30.1.09
Bem Maior
AHHHHHHHHHHHHH!
Esqueci de comentar mais uma novidade!
Fiquei super feliz do Juliano Mineiro, o J25, ter resolvido fazer o seu cometário aqui no Bibidebicicleta [agora já contabilizamos dois comentários do "novo" leitor]. Escrevi até um post em sua homenagem.
E não é que depois do J25, eu ganhei mais uma nova leitora-revelada? A Bia Romero, a Som e Água Fresca. Ela acaba de se tornar a sétima Ciclista seguidora oficial do Bibidebicicleta, como vocês podem reparar entre os quadradinhos sinalizados no canto direito da página. Welcome honey!
E assim essa teia de carinho, relacionamento e coisas boas vai crescendo e se fortalecendo através de linhas "nascidas do coração" e transferida para dedinhos nervosos no teclado.
Então termino esse texto com uma frase que li hoje mesmo no "livro da viagem" [aquele um, que está sempre colocado estrategicamente na bolsa para animar o pensamento durante a viagem de volta para casa - quase sempre com trânsito caótico]:
"O que esperamos é estabelecer cumplicidade com o outro; queremos reciprocidade. Desejamos, nas palavras do psicólogo Jonathan Haidt, "a moeda básica da vida social", com a qual podemos comprar quase tudo, bastando saber usá-la". E eu concluo que até o cuidado, o zelo e o amor destilados em doses erradas, podem dar ao que é saboroso, um gosto amargo.
O que esperamos é cumplicidade, que gera confiança, que gera tolerância, que gera conforto, que gera um bem maior...
PS: Minha primeira leitora-revelada foi a Ana Martins. Não nos conhecemos, mas ela foi chegando de mansinho e já faz parte da turma! Ana comenta sempre e quando não o faz, sinto a maior falta!
29.1.09
Dias Iguais
Meus amores!
Tem um tempo que não escrevo, não é? Força dos últimos acontecimentos que me dominam a mente. Nada relacionado a trabalho, uma vez que já não perco cabelos por questões empregatícias. Só posso fazer o meu melhor e esperar que seja o suficiente para o outro. São outros sobressaltos que me tiram o ânimo, mas não a esperança. Tenho sempre fé que o melhor está por vir nas questões que não dependem unicamente do meu esforço ou da minha destreza.
Ficar sem produzir "idéias" é para mim um fato lastimável. Fica faltando uma parte importante do meu dia; um pedaço da minha história. Mas a vida segue. Hoje estive matutando: tem gente que não sabe contar o tempo e tenta, em vão, retardar o avanço da vida. Tem gente que não sabe contar o tempo, porque é o tempo todo igual. Dias iguais parecem todos os mesmos. Mudar requer uma grande dose de esforço e ousadia.
MUDANDO DE ASSUNTO:
Chegou a hora do almoço e a minha colega de escritório, a Lucy, não havia voltado do médico. E se tem uma coisa que me causa certa depressão é almoçar sozinha. Acho de um tédio sem precedentes! Não consigo me acostumar, ou melhor, me sentir à vontade.
Fui caminhando em direção ao restaurante de cara fechada. Sempre com meu maxi sunglass a cobrir a face. Não toda. Andava lentamente, a rever os meus pensamentos e aflições. Passou um cara [do proletariado, claro] e me fez aquele elogio de canto de boca [cheia], que demora para terminar porque é expresso letra por letra com ênfase em cada "esse" da frase. Achei aquilo tão fora de tudo o que estava vivendo, inusitado, que não resisti e desamarrei o bico, transformando-o em um sorriso.
Moral da história: não importa de onde venha; um elogio bem colocado tem sempre o seu valor. Eu já não estava mais sozinha. Fui para o restaurante acompanhada pelo meu elogio [o elogiado não não foi tão ousado, rs]!
"Os livros na estante já não têm mais tanta importância / Do muito que eu li, do pouco que sei / Nada me resta... No céu estrelado eu me perco / Com os pés na terra / Vagando entre os astros / Nada me move nem me faz parar..."
27.1.09
Tempestade
O Careca [outro personagem real aqui do Bibidebicicleta – o Franitos é careca, mas não se trata dele. É outro] uma vez me disse ao telefone: “Não há mal que nunca termina; não há bem que sempre dure”. Esse dito popular veio à minha mente no dia de hoje, repetido sílaba por sílaba, assim como o Careca me narrou àquela ocasião. Impressionante o efeito que as palavras dele têm em mim.
Pois bem. Tive um dia de cão hoje. Estava absolutamente apaixonada pelo meu trabalho e me dando ao máximo, como em toda relação intensa. Mas tal qual casal de namorados que recém se juntam, tivemos a primeira rusga e o clima ficou estranho. Eu, parte feminina da relação, me mantive naquele climão, uma insegurança ridícula mediante a um “copo de água”. Ao mesmo tempo, a maturidade me faz perceber como o ser humano é capaz de fazer tempestades em simples copos de água. E copos de água muitas vezes são apenas... Copos de água mesmo. Bota para dentro e mata essa sede! Já vi esse filme e como escritora, posso subverter os rumos dessa história. Depois da briga, a paz reina no meu peito. E assim deve ser.
Deveria, porque uma tempestade ainda maior se formou. Outra questão que nada tem a ver com trabalho. Coisa pesada, que demandava atitude. E não é que me vi tomando as rédeas da situação!? Só Deus mesmo. Muitas vezes você tem que inocular uma dor [vamos chamar de dor], para que a cura de outra área [que se faz mais urgente] se manifeste.
Fico analisando e acho curioso como a tempestade não vem sozinha. Estamos sempre sujeitos a ventos e trovoadas, além das chuvas. Porém, a água que destrói, também é aquela que aduba e faz crescer a plantação, renova rios, mata a sede. A vida é feita de ciclos: “Não há mal que nunca termina; não há bem que sempre dure”. Ou algo parecido. Mas eu continuo dizendo que sobrando apenas a fé, a esperança e o amor; o último deles é o bem que nunca termina.
26.1.09
Poesia
Não sou alegre nem sou triste:
Sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
Não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
No vento.
Se desmorono ou se edifico,
Se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
Cecília Meirelles
25.1.09
El Bigodón
O gosto feminino nessa questão capilar é múltiplo, assim como a infinidade de cortes e recortes que todos os pêlos masculinos podem apresentar/exibir. Acho mais fácil falar de “minha pessoa”, deixando claro que nesse quesito [como em tantos outros] há gosto para tudo. Thanks God!
Eu ADORO homem com pêlo no peito. Sabe aquele estilo ursinho cabeludo? Gosto de deitar naqueles tufinhos que deixam o local macio e com um plus para a gente acariciar. Mas, veja bem, a minha preferência não é por aqueles cabelos colados ao tórax, miudinhos ou totalmente em “devaneio”. Gosto de cabelos penteados no peito [parece engraçado, mas estou tentando tratar o assunto com seriedade]. Contudo, existe uma boa parcela do público feminino que gosta mesmo é do peito lisinho, com os músculos definidos bem exibidos. Acho que é a tendência mesmo, porque a cada dia mais, a ala masculina torna-se adepta da depilação. Nada contra. Eu gosto de homem HOMEM [bem ou mal passado], só estou narrando as minhas preferências e não as qualidades fundamentais que o eleito tem que ter, oras! Ah, também aquela coisa mixuruca de um pelo aqui outro acolá, não me agrada tanto. E detesto homens com muitos pêlos nas costas. Uiah! Alguns são inevitáveis [coisa hormonal], mas a quantidade ideal é aquela que a gente pode contar [e não perde a conta], caso um dia se disponha a tal sandice.
Barba. ADORO também. Homem que deixa aquela barba de um dia por fazer ganha um ar “desleixado chique”, uma coisa de juventude transviada que me agrada bastante. É fato que espeta, mas e daí? A minha “gramatura” preferida, no entanto, é aquela barba mais encorpada. Calma lá, gente, não estou falando de exagero estilo “Papai Noel, o bom velhinhoda cultura árabe!”. Falo daquela barba mais cheia, ideal para se arrastar em um pescoço! É de ver estrelas em plena manhã de sol. Só Freud explica porque gosto dos barbudinhos, uma vez que fui criada em uma família imberbe [ou seja, nenhuma referência]. Cavanhaque também me agrada. Agora, aquela barba shape ou “cavanha-vem-cá-meu-puto” é um exemplo de homem fora de questão! Ah, meu filho, é melhor ir fazer a unha e pintar de esmalte incolor, que deixar aquele desenho das linhas de Niemeyer no rosto. OFF do OFF. Tem gente que gosta do estilinho Latin Lover e há também as que preferem os rapazes com a cara de bunda de bebê: lisinha, lisinha. Concordo: barba não é para todo e qualquer homem. Cavanhaque muito menos! Cuidado com o ninho de pomba!
Chegamos, portanto, ao bigode! Há cerca de duas décadas a gente não via os homens mais novos ostentando a cabeleira sub-nasal. Era um adereço tido como estilo do vovô. Há uns cinco anos para cá, os alternativos [os que gostam de inventar moda para se destacar do resto dos seus iguais] começaram a apelar para a cortina de boca. Eram os seguidores de Santos Dumont num contexto hype. Bastou Brad Pitt e George Clooney assumirem o seu bigodinho safado, para o resto do mundo achar que o último grito da moda era a coisa mais linda de se ver! E lá estava a taturana a ornar o rosto de uns e outros. Gente, eu sou louca pelo GC até banhado em clara de ovo com farinha de trigo, mas com aquele bigode... Não suporto essa turbante arriba, arriba, ai, ai, ai... Dá vontade de puxar, tal qual papel de cera de depilação. A meu ver não faz o menor sentido essa sanha "bigodal". Um milhão de desculpas a quem usa e gosta. Parabéns para você mulher que tem um homem-bigode em casa! Contudo, estamos falando de algo muito pessoal, aberto a qualquer tipo de comentário contrário ou a favor. Afinal, como eu já disse, existem uma infinidade de possibilidades capilares e mulher gosta de ter opções. Homens de todos os naipes no mercado...
O mais curioso nesse texto todo é o seguinte: adoro todos esses tipos de cabelos espalhados na parte de cima do equador já narrados acima, mas tenho "os quatro pneus arriados" justamente por um careca! Vai entender!!!??
Mas, ó, tô solteira e à procura! Se alguém tiver um amigo com [ou sem também] essas características, pode me apresentar! Gosto de homem inteligente e que me faça rir. Cabelos, por que tê-los ou não tê-los?! Quem sabe o que vai dar liga?
Beijo e me liga!
Valor da Vida
Relutei um pouco em escrever que a Mariana Bridi, a modelo que teve mãos e pernas amputadas em função de uma bactéria e infecção generalizada [para quem estiver fora do Brasil e/ou começar a ler o Bibidebicicleta por aqui], morreu. Prefiro dizer que ela deixou a batalha honrosamente, ciente de ter feito todos os esforços para prosseguir. Mas essa guerra não era dela. E Deus achou por bem encerrar por ali aquele sofrimento. Eu acredito [e respeito os que pensam ao contrário] que Deus é o dono da vida e da morte. Ele é o relógio do tempo, o cronômetro da história, o marcapasso da existência. Quando nós ainda nem formulamos a pergunta, Ele já tem todas as respostas. Então, não há como indagar os motivos, mas apenas agradecer por uma vida que trilhou o seu caminho, uma menina que foi atrás dos seus sonhos, que ousou, que fez, que aconteceu e que terminou os seus dias deixando uma preciosa lição. Qual o valor de uma vida?
Quando nos deparamos com uma situação de tamanha fragilidade, é mais fácil a gente se olhar por inteiro e perceber a sorte de termos o nosso corpo funcionando [mesmo aqueles que não tenham todos os seus membros e órgãos com integridade. E isso eu posso falar com conhecimento de causa]. É mais um tempo de agradecer por dádivas que nem sempre nos damos conta. É muito mais fácil a gente agradecer por um presente, por um novo apartamento, pela chegada de um filho; que pelo ar que a gente respira e os pulmões que trabalham com toda potência. Saúde é um bem abstrato. E quando a gente começa a perdê-la [ou de alguém muito querido] é que nos questionamos: qual o valor de uma vida?
Quantas vezes eu já me agarrei a um travesseiro, tentando conter o som do choro?! Em algumas delas, o terror era tanto, que desejei a não-vida. Isso porque um dia entendi que a não-vida não é a morte, mas uma mudança radical em relação ao estado de coisas que haviam se estabelecido na minha existência. Mudar é uma tarefa muito pessoal e irrevogável quando se quer vida. E vida em abundância.
Não queria escrever esse post em respeito à dor de quem perdeu a Mariana. Mas a Mariana deveríamos ser todos nós, em muitos momentos em que nos entregamos covardemente em face a lutas do cotidiano. Lutas simples diante do desafio proposto a essa menina de apenas 20 anos. Não queria encarar a morte dessa moça como notícia, até que compreendi que ela é lição. O valor da vida está na valoração que damos a coisas simples, a dádivas divinas, aos bens abstratos, ao amor, que é o resumo e o princípio de tudo. É começo, meio e fim.
Dedico esse post ao J25 [que não conheço], lá de Minas Gerais, que deixou um comentário aqui no Bibidebicicleta pela primeira vez. Suas palavras “que com muita força (acredito) lutou pela vida até a morte”, me motivaram a pensar no valor da vida. E seu ato de deixar um recadinho, colocou um sorriso no meu rosto, mesmo em um tempo tão esquisito. Obrigada!
23.1.09
News
22.1.09
Deleite
O Val escolheu Van Gogh. Os participantes da votação também. Eu não. Mas nesse aspecto, não me atrevo a fazer juízo de valor/escolha. Comungo de percepções, muito mais que conhecimento teórico. E tenho os meus argumentos. Eis o que escrevi:
A minha análise seria muito mais afetiva, que de importância para a evolução das artes e ciências na concepção da sociedade/mundo moderno. Ou para a elucidação da dúvida existencial de alguém. O curioso é que Gogh seria o último da minha lista dos preferidos. Muito provavelmente se eu mesma elaborasse uma lista, ele não faria parte dos finalistas. Tudo muito pessoal. A questão é que talvez por não tê-lo “visitado” nas últimas férias como o Valmir fez [a exposição do pintor em Viena] e ter praticamente tocado no produto de sua genialidade; ou por desconhecer suas tintas e saber mais sobre a sua agonia [o fato dele ter cortado uma orelha. Fato, aliás, que é um dos indícios que revelam se tratar de um caso de bipolaridade]; talvez por amar as letras acima de qualquer outra forma de expressão. Just maybe.
Então, em honroso quarto lugar viria Gogh, o Van Van. Em seguida estaria Sigmund Freud, mas com certa dor na alma. Sou absolutamente louca pelo trabalho de "tentar" entender a alma humana. O estudo dessa matéria tão instável, mutante e volúvel que existe dentro de cada um de nós, coletiva e individualmente, me encanta, me comove, me inspira, me tira do lugar comum, me eleva. E ele só está na terceira posição, porque tenho uma curiosidade [quase sexual, como muito provavelmente elucubraria Freud] pelos dois restantes.
Existe algum tipo de balança que possa medir a magnitude do trabalho de Einsten e Shakespeare - dois pólos opositores? Justamente por não saber sequer fazer conta de somar sem utilizar os dedos das mãos é que encaro Einsten como “genius maximus”. Uma criaturinha totalmente à frente de seu tempo, pronta para nos revelar um novo tempo. E sem profecias ou bola de cristal. Talvez muitas das suas idéias tenham sido aperfeiçoadas e/ou ultrapassada com o evoluir dos tempos, mas é assombroso alguém ter a capacidade de teorizar o imponderável até então. Eu amo trazer o enredo da Teoria da Relatividade para um contexto mais lírico, poético, onírico. Eu também me aproximo de sua figura por um fato distante dos números: o cara não estava nem ai para os que pensavam ser ele um louco e sabia rir de si mesmo. Quem não se lembra da antológica foto com a língua de fora, que revela bastante irreverência? Isso muito me agrada [dizem que ele detestava ser fotografado]. Será que Mick Jagger se inspirou no velhinho doidão?
Eu sei, eu sei... Minha primeira colocação é bastante óbvia, não é? Muitos diriam que Shakespeare foi influenciado por uma arte que transcendia o tempo: o teatro Grego. Creio que de certa forma, todo mundo é inspirado em alguma coisa que já existe. A diferença é que William, poeta e dramaturgo inglês, conseguiu fazer com que a sua arte encantasse geração após geração, se perpetuando como obra iconográfica/referencial até os dias de hoje. Suas obras permaneceram ao longo do tempo e ele se tornou um dos escritores mais revisitados e contextualizados da história. Ou seja, não é apenas a sua obra purista, mas o fôlego que ela ganha a cada nova montagem, roupagem, repaginação. A história da história. E as histórias que são inspiradas descarada e propositadamente na obra do autor [Meu Deus, em quantas histórias você reconhece Romeu e Julieta?].
Nós, escritores contemporâneos, talvez raramente consigamos fazer uma criação que seja totalmente inédita ou que não tenha referência, ou ainda seja liberta de qualquer fonte de inspiração primária. Claro, poesias são únicas porque nascem da alma! Entretanto, provavelmente alguém já deve ter tratado sobre tema anteriormente. Assim, a mente já deve ter sido contaminada pelas escritas que nos tocaram de forma diferente. Geniais são aqueles que conseguem fazer sua arte sobreviver a pelo menos uma geração após si. É transformar o particular em popular e continuar encantando. Você imagina como essa tarefa é árdua em um país onde muitos sofrem para comprar leite?! A escolha entre leite e deleite parece inequívoca. E ainda assim há os que transpõem a dificuldade para consumir arte. É o caso do catador de lixo que montou uma biblioteca com o "produto" de seu "sustento".
Shakespeare fala de amor e também discorre sobre tragédia. Aprendi que dor e prazer são faces da mesma moeda. Aquela que a gente negocia
sempre.
What!?
21.1.09
My Song
EU FUI! EU FUI! EU FUI! EU FUI! EU FUI!
Ah, moleque! E ouvi e cantei as minhas músicas favoritas. O engraçado é que elas fazem parte da trilha sonora da minha vida [tocavam no rádio e na vizinha sem parar], mas eu nunca cantei prestando atenção nas letras. Era no módulo play e "vambora"!
Na hora de cantar "serinho", você percebe que as letras são de uma profundidade incrível, trabalhadas na delicadeza e na inpiração de primeira qualidade. Não é a toa que um cara no piano comove e arrebata gerações há tanto tempo [tudo bem, a tia velha é excêntrica e cheia de salamaleques. Mas fez e faz história com tudo a que tem direito].
Pois bem. Separei uns trechos das minhas preferidas para dividir com vocês:
Don't let the sun go down on me / Although I search myself, it's always someone else I see / I'd just allow a fragment of your life to wander free / But losing everything is like the sun going down on me - Don't Let The Sun Go Down On Me
And I guess that's why / They call it the blues / Time on my hands / Could be time spent with you / Laughing like children / Living like lovers / Rolling like thunder under the covers / And I guess that's why / They call it the blues - I Guess That's Why They Call It The Blues
Cold cold heart / Hard done by you / Some things look better baby / Just passin' through / And it's no sacrifice / Just a simple word / It's two hearts living / In two separate worlds / But it's no sacrifice / No sacrifice / It's no sacrifice at all - Sacrifice
What have I got to do to make you love me? / What have I got to do to make you care? / What do I do when lightening strikes me? And I wake to find that you are not there - Sorry Seems To Be The Hardest Word
If I was a sculptor, but then again, no / Or a man who makes potions in a travelling show / I know it's not much but it's the best I can do / My gift is my song and this one's for you / And you can tell everybody this is your song / It may be quite simple but now that it's done / I hope you don't mind / I hope you don't mind that I put down in words / How wonderful life is now you're in the world - Your Song
E uma das preferidas em letra e ritmo (dancei pakas!):
Guess there are times when we all need to share a little pain / And ironing out the rough spots / Is the hardest part when memories remain / And it's times like these when we all need to hear the radio / Cause from the lips of some old singer / We can share the troubles we already know / Turn them on, turn them on / Turn on those sad songs / When all hope is gone / Why don't you tune in and turn them on / They reach into your room / Just feel their gentle touch / When all hope is gone / Sad songs say so much - Sad Songs
Para acompanhar a letra, clica AQUI
Frases
Lotação
Não sei nem por onde começar! Vou tentar narras os últimos acontecimentos de trás para frente. Assim, caso eu venha esquecer o que já está “velho”, que eles permaneçam nessa bolha do passado recente, guardados na gaveta da memória.
Hoje é feriado no Rio. Dia do padroeiro da cidade: Sebastião. Não sei o que ele fez [com todo respeito], mas celebro o fato dele trazer mais um feriado para a cidade que já é maravilhosa. Acordei super tarde – com motivo justíssimo, como verá em uma das minhas histórias – e fui para a praia com a Onça. O dia era de sol e calor. Fomos alegres, em um doce balanço a caminho do... Mar? Não, do Metrô. O caminho ainda era um pouco longo. Nossos amigos, já nas areias escaldantes de Ipanema, telefonavam avisando das condições da areia, tempo e mar. Alegria, alegria.
Enquanto a Onça comprava sua passagem do metrô [eu já tinha a minha], fui até a máquina de refrigerante tomar uma Coca Light, meu vicio maior. Chocada, constatei que só tinha a Zero. A companhia de refrigerante anda de sacanagem, por que agora só tem Zero para todo o lado e cada vez menos Light! Eu detesto aquela Cola espumante, que não mata a sede. Apertei a máquina com vontade e... ploft, ploft. Sim, não foi apenas um ploft, foram dois. Ganhei uma Coca Zero e uma Fanta Uva, que a Onça gosta muito. Cheguei pimpona perto dela, com as latinhas na mão [Comprou para mim!? Não, caíram duas, quer?! Hohoho]. O dia começava bem! Sorte.
Viagem tranqüila. Fila para o integração GIGANTESCA! Meu amigo, ir à praia em dia de feriado no transporte coletivo é furada!! Consegui me sentar. A Onça foi agarrada nos ferros, tal qual uma dançarina de Pole Dance. Atrás de nós, uns gringos da gringolândia de língua hispânica que simplesmente não paravam de falar. Ui, que tava irritando aquela cantilena. Pior era o brasileiro tentando acompanhar o papo com seu portunhol veloz [como se assim ninguém percebesse que ele estava falando errado. Tem cada disfarce tão tosco, que é como se alguém enfiasse a cabeça no buraco e deixasse o bundão branco para fora: ou seja – ALVO!].
Viagens de pensamentos à parte, a nossa real terminou. Assim como o sol. Chegamos à praia com o tempo nublado. Amigos e mormaço fazem a festa, certo? Sim! Fizeram 20 minutos da alegria de pobre, que dura pouco, porque a chuva fina veio chegando e o guarda sol virou guarda chuva. Nuvem passageira [inverno de paixão, amor de primavera em chuvas de verão], como cantaria José Augusto. Pois é, aquela nuvem que passa, foi e voltou uma três vezes. Deu tempo de entrar na água e ser tragada pela onda, quase tomando um caixote; lotar o biquíni de areia; comer uma empada de queijo com goiabada; falar besteira; rir do amigo Portuga; ver o cara da empada enrolar o "bagulho" do nosso lado, fumar enquanto cantava música gospel [ironias da vida]; ver o helicóptero resgatando o marolinha malandro que pensava ter cacife para ser peixe grande; marcar o evento da noite e voltar para casa. Dessa vez de ônibus.
Sobrevivi ao estouro. Complementei, de leve é verdade, o bronzeado. Tive um jantar sensacional. E terminei a noite de forma criativa: fazendo umas fotos engraçadinhas, brincado de sobra e luz e treinando minha veia fotográfica. Adorei o teste. Posto aqui assim que seu mestre mandar... As fotos.
Hasta Luego!
16.1.09
Why?
* Por que a pessoa que tem como passa-tempo chupar o dente sempre se senta ao meu lado no ônibus ou no metrô, mesmo que eu tenha tido o cuidado de me afastar duas portas antes de entrar?
* Por que quando eu falo: "vou à praia amanhã!" O tempo sempre muda? Ou quando digo: "vou viajar amanhã!" Eu sempre fico menstruada?
* Por que todo mundo pensa que as pessoas espontâneas não podem também ser tímidas?
* Por que quando estou disposta a conversar minha mãe sempre reclama que está lendo ou vendo televisão, mas quando me sento para escrever no computador ela parece resgatar tantos assuntos variados quantos as piadas do Costinha?
* Por que as pessoas se apaixonam em um instante e demoram tanto tempo para se “desapaixonar” ?
* Por que o Hino Nacional Brasileiro tem uma letra tão difícil de ser cantado, que até a interpretação em Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) é complicada?
* Por que há anos o jornal suja os nossos dedos e até hoje ninguém inventou uma tinta plástica, por exemplo?
* Por que a gente quando está chegando à casa apertado para fazer xixi segura bem durante o caminho, mas alcança a porta do banheiro tem a sensação de que se demorar mais um segundo você “vasa”?
* Por que o bocejo é contagioso?
* Por que no fim do expediente o volume de trabalho parece aumentar?
* Por que as pessoas tratam com rispidez e menos paciência àqueles a quem mais amam?
* Por que a gente geralmente acorda no melhor do sonho/sono?
* Por que tem pum que fede e tem pum que não fede? E por que uns fazem barulho e os outros não?
* Por que eu vou a todas as montanhas-russas (inclusive a mais alta e mais veloz do mundo) e tenho medo de roda-gigante?
* Por que quem ama o feio, bonito lhe parece?
* Por que tem gente que tem tanta dificuldade em falar EU TE AMO, se é a frase que no fundo, no fundo todos nós queremos ouvir?
* (Essa para mim é meio filosófica e óbvia, mas...) Por que só as mulheres engravidam e parem?
* Por que muitas pessoas têm medo da morte, se ela é a maior certeza desde que nascemos?
* Por que todo mundo acha um saco corrente de internet e mesmo assim continuam mandando no afã de terem seus pedidos atendidos?
* Por que uma pessoa que tem um gato da Cedae em casa resolver participar de um programa de televisão sobre equilíbrio no orçamento?
* Por que todo mundo é contra a guerra e continua-se produzindo armas?
* Por que tem tanta gente com medo de levar toco? E por que toco se chama toco?
* Por que tanta gente dirige absurdamente embriagada e é contra a pena de morte?
* Por que as mulheres que são pró-aborto dizem que a mulher tem direitos sobre seu próprio corpo, quando elas podem estar grávidas de outras mulheres que não teria direito algum?
* Por que tem sempre um chato colado na gente?
* Por que quando você está fazendo uma coisa boa o tempo passa tão rápido, mas quando você está em uma tarefa desagradável ele passa tão devagar?
* Por que as pessoas que criticam os outros são justamente aquelas que possuem os mesmos defeitos que o alvo da crítica?
* E por que raios estou fazendo tantas perguntas?
Curiosidade
Algumas pessoas sabem que antes de cursar Jornalismo, eu entrei para a Faculdade de Ciências Sociais. Uma das minhas grandes frustrações foi não ter dado continuidade aos dois cursos paralelamente. Quem sabe um dia?! Mas, durante a faculdade de CS, eu percebi uma coisa [que para mim, na época] nada óbvia. A gente lia tantos livros e tinha que aprender sobre o pensamento de tanta gente diferente, que fez a sua análise sobre a sociedade e costumes e valores e crenças... A cada avanço que você dava em direção à profundidade do conhecimento, mais você se tornava capaz de citar um pensador que escreveu um fato relevante [ou a frase que resumia seu ensinamento]. Tempos depois, estou eu aqui a tecer a minha teia de frases que me fazem sentido e que me ajudam a afofar a trilha do caminho.
A-D-O-R-O!
14.1.09
Paixão
Me cansei de lero-lero
13.1.09
Vida
Gotas de alfazema
Mousse de chocolate
Abraços apertados
Dia de sol na praia
Mirante com lua cheia
Sorriso de criança
Carinho de mãe
Cuidado de pai
Travessuras com o irmão
Comida da avó
Viagem com primos
Sobrinhos
Dançar cheek to cheek
Férias no Parque de Diversão
Guerra de bola de neve
Balas de caramelo
Passeio de saveiro
Mãos dadas com seu amor
Cambalhota na piscina
Uma flor que nasceu no jardim
Cheiro de fruta
Tirar retrato
Papear até o sol raiar
Dormir na casa do melhor amigo
Caminha gostosa
Sorvete com calda
Barulho da chuva fina
Sonhos realizados
Festas a fantasia
Cantar a plenos pulmões
Novos amigos
Velhos parceiros
Não ter ansiedade com o futuro
Sapatos novos
Eco
Contar estrelas
Sentir o vento balançar os cabelos
Conhecer um novo lugar
Passar no vestibular
Orar
Chegar em casa
Ganhar bem
Cair de tanto rir
Ganhar flores
Dar presentes
Cochilar na rede
Olha no olho do outro
Encontrar a resposta do enigma
Escrever um bilhetinho
Jogar um beijo
Ganhar uma piscada de olho
Um cheiro no pescoço
Dormir no colo
Comida predileta
Fazer um bem sem esperar nada em troca
Tirar nota 10
Dizer até logo e não adeus
Reencontrar um amigo
Fazer amor
Ser compreendido
Pedir bis
Gargalhar em conjunto
Conforto
Um beijo roubado
Ir ao cinema com o affair
Entrar na calça apertada
Gostar do que vê no espelho
Pisar na grama
Olhar no olho
Gostar do trabalho
Ganhar um amasso
Visitar um orfanato
Ligar a luz
Apagar a luz
Fechar os olhos e rodar
Beijar na boca
Correr da chuva e na chuva
Estrear
Realizar
Escolher
Ser escolhido
Boas lembranças
Frases espirituosas
Lágrimas de emoção
Consolo
Jogar adedanha
Vencer no par ou ímpar
Brincar com o cachorro (gato, passarinho)
Terminar o quebra-cabeça
Ouvir um bom elogio
Fazer as pazes
Ter sede e beber coca-light (o que preferir)
Publicar uma matéria
Aparecer “no Fantástico” (etc)
Ter um filho
Ouvir: eu te amo
Dizer: eu te amo
Sentir que está apaixonado
Saber-se desejado
Sussurro
Gozo
Viver... Vida!
Enquete da Vida Real
B - Ai, abalou bonita! Se joga e acredita que é sucesso!
C - Pô, maluca! Está me estranhando?
D - Tá paganu?
E - Nenhuma das Respostas Acima - Invente a sua!
B - Você faz a linha argumentativa: "Vem cá, te conheço?"
C - Você parte para o 'vamos resolver': "Não lembro se já nos falamos, mas adoraria te conhecer melhor".
Fatos
- Por que as árvores de Ipanema, principalmente na Vinícius de Moraes e acessos, deixaram de cumprir o seu viés e ao invés de dar sombra, se transformaram em pelados totens, como se aqui fosse o Canadá ou o parque de Yellowstone?
- Por que os pitbulls andam sem focinheira pelas calçadas e eu tenho que quase me arrastar pela parede com medo que ele se solte da coleira de seu dono e me ataque?
- Já está ficando chato! Encontro o Gabeira quase diariamente. E ele está sempre com aquele mesmo sorriso, congelado, sem mostrar os dentes. Sempre com seu sunglass de bicho-grilo. Um dia estava caminhando; no outro, de bicicleta. Candidato coerente até depois das eleições.
- Sábado a previsão era de chuva. Fui à praiae voltei um camarão. Até aí, nada. Pior foi que passei protetor solar no joelho sem notar... Coisas que só acontecem comigo.
- Esbarrei com meu melhor amigo de infância em um shopping. Passei lá por acaso, depois de três ano sem pisar ali. Há 16 anos não nos víamos. Brincamos juntos até os 14 anos de idade. O tempo voltou. Foi como se nunca tivesse existido uma hiato. Ele estava com seu filho. Olhar o menino era voltar no tempo. Rimos de passar mal!
- Estou com dor de dente. A sensação é de quem tem uma bola de golfe no lado esquerdo do meu rosto.
- Meu primo, o cara mais ansioso que conheço, foi para Buenos Aires de ônibus. Foram mais de 36 horas de viagem no coletivo. Saiu sem se despedir de ninguém, logo depois do Natal. Ele está voltando. E vai fazer a festa de chegada, para compensar a não-festa de despedida. O nome do evento? Bota-Dentro. Curioso, não?!
- Cortei o cabelo com uma biba que virou amiga no primeiro oi! "O rapaz", como ela se denomina aos risos, me ganhou no corredor da galeria com um sorriso e um balançar de mãos frenéticas. O resultado foi perfeito. Estou me sentindo "quilos mais nova"! Olha o poder de uma tesoura!
- Minha mãe continua enrolando o tapete. Essa noite, quase fiquei sem a cabeça do dedo mindinho ao levantar para beber água.
- Por que os homens vivem procurando a mulher ideal e quando a encontram ficam com medo de tê-la e perdê-la?
- Minha mãe está feliz. A amiga dela de 62 anos vai se casar de papel passado. Pela primeira vez na vida. E eu que achava que o recorde era do meu tio, que se casou depois dos 50, com a que parece foi sua primeira e única namorada.
- Sexta-feira fui a um lual com uma galera grande de todo canto do Rio. A mãe de uma amiga solta um pum do meu lado, que tremeu as areias. Sufoquei. Mais tarde, uma menina que não parava de se coçar se sentou bem no nosso grupo, na canga da Onça. O artefato foi lavado com água sanitária [xô pó-de-mico]. Para terminar a noite, já dentro do carro, uma coisa pula no pé da Onça, que estava no banco da frente. Ela acha que é um rato e coloca os pés em cima do painel, gritando. Eu também grito: "estou sentindo também! Passou por aqui!". E levanto os meus pés quase nos ombros do motorista. Ele liga a luz interna do carro e a Onça suplica: "Olha, aqui, olha aqui!". Ele calmamente responde: "Estou dirigindo, se eu olhar, eu vou bater com o carro!". Ele encosta e descobre-se que o rato era, na vardade, o quadradinho de sachê que se descolou. Agora me diz: como eu fui sentir isso no banco de trás!? hahahahaha
Bibi Responde
Bibi Responde – Querida Vevê,
Essa é a diferença básica de quem já está no mercado e de quem acabou de passar na faculdade [gente, a belezoca passou no vestibular de Jornalismo e merece um aê bem grande! AÊEEEEEEE. Se bem que... Aproveita a alegria agora, meu bem]. Existe uma casta que tudo vê e ela se chama: fotógrafos paparazzi. Além de conhecimento e informantes, eles tem uma bela teleobjetiva! [agora é com hifen ou sem?]
Os menos entendidos acreditam que o Big Brother é o Pedro Bial ou o Boninho [diretor do programa] ou até seus companheiros de confinamento. Mas não é isso! Em 1984, George Orwell escreveu um romance chamado “O Grande Irmão” ("Big Brother"), um personagem fictício na forma de um grande ditador da Oceania. Na sociedade descrita por Orwell, todas as pessoas estão sob constante vigilância das autoridades, através de telescreens, sendo massivamente lembradas da propaganda do Estado: "O Grande Irmão está te observando".
Acredito que nem Orwell poderia supor que o “olho que tudo vê”, na verdade eram as lentes dos paparazzi.
Valmir diz - Tentei me achar numa dessas fotos-confusão, mas não vi.
Bibi responde – Querido Valmir,
Seus tempos de fotos-confusão são cada vez mais raros. Daí a ausência do registro, meu caro. Agora, a sua vida de "mestre das letras" começa a ganhar forma. Isso quando não te passam uma missão cabeludo-jornalística ou não te despacham para uma viagem a fim de aumentarem os seus pontinhos visitados no mapa-mundi [ou carimbos no passaporte].
Contudo, vou fazer uma homenagem à vossa figura aqui no Bibidebicicleta, uma vez que seus textos andam inspirando muitos dos meus posts ultimamente. Veja bem, não é um "copie e cole" qualquer! Quando tenho um momento de ócio criativo, acabo lendo o Sobretudo e sempre comento o post. Geralmente gosto do escrevo, porque seus comentários quase sempre me levam à reflexão [de coisas com conteúdo ou simplesmente o banal que encanta, rs]. Então, sinto vontade de estender aos meus leitores, dando mais uma pitada do meu tempero, para que os seus leitores [e os nossos em comum] acabem sendo brindados com o tal museu de grandes novidade, como diria Cazuza, se por aqui se aventurarem . Aveva spiegato?
Ivy diz - Você esqueceu de dizer que eles são super alto astral, apesar de se atropelarem em busca do click perfeito. Uma vez eu disse que eu tinha medo de fotógrafo numa festa em que estava cobrindo e o Rodrigo Santoro chegou. Disse que tinha medo porque eles vão, correm, se batem e acabam empurrando quem está na frente. Como eu sou a pessoa mais sortuda do mundo, um fotógrafo LINDO ouviu a confissão. Como eles são alto astral, ele levou na brincadeira e deu uma risada mais LINDA ainda. Ah, o que aconteceu no final? Nada. Motivo um: o Rodrigo Santoro estava do lado, e tanto ele quanto eu tínhamos que dar conta do moço. Motivo dois: em minha experiência, fotógrafos, não sei se pelas lentes ou o charme da profissão, figuram entre seres os mais canalhas que eu conheço quando se trata de relações com o sexo oposto. Enfim...
Você acaba de me dar uma ótima idéia para um personagem [de um conto, de livro, de uma história qualquer]. Que delícia de troca! Vou criar um fotógrafo de 40 anos, divorciado, que mora sozinho em um apartamento no Catete [um loft? Um conjugado?]. Rato de praia pela manhã, fotógrafo à noite – ou quando a missão se apresenta – ele vive de registrar momentos e arrebatar mulheres para o seu covil. Fuma desbragadamente, assim como bebe, sem nunca perder a linha. Ou quase. Tem um carro velho, mas a jaqueta de couro está um brinco [ou teria ele uma motocicleta?]. É um caso a se pensar... Ele se embriaga do amor das mulheres. Uma a cada noite. Ou dia. Sua idéia de amor é fugaz e sinuosa. Sua lente é certeira e seu foco, cravado.