30.11.10

Um texto sobre cores e marcas



O poeta me diz que todo o artista tem lá as suas fases... Fico lisonjeada dele insinuar que eu possa ser artista, mas ele me falou isso justamente porque eu contava sobre essa fase meio branca, meio cinza, meio de dificuldade em parar para escolher as palavras certas e deixar fluir. Ando cansada de ter que pensar em tudo, sem tempo para pensar como gostaria. (Oi? Isso é vida!) 


Pablo Picasso teve muitos momentos e várias fases. Teve uma fase de cores - nada brancas ou cinzas como a minha - que começou com a fase azul e passou para a fase rosa em seguida. Uma deu lugar à outra evocando os sentimentos da época. Portinari também teve a sua fase azul. E ambos os gênios usaram as cores para ilustrar uma espécie de melancolia. Djavan vaticinou que o amor é azulzinho. Pra gente notar que todo o artista tem lá a sua fase, mas para cada qual ela é de um teor e representatividade. Únicos.


A intenção não é falar de cor. Nem de dor ou de amor. Tento falar da alma da artista. Mas a cor volta a ser tema do meu pensamento. Estou com um roxo ENORME no braço. A extensão não é tão grande assim, mas a aparência é bem roxa, sem a possibilidade de disfarces. Roxão. E sabe, isso é complicado principalmente para uma mulher.


Topada? Porrada? Chupão? Queda? Nenhuma das alternativas anteriores. É uma marca da injeção (insulina) que tomei e deu (meio) errado. É uma marca que mais que uma nódoa deixada no meu corpo, torna-se um estigma de uma história pessoal. Não é fácil. 


Penso em marcas piores, como por exemplo a que fizeram nos judeus no campo de concentração nazista. Marcas no corpo e na alma. Marca de segregação. E ao mesmo tempo, por mais inacreditável que pareça, lembrei de algo que remete à marca e às cores. Depois que Deus mandou o dilúvio, ele fez uma promessa a Noé dizendo que nunca mais destruiria a Terra com um dilúvio e deixou como marca o arco-íris.   


Então me lembro (agora) da música (que tanto amo) dos Paralamas: "E são tantas marcas que já fazem parte do que eu sou agora, mas ainda sei me virar". Tenho muitas marcas. O medo é uma marca de algo não ficou muito bem resolvido dentro da gente. Não digo o medo por cautela, mas o pavor de seguir adiante como um impedimento. Tenho muitas marcas. Você também as tem. 


A marca que me marca agora vai sumir em alguns dias. Por enquanto, vou sofrendo um tipo de chateação de me ver assim e ser apontada. "Nossa, tem um roxo ai" Tem, tem um roxo aqui, que é marca da minha luta diária. Tem um branco na página toda vez que não sei o que escrever. Tem um cinza na minha alma toda vez que sinto medo de tentar e desisto. Tem vermelho na minha face quando sinto vergonha.


A marca que você deixou em mim... Essa vai ser difícil de apagar. Pessoas marcam. E são tantas marcas que já fazem parte do que eu sou agora... Que já nem sei bem se sou ou se me transformei pra sobreviver nesse novo tempo. E se pessoas marcam, tenha cuidado ao entrar na vida de alguém. E se pessoas marcam, tenha cuidado com quem você vai deixar entrar na sua vida. E se pessoas marcam, quero ter o melhor carimbo. 


Ps: Quero te marcar com beijos de batom!   

29.11.10

Calor
Calor
Calor
Dor 
Dor 
Dor
Amor?
Amor?
Amor?
Que dia...

News


Fiz uma matéria sobre brechó que foi uma "delícia", gente! Quase palatável :) Conheci gente MUITO legal. Visitei lugares novos. Entrevistei gente como a gente, o que é uma "arte" que tenho adorado desenvolver (antes era só celebridade, né?). E o melhor: fiz matéria com a musa do blog: Marina W! Luxo só AQUI

27.11.10

Walter Benjamin


"Uma geração que fora à escola em bondes puxados por cavalos se encontrou, subitamente, em uma paisagem onde tudo se alterara e nada permanecia igual ao que fora antes - exceto as nuvens e, debaixo delas, em meio a explosões, o frágil e minúsculo corpo humano" 

- Walter Benjamin (filósofo alemão)

Para quem eu "ensino a saber do mundo e aprender de tudo" ...

Frase



"Sobre onde está o meu pai não há mais nada a dizer...

Quanto a ele (onde está): estou tranquila e até feliz, sabe?

O ruim é essa ausência nas pequenas grandes coisas que ficam.

Mas nem há pranto, não há desespero.

É só acomodação no terreno da saudade."

- Bia Amorim para Saulo

* A frase se transformou em post como uma homenagem ao olhar sempre atento da Joss 

Versos

DESAJEITO

"O homem inacabado
não tem posição
que lhe traga conforto
na cama.
Luta a noite toda
com o colchão
sem que seu corpo
torto possa encontrar
abrigo.
O pensamento
do homem inacabado
gira em falso
como as rodas de um carro
encravado na lama."

- Donizete Galvão 
em "O Homem Inacabado" para Vida Simples

Hoje faria aniversário...



Não queria escrever
A vida me impeli a...
Bobagem achar que falando de algo particular
Leitores não voltarão
Ou me julgarão
Quem controla o futuro por aqui?
Quem há de abrir e fechar essa porteira da vida?
Controle é ilusão
Dos descontrolados
Quero ser suave
E certeira
Bobagem desmerecer essa saudade
Que nem é ruim
Sigo tranquila em relação a minha perda
Entendendo suas barreiras
Compreendendo suas fronteiras
Desvendando seus contornos
Vou tentando delimitar seus caprichos
Suas nunaces
Suas medidas
Suas desmedidas
Bobagem achar que você vai voltar
Nunca achei
Foi tranquilo
Foi doce
Foi no susto de um respirar
... E ele não respira mais
A vida muda em um segundo
Enquanto fazemos planos
Respira
Não respira
Pronto, tudo mudou!
Constrói-se uma nova realidade
E toda construção leva tempo
Há que se sedimentar bem as estruturas
Para não vir a ruir
Essa nova realidade.
Quem tem medo de mostrar a dor
Não sabe muito bem lidar com o amor...
Não agonizo em praça pública
A morte nos une a todos
Não busco por afagos burocráticos
Ou aprovação social
Blah!
Busco interação
Inspiração
E um pouco de cuidado.
Vim aqui celebrar  a vida
De quem deixou histórias pelo ar
Lições para eu remontar
Um cheiro bom dentro do armário
Fotografias
Escritos
Guardados
Achados
Deixou para trás uma legião de amigos sinceros
De verdades gostosas
De gente chorosa
Me deixou
Hoje faria aniversário...
E esse sono que me abandona,
Me leva pra junto de você.
Te amo.
Te amaria sempre.
Te amarei pra sempre.

Mais lido

Impressionante!
Um dos posts mais lidos nesses quase cinco anos de BibideBicicleta é sobre o Tatu-peba

26.11.10

Rio



  • Amiga minha no Facebook:


No Rio já chamaram polícia, bombeiro e marinha. Se chegar um índio, vira o Village People

HAHAHAHAHA

  • Sentada no computador da sala e ouvindo a conversa do porteiro lá em baixo. Impressionante notar como agora todo carioca tem um pouco de médico, técnico de Seleção e estrategista de guerra e... 

News

Foto: Arquivo Pessoal/ iG


A violência que dominou o Rio de Janeiro nos últimos seis dias destruiu carros, ônibus, vans, alterou o cotidiano de cidadãos cariocas e levou o pânico para muitos pontos da cidade. Os confrontos e atentados, no entanto, não tiveram força suficiente para destruir um sonho. Nem mesmo para quem se encontrava no olho do furacão: o Complexo do Alemão, zona norte do Rio. Lá mora a jovem M., 26 anos, que na quinta-feira (25) esperava o fim dos tiros de traficantes para viver um grande momento: era noite de seu casamento. E por mais improvável que o intento parecesse ela conseguiu.


A matéria toda AQUI



- ... São seus olhos de jabuticaba.
- Olhos de jabuticaba?
- Pretinhos, pequeninos, redondos e suculentos... Como jabuticabas!
- Oh Deus!

Um belo elogio em meio aos caos desses dias tão cheios de pânico e tão vazios de bons sentimentos :) Lovely :) :)

25.11.10

Minha contribuição

rio - Rio - RIo - RIO

Só deu isso hoje...

No trabalho também, claro! E eu dei a minha contribuição:

Queima de pneus, de carros e de sonhos em favela carioca

inn


GUERRA IN RIO
ao vivo pela Globo


24.11.10

03.07.2009 - bis


Resolvi dar um bis nessa poesia, porque é exatamente assim que me sinto hoje. Quero poesia, mas me falta inspiração... Ou um coração...



Um coração

Eu quero um segundo coração.
Não um novo coração; mas um a mais.
Quero um novo coração tranquilo
Um que caiba no peito
Um que não acelere tanto
Um que não morra de saudade
Um menos intenso, mas não menos amante
Um mais tolerante
Eu quero um novo coração menos errante
Um com mais espaço
Para novas possibilidades
Um com menos espaço
Para tantas bagunças e incertezas em vão
Se um novo coração tivesse
Talvez eu fosse menos intensa
Talvez mais densa
Talvez mais propensa ao amor próprio
E menos dada a aventuras de ocasião
E nesse coração
Caberiam tantos sorrisos
Beijos doces
Abraços benditos
Que já habitam o meu velho coração
Mas haveria mais espaço para a beleza
E menos tristeza
E não menos emoção
O meu velho coração já não bate
Apanha
Arranha
E se ganha
Um bem-querer
Ele volta a bater de mansinho
Coração mesquinho
Funciona só com os impulsos de fora
Grita
Chora
Comemora
Pequenas vitórias
Novas histórias
Velhas memórias
Amores vãos...
Não esse novo coração!
Ele seria dono do peito
E teria respeito
Até com a minha ingratidão
Tenho um coração pequenininho
Um coração mocinho
Que cabe muita emoção
Um coração esperto
Um coração aberto
Um coração incerto
Em constante ebulição
Se eu tivesse um outro coração
Ele não seria partido
Ele seria ardido
Ele seria vilão
Será mesmo que eu conseguiria?
Será mesmo que um dia
Eu terei esse novo coração?
Acho difícil ter maldade
Num lugar que só há bondade
E também muita saudade
De um tempo em que a falsidade
Era só tema de canção
Ah! Esse pobre coração
Que agora canta baixinho
Que geme fininho
Que não tem sossego
Que ta sem chamego
Que ta sem emprego
De toda a sua emoção
Eu quero um segundo coração.
Não um novo coração; mas um a mais.
Eu quero ter paz
Para seguir um bom caminho
Para receber tanto carinho
Para ser feliz sozinho
Mesmo estando acompanhando
Mas o que eu tenho é um coração cansado
Que quer se renovar
E reaprender a voar
Pra não ficar tão bagunçado
Um coração alado
Um coração amado
Um coração gamado
Esse coração já existe
Seja ele alegre ou triste
Esse sempre vai ser
O meu velho coração
(Bia Amorim)  em 03.07.2009

É a lama, é a lama

irmão-do-meio



Hoje é aniversário do irmão-do-meio!!
Ele disse que alguém contratou uma salva de tiros para celebrar a chegada de mais um ano.
Só que falaram com muitas pessoas, pela cidade inteira:
Deu no que deu!
hahahahaha



band-aid na cisterna



Difícil pedalar a minha bicicleta pela cidade do Rio de Janeiro por esses dias. Mais difícil ainda é evitar o assunto do momento: violência urbana. Como se esconder aos fatos? Nem sob os lençois a gente é capaz de evitar que as más notícias entrem pelas frestas...


Fico imaginando que quem está de longe - em território nacional ou fora dele - deve fazer um retrato ainda pior que aquele aplicado em tela real, que se emoldura na vida do cidadão carioca. Eu também fico imaginando em como deve ser o cotidiano de gente comum, como eu e você, em zonas de guerra ou zonas tensas como Israel, Faixa de Gaza, Palestina, Timor Leste, Angola, Afeganistão... O desenho que faço da vida dessas pessoas é sempre o mais alarmante e difícil. Assim como devem fazer em relação ao cotidiano da vida no lugar que vivo. Mas veja só: eu continuo! E tenho que continuar. Saí de casa, como em todos os dias e voltei para casa sem arranhões - Graças a Deus.


Mas como fugir do assunto, se todos os rádios ficam sintonizados nas estações de notícias a fim de descobrir se o caminho que se escolheu está seguro? Como escrever um texto sobre moda, se a televisão está constantemente me alertando que lugares por onde passei estão experimentando arrastões, queima de carros, ameças de bomba? Sabe o que acontece: eu acredita que não tenho outra opção a não ser viver como retaliação aos que querem abalar meu cotidiano com atos de vandalismo e disseminação do medo. E veja só: eu continuo!


Se não tenho medo? Claro que tenho! Mas não o tipo de medo que paralisa, mas aquele que se alia à prudência. E ela não é histérica ou pessimista, sabe? Continua-se a viver em Israel - e muito bem - e também no Afeganistão. E vai se continuar vivendo no Rio de Janeiro e na Colômbia, sempre em busca de soluções patentes como as que foram encontradas em Nova York, que reduziu drasticamente o nível de criminalidade que atingia números alarmantes.


Talvez você de fora ainda não tenha se familiarizado com a sigla UPP - Unidade de Polícia pacificadora. O Governador Sérgio Cabral colocou a polícia dentro dos morros e os envolvidos com o tráfico descem ao asfalto para "reivindicar" o que perderam em forma de terror. Aí é pau em cima da única coisa que fizeram até então - desde muito tempo - como parte de uma solução de um problema enorme, de um embrólio que atinge níveis estratosféricos. (Só um parênteses aqui, que me faz rir irônicamente: o que dizer de um país que até hoje não conseguiu resolver a questão do uso dos celulares dentro das cadeias? Tá de sacanagem, né?!)


Ouve-se falar em corrupção (em todos os níveis), despreparo da polícia, aliciamento de todos os tipos, corporativismo, banda podre, exército nas ruas como solução, bla, bla, bla... Liberação do tráfico? Legalização das drogas? bla, bla, bla... Transferir presos de penitenciárias? Sitiar o Rio de Janeiro? Armar a polícia melhor que os bandidos? bla, bla, bla... 


A solução não está em mim e nem em vocês, mas certamente também é parte de nós. A solução não é mágica. Não adianta enxugar gelo. Não se resolve problema de vazamento de cisterna com band-aid. Não se cura uma fratura apenas com unguentos. A solução é um processo, que começa lá em cima e passa por nós. Parte de nós e é parte de nós. A gente tinha que arrumar era um jeitinho brasileiro definitivo justamente para acabar com o tal jeitinho brasileiro malandro e paleativo, tão band-aid na cisterna, tão unguento na fratura.


Poderes paralelos? Que nada! Vivemos a era dos poderes convergentes. E quem já deu propina para o guarda (ou pequenos delitos que o valha), por menor que seja, está errado. E os que não deram, também não podem se dar ao luxo de jogar a primeira pedra, porque certamente vai acertar alguém a quem se quer bem e se ferir junto.        

22.11.10

O "buraco do meu pai"



No meu banheiro de empregada tem uma espécie de teto rebaixado. A luz não fica aparente, mas sob uma placa fumê. É até chique, sabe? Meu irmão, que está passando um tempo aqui com a gente, descobriu que a placa era apenas um alçapão - mais um pouco e seria o "Guarda-Roupas de Nárnia" brasileiro. 


Por entre aquela espécie de buraco no teto se escondia um outro mundo: meu pai era um guaxinim, que guardava de um TUDO. Foi até divertido - e um pouco inacreditável -começar a descer as coisas. Porque a gente, por mais que conheça alguém, nunca pode imaginar realmente "o que ela esconde".


Você pode até dizer: "ah, mas isso é mania de velho! Meu pai/tio/avô/sogro guarda muita coisa também". Te garanto, no entanto, que nada é parecido com o que meu "velhinho guaxinim" guardava. 


O que, afinal, a gente tirou daquele buraco? 
Vamos ver:


Faróis de milha
Um forninho elétrico (caindo aos pedaços)
Paralama de bicicleta
Agulhas hipodérmicas usadas
Remédios com validade vencida há 10 anos (vaselina também!)
Potes de sorvete redondo de quando Kibon ainda era amarela e azul
Potes de café
Lanterna quebrada com pisca-pisca vermelho e laranja
Ferro de passar roupa estragado
Bóia da caixa de descarga
A descarga quebrada
Tubo de ensaio
Marmita de metal
Kit tipográfico do tempo do meu avô garoto
Coleção de caixas de fósforos vazia (umas 100)
Forminhas de gelo
Caixas de madeira (coisa meio artesanal)
Passadeiras de mais 20 anos (mofadas, enrugadas, cheias de reboco)
Bomba de encher pneu de bicicleta
Filtro de linha de computador (dos primeiros que foram fabricados)
Bombona plástica de 5 litros 
Vidrinhos de insulina vencidos
Um pedaço de câmara de pneu
Petro inalante
Suporte de fita-durex (sem o rolo, claro!)
Lâminas de faca elétrica
Lâmpada de 200 watts (que mais parece aquela que o Alladin esfregou) 




hahahaha Você ainda pode dizer que seu pai/tio/avô/sogro guarda(va) muita coisa também em lugares tão escusos? O "buraco do meu pai" era cavernoso! Ganhou qualquer campeonato!   

21.11.10

Trabalhos

Hoje fui fazer a minha primeira matéria da editoria de Educação na companhia da fotógrafa Fabrizia Granatieri, autora do registro.
Na verdade, um só lugar e duas matérias (UM) e (DOIS).

O fantástico que é foi sobre vestibular e eu lembro com muito carinho desse tempo. Para muitas pessoas pode até ter sido um momento a se esquecer, mas eu gosto demais de lembrar, porque a minha associação é com luta e vitória. Estudei como nunca, mas colhi tantos frutos sensacionais, guardei lembranças e aprendi para vida. Nunca fui tão magra em toda a minha existência corpórea definida.

Essa matéria eu fiz justamente no campus da UERJ, local de tantas provas e de tantos momentos pós-prova de vida acadêmica inesquecível - mesmo não tendo me formado lá. E durante as entrevistas, olha que coisa boa, fui confundida como uma vestibulanda uma série de vezes. Uia! Vi tanta coisa legal, falei com gente bacana, como esse pai que ficou do lado de fora esperando por seu filho.

Já sabem de quem eu lembrei, né? Ele não me esperava, mas me levava a todas as provas. Uma até, bem longe de casa, lembro que a entrada para todos os carros afunilava em uma pequena avenida e estava dando a hora do portão e a galera presa no trânsito. Do nada, um monte de gente começou a saltar e correr. Nem pensei duas vezes e fiz o mesmo. Só assim para dar tempo! Ri muito lá dentro depois. E continuo rindo desse momento EPA! Bons tempos...

My Bodyguard


Kevin Costner 
desembarcando no aeroporto de Guarulhos, São Paulo 
by Retratos da Vida (Jornal Extra)

20.11.10

Gosta?


JAKE GYLLENHAAL

Você gosta desse tipo de foto? Sei não... É bom de olhar rápido, mas deixando o olhar um pouco mais atento, acho que fragiliza tanto o homem, uma foto meio feminilizada. Gosto de homem-HOMEM. Segundo um amigo aqui do trabalho, o único homem-fruta que eu gosto é o tipo homem-maracujá! hahahahaha




GEORGE CLOONEY

Assim Ó...

19.11.10

saco, viu!?



de Bibi para BA: 


- Será que eu consigo parar de reclamar um pouquinho?
- Hum, não sei, tudo me irrita!
- Saco de TPM, viu?
- Ruim para quem está perto, pior para quem tem!
- Vontade de morder palha de aço enquanto dou com a cabeça na parede...
- Ah, daí já é falta de juízo, cara!
- Quem disse?
- Eu mesma estou me dizendo!
- Melhor não me irritar senão é capaz de eu mesma me agredir.
- Um belo exemplo de como em uma mulher como eu, tico e teco, meus neurônios, podem brigar horrores...
- Desce o pano rápido e 'bora para os comerciais! 

Trabalhos...


Fiz uma matéria com a nova loira do Tchan, a Karol Loren, na praia da Reserva, um santuário carioca. Essa pessoa é um doce em forma de menina!


Nesse outro link, além da mulher de biquíni (para quem gosta de mulher ou da plasticidade das poses), vocês podem conferir o show de fotografia da Isabela Kassow




AQUI vocês acompanham um pouco da história do "É o Tchan" e ficam sabendo que agora as músicas-chiclete trazem como brinde SEIS dançarinas! Parece até figurinha de álbum para colecionar!!!!




Entrando um pouco na seara da moda, esse aqui é o Osvaldo, um dos personagens da matéria - sujeito simpático e galanteador (hummmm) que eu conheci apurando os estilo de rua na Livraria da Travessa, no lançamento de um Guia de Brechó.

Frase



"AMO. 
Porque não me há outra alternativa interna senão a de seguir AMANDO. 
E tentando..." 

- Bia Amorim


18.11.10

Frase



"Paradoxo. Minha vaidade não estar em parecer, mas em ser. Tento ser menos que pareço, para não pecar pelo excesso, e as vezes pareço menos do que aquilo que sou, o que me serve de barreira e escudo. Paradoxo" 
- Bia Amorim

Frase


"A nossa garrafa com a mensagem escrita dentro é digital. O mar é a internet, onde lançamos nossas esperanças. Meu porto seguro é o seu e-mail. Nosso sinal de fumaça são as palavras não-ditas" 
- Bia Amorim 

17.11.10

UFA!

Frase Pensamento





Se eu soubesse mesmo escrever, já teria feito um texto lindo sobre o meu feriado. Mas me faltam palavras. Talvez as palavras certas para os momentos exatos. Sempre me faltam palavras certeiras para momentos chave, impressionante. Ok, nem sempre... 


"Quando os meus esperam muito de mim, abre-se no meu peito um mistério sem fim. Quando os meus querem me eternizar em papel, eu me recolho nas profundezas do meu íntimo, onde vivem as minhas letras tão tímidas. São elas que me apresentam caminhos incertos quando o querer se faz tão perto" 
- Bia Amorim

Leitura e Pensamento





Só hoje reparei que a "dona moça" aqui anda "trabalhada" nas letras.
Addicted?
Não sei.
Explico:
Dia desses me chegou pelo correio um presente muito especial. 
A Fer, minha ciclista do Piauí, mandou um livro que eu tinha muita, muita, muita vontade de ler: 


"O Ano do Pensamento Mágico"


O livro fala sobre perda (morte repentina de alguém bem próximo e querido), fala sobre a perda justamente de uma escritora e fala sobre a luta dela com outras circunstâncias que se apresentaram na vida ao longo do período. Fico perplexa em notar como a dor é algo que nos aproxima - a todos nós - e nos une de certa maneira. 


Fui saboreando a escrita durante o feriado e vou te dizer: o conhecimento é sim um ato de libação, mas é muito mais um ato de libertação - mesmo que muitas vezes apenas parcial, porque conhecer também traz certas responsabilidades que aprisionam. Conhecimento te dá um certo controle e nem vejo o lado negativo diante de tal perspectiva. 


Deixei minha alma fluir. E então percebi que pelas minhas mãos, meus olhos e imaginação - só nesses dois meses - passaram cerca de seis livros, muitas revistas e fotos de todos os tipos (que recolho para trazer para cá, o que para mim é questão de puro deleite visual e enlevo para a alma). E não foi um ato de escapismo de jeito nenhum. Ler me faz necessariamente pensar.


Outro dia estava com ela na Livraria da Travessa - fazendo um lanchinho com ar intelectual, embora a desculpa tenha sido a de comer mesmo e não de degustar leitura - e a gente ficou se perguntando se todo mundo era assim: pensava o tempo todo? Eu penso o tempo todo. Formo cadeias enormes de pensamentos, histórias, raciocínios sobre tudo e nada de importante.


Daí conclui que mesmo eu tendo o poder de guiar a minha imaginação sobre os fatos narrados; mesmo que eu tenha a capacidade de fazer uma análise em cima dos aspectos e tirar as minhas próprias conclusões; mesmo que eu concorde ou discorde das atitudes tomadas por pessoas ou personagens e que eles tenham o gosto absolutamente oposto ao meu... ler é também pensar o pensamento do outro. Expandir horizontes. Ver por um outro viés consentido. Encontrar sentido onde nunca se "pisou" antes. A imaginação é terreno fértil: brota conforme a semente e também conforme o semeador.