Antes de deixar o Rio, como é de praxe, recebi algumas informações sobre Salvador. Queria buscar além do óbvio, mas foi uma missão que se mostrou bem complicada. A Vivi, por exemplo, me disse: "O lugar é quente demais! Logo no aeroporto fui arrancando tudo, porque não dava para suportar. Nunca estive em uma terra tão calorenta". Uma informação bem importante para quem não gosta nada do calor em excesso. Amo verão, mas ficar padecendo tal qual frango assado em forno de padaria não é uma das melhores pedidas para uma viagem. Pensei nas peças leves que m ocupariam pouco espaço na bagagem.
Dias depois, o meu contato na cidade liga e diz: "Não está calor demais não, menina! Ontem até choveu. Pode trazer uma calça jeans". A meu ver, a coisa começava a se complicar. Pior que fazer mala de inverno, é preparar uma para duas estações. O jeans é básico, o casaquinho leve é necessário e uma blusa de meia manga não vai ocupar tanto espaço assim. As outras apostas foram vestidos e camisetas.
Eu já andava um pouco tensa. Festa de Reveillon pede a cor branca. Eu nunca fui de apostar nessa em tempos normais, principalmente em festas de fim de ano, onde geral se transforma na pomba da paz. Eu sou a favor da liberdade de expressão em várias tonalidades. Até de preto já passei. Porém, como não queria ofender o anfitrião [como manda a etiqueta], parti em busca de um vestido clarinho. Achei um na cor lavanda. E com esse eu fui ao Reveillon das Águas Claras, cujo convite pedia trajes na cor branca ou azul-turquesa. Será que alguém notaria um lavandinha em meio a 3500 convidados? Bem, no lobby do hotel notaram. Todas as pessoas que eu devia "despachar" para a festa [usando o máximo da baianidade que pude adquirir] estavam de branco. Teve quem quis voltar para o quarto para colocar o vestido verde. Mas o tempo era curto.
Justamente quando estava tentando enquadrar as minhas emoções entre envergonhada e original [ousada?! Guess no], vejo um jovem casal se aproximar do grupo. Ela de vestido vermelho. Ele de calça branca e blusa com listras brancas e vermelhas, para combinar com o estilo da namorada. Jovem casal pagando paixãozinha é a coisa mais fofa [Ano passado eu fiz algo parecido: comprei o mesmo agasalho para mim, para o então namorado e para o filhinho dele. Muito tchutchu]. Bom, o meu lavanda virou quase branco, perto do vermelho do casal, que já chamaria naturalmente a atenção por serem os dois lindos! Me auto-afirmei internamente.
Se quase morri de calor em Salvador? Bem... Ao chegar ao aeroporto, arranquei logo o tal casaquinho que me protegeu do ar gélido da aeronave. Uma vez dentro da van, que nos levaria ao hotel, a empolgação era tamanha, que comecei a morrer de calor, mesmo com ar ligado. Depois descobri que a galera do fundão sofre mesmo em carros antigos, que não possuem um bom sistema de distribuição. Ao desembarcar, porém, fui recepcionada pela brisa do mar. Ah, o mar... Que recepção mais singela, especial, delicada. Estava um dia quente, mas o vento marítimo era o parceiro ideal para te levar para outra dimensão. E uma vez dentro do hotel, como se sabe, a brisa mecânica te proporciona um clima de serra, mesmo estando no clima seco de Dubai [será mesmo que o clima lá é seco? Quis falar em Dubai, uai!...].
O Pestana é um hotel lindo! E fica em uma ótima localização em Salvador: um bairro chamado Rio Vermelho. O primeiro dia passou voando, mas muito mais ainda me esperava pela frente.
5 comentários:
Que bom que vc está de volta!!!
Trabalhar no reveillon e numa cidade que não é sua e que por algum motivo lhe deixa tensa... então: Welcome back and relax (if it's possible!).
Olha, na última vez que estive em Dubai o clima estava... hahahaha... brincadeiraaaa! Nunca estive em Dubai (vamos?).
Adorei o que chamou de "gente que se veste de pomba da paz". É legal entrar nessa energia 'grupal' do branco - sem trocadilhos, hein. Mas mais legal ainda é levar esse banco, essa paz, para cada dia do ano.
axé, baiana. hehe
bjos
O Pestana, antigamente, se chamava Meridien, como o daqui do Rio...
Suriosidades inúteis sobre a primeira capital do Brasil...rs
Nada como viajar e ficar em bons Hotéis!! Tomara que um dia isto seja um clichê para mim! rsrs
Você!? Em bons hotéis? Jamais, você sempre prefere a casa do rato para poupa uns trocados! hahaha
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