6.3.08

Na Manga de Bono Vox


Hoje (ontem) amanheci sem muito bom humor e, portanto, sem uma inspiração digna para um belo post. Mas resolvi escrever mesmo assim, porque nós, escritores, estamos sujeitos a qualquer tipo de intempéries. E ainda assim navegar é preciso. Li no blog do Mazzeo (ok, estou ficando repetitiva, mas referência é referência), que não há nada mais difícil para quem escreve, que encarar o papel em branco. E uma vez ele me disse pessoalmente que um bom roteiro é feito mais de transpiração que de inspiração propriamente. E fui percebendo que a vida também é feita dessas verdades universais.

Daí, pensei: Vou contar os causos das festas que foram ficando pelo caminho. Cortando texto, porque o Jorge disse que já está ficando cansativo. Eu me rendo! Eu aceito o argumento, mas não me altere o samba, por favor?!

A primeira grande festa que cobri rolou no Copacabana Palace. Estava no começo da minha carreira, ou seja, tudo pertencia a série “deslumbrável”. O estilista Tufi Duek lançava o perfume da Forum e convidou simplesmente todos os descolados do eixo Rio-SP. E posso dizer que a maioria deles passou por lá. Eu não sabia o que fazer e nem para onde olhar com tanta gente, flashes e famosos. O salto fazia o meu pé ranger, gritar, se contorcer de dor, porque corri por aqueles corredores como uma coelha sendo caçada, esbarrando nas pessoas e fugindo de uma "parede-instalação" feita só de mãos que ofereciam a fragrância aos incautos transeuntes. Pensei que aquilo era a coisa mais estranha que já tinha visto. Até ali, claro!


Quando já não suportava mais ficar de pé, sentei em uma pilastra para ver se a queimação causada pelo salto passava. Eu não tinha luxo nenhum, meu bem, e até hoje não me rendi ao salto! Coisa de equilibrista. Estou lá sentada, superando a minha dor, quando olho para frente e vejo a porta do elevador se abrir. Adivinha quem sai de lá? Bono Vox! Ele mesmo, com seu cabelo penteado para trás e aquele inseparável óculos vermelho da época. O cara estava hospedado no hotel e ouviu falar da festa. Catou seus seguranças e desceu. Dei um pulo de onde estava sentada e praticamente agarrei o braço do homem. Os seguranças nem conseguiram me tirar, preferiram levar a lenda para o salão principal numa roda impovisada, com aquela pulga (eu) pendurada ali. Você sabe que Bono nem me deu muita bola? O DJ largou nas pick-ups With or Without You e eu fui retirada da manga do Mr. Vox assim que nos aproximamos de seu curralzinho extra-vip.

Bom, eu, luxenta, tive o meu dia de segura-mangas do Bono Vox.

3 comentários:

Bia Bomfim disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bia Bomfim disse...

Ai, meu São Bititito das bolinhas de gude!!!!!!! Vc não só viu o Bono Vox como vc tocou nele!!! Sentiu sair dele poder??? (pronto, já virei herege pros irmãozinhos q lêem o blog...)Voltando ao Bono: PUF, morri.

V. Raner disse...

Ai, bizarro.
Nossa, não tenho nem como comentar. Minha amiga já me arrumou o camarim do Evanescence, mas o Bono é tipo propriedade universal, entende? hahaha é seu aniversário hoje, e eu acabei de descobrir que não tenho seu telefone!