29.1.09

Dias Iguais

Foto: BibideBicicleta

Meus amores!

Tem um tempo que não escrevo, não é? Força dos últimos acontecimentos que me dominam a mente. Nada relacionado a trabalho, uma vez que já não perco cabelos por questões empregatícias. Só posso fazer o meu melhor e esperar que seja o suficiente para o outro. São outros sobressaltos que me tiram o ânimo, mas não a esperança. Tenho sempre fé que o melhor está por vir nas questões que não dependem unicamente do meu esforço ou da minha destreza.

Ficar sem produzir "idéias" é para mim um fato lastimável. Fica faltando uma parte importante do meu dia; um pedaço da minha história. Mas a vida segue. Hoje estive matutando: tem gente que não sabe contar o tempo e tenta, em vão, retardar o avanço da vida. Tem gente que não sabe contar o tempo, porque é o tempo todo igual. Dias iguais parecem todos os mesmos. Mudar requer uma grande dose de esforço e ousadia.

MUDANDO DE ASSUNTO:

Chegou a hora do almoço e a minha colega de escritório, a Lucy, não havia voltado do médico. E se tem uma coisa que me causa certa depressão é almoçar sozinha. Acho de um tédio sem precedentes! Não consigo me acostumar, ou melhor, me sentir à vontade.

Fui caminhando em direção ao restaurante de cara fechada. Sempre com meu maxi sunglass a cobrir a face. Não toda. Andava lentamente, a rever os meus pensamentos e aflições. Passou um cara [do proletariado, claro] e me fez aquele elogio de canto de boca [cheia], que demora para terminar porque é expresso letra por letra com ênfase em cada "esse" da frase. Achei aquilo tão fora de tudo o que estava vivendo, inusitado, que não resisti e desamarrei o bico, transformando-o em um sorriso.

Moral da história: não importa de onde venha; um elogio bem colocado tem sempre o seu valor. Eu já não estava mais sozinha. Fui para o restaurante acompanhada pelo meu elogio [o elogiado não não foi tão ousado, rs]!


"Os livros na estante já não têm mais tanta importância / Do muito que eu li, do pouco que sei / Nada me resta... No céu estrelado eu me perco / Com os pés na terra / Vagando entre os astros / Nada me move nem me faz parar..."

3 comentários:

Anne Katheryne disse...

hehehe.. mt bom vc como mulher assumir q um elogio do proletariado pode sim fazer bem ao nosso ego ou simplesmente desamarrar um bico e nos dar um ar mais autoconfiante. Digo isso porque ouço mts mulheres reclamarem de tais elogios e acho que sempre é mentira da parte delas. =)

Saulo disse...

Este post me lembrou aquelas cantadas porletárias infames: "Dava um trato nestas carnes!" "Amaciava e comia tudinho!"
uhh
Fim de carreira...

Anônimo disse...

Estar acompanhado do seu próprio elogio, do seu próprio sonho, da sua própria crítica, da sua imaginação. Melhores companhias não há, quando se quer o barulho do silêncio.