a tua presença, mesmo ela já tendo partido. Hoje: dois meses. Você também me ensinou que a vida pode mudar em um minuto. Depois daquele telefonema, eu me tornei outra pessoa. Nem melhor e nem pior. Simplesmente incompleta.  

2 comentários:

Saulo disse...

NOSSA! Dois meses já se passaram... e a saudade nos faz pensar que foi ontem.

Anônimo disse...

Todas as manhãs o 'meu' compra o pão e esquenta o leite.
Lava a roupa, dá caronas e pede a pizza.
Como imaginar a vida sem isso?!?!
Fique bem!