19.7.09

Aventuras de Bibica Day 7

Que domingo atipico, minha gente! Estava falando agora com o Moratelli – que acabou de voltar por um tour pela America Latina – que quando a gente viaja, tudo parece acontecer. Para nos, que escrevemos, tudo vira historia. Basta dar o tempo necessario para se recobrar o folego.


Acordei mais cedo que o habitual hoje. Sem motivos. Foi assim, um abrir brusco de olhos. Nao fiz hora entre o edredom e os travesseiros: levantei. Ineditamente o computador ja estava ligado. A Carol eh sempre a ultima a usar e, antes de dormir, ela desliga a maquina. Dessa vez ela dormiu vendo televisao, portanto, eu mesma fui a responsavel por deixar o computer em stand by... BUT... Ao ver tudo ligado e prontinho para ser usado, nao me contive e fui dar uma olhadinha no meu e-mail (esperando carinhos brasileiros)...


Todas as historias de suspense parecem ter inicio com esse mesmo enredo, nao eh mesmo? Assim foi... Na minha caixa de entrada, um e-mail da minha amiga Cecil, narrando desesperada o desaparecimento do Pai de um querido amigo nosso em Atlantic City. Um senhor, da idade do meu proprio Pai. Claro que ao ler aquilo, meus olhos se arregalaram. Ela pedia ajuda, mas eu nao sabia o que fazer. A mulher dele e o netinho ja tinham acionado a Policia de AC... Pior, encontraram a Identidade do homem no chao. Mas aqui chegou como se tivesse sido a carteira (portanto ele estaria sem dinheiro para tomar qualquer providencia). Minha amiga passou o telefone do nosso amigo em comum, da irma dele, mas nao passou o dela. Eu vim para ca sem agenda. Ferias, ue?!


Corre daqui, liga de la, busca de ca... Consegui falar com a irma do amigo, que disse que a historia ja tinha sido mais ou menos elucidada. O Pai do amigo entrou no Cassino, mas nao viu que o Netinho (menor de idade) foi barrado. A Avo ficou com o Netinho e acabou se perdendo do marido. Na confusao, marido perde a identidade (nao a carteira da grana). E sem conseguir encontrar a familia, ele volta de Atlantic City, onde tinha ido passar o dia, para NY, onde estavam todos hospedados originalmente. A Avo e o Neto ficaram sem saber onde ele estava ate que a filha o localizasse no hotel, em NY. So que a Avo e o Netinho so conseguiriam vir no onibus de 17 horas. E eu estou desde cedo tentando falar com o Pai do Amigo no hotel, mas ele nao atende! Ja deixei recado e a Irma do amigo ja acionou a seguranca do hotel para saber se o Pai do Amigo esta realmente bem (porque ele tem problema de pressao). Enfim... O grande encontro da familia ainda nao aconteceu e eu fiquei aqui roendo as unhas (mais tarde vou ligar outra vez. Ah, esse homem vai falar comigo hoje!)...


Dessa historia toda fica uma licao, que meu pai sempre me ensinou e que eu ja combinei com a Carol: toda vez que voce for a um lugar diferente, marque um ponto de encontro e caso se perca, fique ali ate se encontrar com a outra pessoa. Ja temos o nosso ponto de encontro aqui em NY, mas a Ruivinha ja prometeu que nao vai correr o risco de desgrudar do meu braco. E assim tem sido inclusive dentro de lojas, onde temos pontos de interesses dispares.


Depois do susto, tomei um banho e tive que vir para o computador terminar uma materia. A Ruivinha disse, entao, que ia cozinhar e foi mesmo! Fez um estrogonofe de frango, que ficou sensacional! Depois dela, foi a vez do Tom fazer o arroz colorido. Uma dupla supimpa! Nosso pequeno nucleo familiar, que tambem conta com o mineirinho Vava (muito engracado), teve um belo almoco caseiro, saboreado enquanto rolava o jogo do Cruzeiro pela TV. Tom esta aqui ha sete anos e Vava ha 4. Fico imaginando como eh importante para eles experimentar esses momentos em familia, ao redor da mesa, com sabor de carinho.


Essa impressao, mais tarde, foi confirmada. Os vizinhos, gauchos, estao com a familia inteira por aqui. Todo santo domingo eles "queimam carne" e fazem uma roda de bate papo, guerra de agua, comida e muito carinho na parte de tras do apartamento (area comum). Vava me diz: “Quando se tem a familia por perto, tudo eh mais facil”. Eh a mais pura verdade. Aquele simples momento foi intensamente saboreado por eles, tenho certeza.

6 comentários:

valmir disse...

Ponto de encontro é essencial em qq lugar, até em pleno Rio. Tenho tenho historias de desencontros bons e outros nem tanto em lugares variados.

Vivi disse...

Nem precisa chegar aos sete anos ou quatro para saber como é bom ter a família por perto. Q saudades da casa cheia e dos almoços barulhentos de domingo na casa da minha mãe! Ainda mais que amanhã é aniversário dela e, no domingo passado, rolou foi um arraiá lá em casa, com direito a pescaria e tudo.

Saulo disse...

Fiquei curioso pelo desfecho causo! Espero que termine tão feliz quanto este "estrangobofe" em família! Saudades!!
(Feliz Dia do Amigo!!)

Bibi disse...

Saulo! Eles se encontraram e a mae do meu amigo estava toda animada, ja rindo da historia! Isso eh que eh saber viver! Marcamos um encontro para o dia seguinte e adivinha? Nos desencontramos!
Nao era para ser!

Bibi disse...

Vivi! Sua mae eh muito animada! Depois do seu depoimento e analisando o meu caso, acho que a tristeza vai se transformando de uma maneira estranha. Os meninos aqui, sem a papelada, vivem com um medo terrivel. A impossibilidade de se ver eh tamanha... Rola um banzo legal...

Bibi disse...

Val, acredita que ontem a gente se perdeu ate com ponto de encontro? Ai papai!