24.12.08

Fim de Ano

Posso até ser uma voz dissonante, mas faço questão de sustentar opinião. Não gosto desse clima de Fim de Ano. Os motivos são muitos [os aparentes e os internos também]. Dito isto, não quero parecer a salada de frutas sem leite condensado; o peru sem fio de ovos; a maionese que ficou passada por estar fora da geladeira [ui que estrago!] e nem a rabanada diet, ou seja, sem açúcar e sem graça.

Tenho o maior respeito por aqueles se entregam de corpo e alma às comemorações. Não sou o urubu que toma o lugar do chester! Fico na minha, curtindo aquela estafa que fim de ano me traz. É trânsito caótico; é um calor do Senegal no Rio de Janeiro; são as revistas adiantando as edições, o que significa sempre trabalho dobrado; cidade cheia, shopping lotado, velhotas andando a passos mega lentos na sua frente [isso me estressa deveras]. Daí você tem que preparar a ceia [eu não, porque já disse que não tenho o brevê do fogão] e aqui em casa essa é a tarefa do meu pai, que deixa que aquele cheiro domine o ambiente. Para onde vou? Com que roupa eu vou? O quanto devo comer para não agredir a balança? Como chegar até lá? Como não pensar em quem já partiu? Aff! São muitas questões...


E os puristas podem me confrontar: "mas é o dia do nascimento de Jesus, nosso Salvador!?" Sinceramente? Poucos são os que realmente pensam nisso e fazem suas festas com o coração cheio dessa lembrança. Claro, o fato de se separar um dia para a comemoração me alegra demais. Mas o que se comemora mesmo é o fato da família estar unida, a comida farta e os presentes. É só sobre isso que se fala no jornal [e eles estão errados em noticiar isso? Não! reflexo da sociedade]. Fico me sentindo fora da nova ordem mundial. E para mim, o nascimento de Jesus é celebrado sempre; assim como sua morte e ressureição. Esses são os pilares da fé e a certeza que nos motiva diariamente e que só faz sentido, obviamente, àqueles que acreditam e vivem dessa expressão de fé.

O bom do fim do ano é que todo mundo deseja coisas boas para todo mundo. Vejo um lado positivo nessa iniciativa [nem sempre 100% verdadeira]. Carinho é uma coisa boa de se receber e de se ofertar, sempre. Gosto também dessa história de se renovar as esperanças para um novo ano. Parece que chegamos ao fim dos 365 (366) dias no último suspiro do guerreiro. E basta que o relógio dê as primeiras badaladas de um novo amanhecer, para você ganhar uma nova energia [igual ao jogo do Mario Bros.]. INCRÍVEL!

Um outro fato que me desperta muito interesse é a questão da mudança. Acho que a maioria de nós procura fazer um balanço do que foi o ano corrente, para tentar fazer diferente, melhor ou mais estimulante naquele que está prestes a se iniciar. Eu procuro pensar em tudo o que aconteceu comigo de mais relevante e agradeço a Deus, de todo o coração. Até mesmo os erros, porque para forjar nosso caráter/personalidade/interior, existem dores que trazem paz. Faço esse balanço e agradeço. Penso em um tema para o ano seguinte, que vai nortear as minhas atitudes, mas não cercear ou resumir as minhas escolhas e as surpresas que virão pelo caminho.

O meu ideal para essa época seria viajar. Sair do caos em companhia aconchegante [ou família ou amigos ou amor ou todos juntos]. Até que pintou uma trip para um lugar inédito durante o reveillon, mas é trabalho! Uia! Vou de peito aberto e mente segura. Vou experimentar. E voltar aqui para contar T_U_D_I_N_H_O. Ou não! rs

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