2.3.08

Mudanças


Costumava dizer que ser feliz é uma escolha. A vida, no entanto, foi me mostrando que "existe mais coisas entre o céu e a terra do que pode supor a nossa vã filosofia". De tempos em tempo venho sendo testada nessas verdades inequívocas que a gente acaba tomando como premissa. Quase tudo é relativo e depende de uma série de fatores, que muitas vezes demoramos um pouco mais para experimentar. Teorizamos, depois experimentamos as nuances escondidas da teoria. Por isso, acredito piamente que somos seres em construção até a hora da morte, que é quando não podemos apreender mais nada, estamos prontos para a vida. Quase tudo é relativo.

Não era nada disso que havia me programado para escrever hoje, mas a reflexão é válida. Fico vendo as entrevistas que os artistas dão. E sinto penas daqueles que são cobrados pelo que disseram há quatro ou cinco anos atrás. Cara, a gente muda nossa visão do mundo, nossas aspirações para o futuro, nossos desejos e até nossos valores (why not?) de tempos em tempos, de ano em ano ou menos, como alguém pode ser cobrado pelo que disse há tanto tempo? A diferença é que nós, os não famosos, não temos registrada a nossa opinião para a posteridade. A nossa visão de vida, as nossas intenções, as tolices que dizemos a todo instante; elas se perdem no tempo e no espaço. Mas se você parar agora para pensar no quanto já mudou, em quanta tolice já acreditou, brigou, defendeu, em como sua visão do mundo era estreita ou maniqueísta, vai ver que
somos como a lagarta, que se transforma em borboleta. Só que constantemente temos que deixar o nosso velho eu e o nosso casulo a fim de cumprirmos a nossa missão na natureza.
Olha a volta que eu dei para comentar uma bobagem? Vamos à bobagem, que ela nos diverte... Tenho uma amiga que simplesmente AMA tirar fotos. Assim mesmo, com letra maiúscula. Ontem fomos com um grupo de amigos tomar um sorvete num desses lugares chiques&descolados. Lógico, ela queria registrar esse momento e perguntou: “Será que é muito mico a gente tirar foto aqui?”. Eu, brincando, respondi: “Se a gente começar a falar inglês, tudo vai parecer mais natural”. E naquela hora eu quis muito tirar a foto, sabe por quê? Porque antigamente eu ligava muito para o que as pessoas iriam pensar e deixava de realizar os meus desejos em função “da cara” que as pessoas à volta podiam fazer e/ou pensar. É mole? Aff, estou tão longe disso agora! E que sabor delicioso tem a liberdade de se fazer o que se tem vontade sem agredir ou invadir o espaço de ninguém. Ser natural e ser espontâneo; ser relax e rir das coisas, quando no fundo você sabe que pode rir de si mesmo. Acho que quando falava que ser feliz é uma escolha pensava que essas pequenas escolhas cabem realmente a cada um, individualmente! Ontem, por exemplo, dancei quadrilha no meio de uma festa de amigos que tocava forró! Danceeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei sim! Me acabei! Mas isso é história para o próximo post... Até lá!

4 comentários:

V. Raner disse...

E já dizia Pascal né?! "Não me envergonho de mudar de idéia, pois não me envergonho de pensar."

Boa semana, Bia! =)

Saulo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Saulo disse...

Há algumas semanas eu reflite sobre isso... Mudanças!...
Descobri que na verdade adoro tudo o que é mutável!! Tolero a demoras e aceito os que se apegam demais...
Também foi muito difícil reconhecer que meus valores não são eternos...
E parafraseando nosso amigo "Seixas": Graças a Deus, eu hoje prefiro ser uma metamorfose ambulante!!

Bibi disse...

Minha essência é a mesma, sou de boa índole, tenho a minha fé inabalável, gosto de ajudar as pessoas, mas meus conceitos e a visão em relação a vida vão mudando com o tempo. Talvez isso se chame maturidade. Talvez...