11.12.08

Este Seu Olhar


Achei essa frase na internet. Não estava assinada pelo seu autor, por isso, está sem o devido crédito. Dei uma organizada no pensamento que ela quis expressar e transformei no resumo do meu fim de tarde de hoje:

"O coração é orgão relacionado ao amor, às paixões e ao sentimento de afeto pelos demais. A vida é movida por sentimentos, por isso dizemos que quando o coração dói, a vida parece parar e a dor parece sem fim".


O fantástico Tom Jobim conseguiu transformar esse sentimento em letra e música: pura poesia. Quando penso na canção Este Seu Olhar, logo me vem à memória alguma das tantas cenas de amor e malamor das novelas de Manoel Carlos, o homem que parece perscrutar a alma feminina, transformando sentimentos em palavras; palavras em frases; frases em intenções, intenções em reações e, finalmente, estas em cenas. Quase sempre tão familiares...

"Este seu olhar quando encontra o meu / Fala de umas coisas / Que eu não posso acreditar / Doce é sonhar, é pensar que você / Gosta de mim como eu de você / Mas a ilusão quando se desfaz / Dói no coração de quem sonhou / Sonhou demais / Ah! se eu pudesse entender / O que dizem os seus olhos..."

Se eu pudesse escolher, não seria tão sensível... Deus me fez determinada e tão frágil. Algo com uma certa incongruência; qualquer coisa de oposição x complementaridade. Se pudesse escolher, talvez fizesse as escolhas erradas e convivesse com novas dores, as velhas conhecidas. Não me envorgonho de confessar, que como toda mulher, tenho meus dias de "ninguém me ama e ninguém me quer"... Estou tentando descobrir como deixar ir um amor que não se perdeu, que está apenas adormecido... Queria ser mais forte, uma Diana caçadora, mas estou mais para a delicada Rosa do Pequeno Príncipe. Queria alguém que pudesse cuidar de mim...


6 comentários:

Ana Martins disse...

Eu tenho CERTEZA que vc encontrará o seu GRANDE amor...
Fica aqui registrado!!!

Anônimo disse...

Essa incongruência é que te faz tão especial. A obviedade cansa!

Saulo disse...

Nossa, quanto sentimento contido! Oh baby, baby... I love you so much!

Anônimo disse...

Eu cuido, amiga!!! Só tem umas coisas q nem rola fazer... hihihi Calma, coração. vc já tem alguém cuidando de vc, que vai mandar alguém pra cuidar mais ainda. beijos!

Anne Katheryne disse...

Ai ai... concordo plenamente com a sua colocação com relação às novelas do Manuel Carlos... e oh q nem curto muito novela, mas as dele sempre me comovem bastante. E quanto ao sintimentalismo... ahh as vezes acho q nós mulheres somos todas iguais! ^^

Anônimo disse...

Eu publiquei algo a respeito, há uns meses, no sobretudo.
Somos todos uns tristes. A felicidade é um estado efêmero.
Cientistas conseguem recriar em laboratório o que seria o quarto estado físico da matéria (sólido, líquido, gasoso e... gelatinoso). Dura milésimo de centésimo de segundo. Mas existe. A felicidade é gelatinosa. Surge por acaso, para nos lembrar de nossas tristezas.
Caetano canta que ‘ela’ mora lá fora, onde a gente vai buscar de vez em quando, raramente, porque senão não seria felicidade. Tom Jobim diz que ‘ela’ é levada pelo vento, voa alto para ninguém mais alcançar. Delicada, de orvalho vira lágrima, "cuidado para não acordar", pede Tom. Eles nunca concordaram tanto quanto ao comporem sobre a Felicidade. Podia ser tudo uma música só. Ficaria assim:

"Felicidade foi se embora / E a saudade no meu peito ainda mora / E é por isso que eu gosto lá de fora / Porque sei que a falsidade não vigora

A felicidade é como a pluma / Que o vento vai levando pelo ar/ Voa tão leve/ Mas tem a vida breve / Precisa que haja vento sem parar"