29.10.10

News


Uma matéria de cultura no ar

28.10.10

Frase


"Ansiedade também é uma das minhas formas de autosabotagem"
- Bia Amorim

Frase Pensamento



Eu me sinto meio idiota quando escrevo textos longos demais. Penso que o número de pessoas que vai ler é ínfimo. Mas eu prefiro agradar a mim mesma nesse tipo de pequena escolha importante, que fazer concessões a quem não se agrada dessa pequena demonstração de quem sou. 


Fazer o que?!

Se você quer me amar, me ame inteira. 
Não me ame aos pedaços. 
Não me edita. 
Me inspire a ser melhor.
Evoluir junto é um bom modo de se reconhecer no outro.
E a gente tende a gostar muito das nossas similaridades. 

Nos fazem acreditar que na vida há apenas uma chance


Fico sempre escrevendo sobre mim na tentativa (mesmo que idiota) de decifrar quem sou. Minhas nuances, minhas incoerências, minhas idiossincrasias, meus pensamentos antagônicos, meus sentimentos lacônicos, meus entendimentos prolixos, meu desejo incerto, meu sonho desperto, meus ais, meus medos, receios e neuroses, minha coragem, minha vontade, aquilo que me forma e o que me dá forma. Que tremendo desafio e que grande bobagem. Minhas escolhas mudam tão rápido quanto a posição das conchas no mar, embora a minha essência permaneça.

Então fico me perguntando se tudo aquilo que escrevi sobre mim pode ser considerado uma grande verdade. Ou uma grande bobagem. Se eu já não sou aquela que fui, mas permaneço sendo aquela que sempre esteve - uma vez formada. É porque eu acho que a gente tem a chance de aprender alguma coisa todos os dias, embora nem sempre a gente esteja apto para aprender. E cada novo dado nos torna diferentes do momento anterior. Maiores ou menores. Acredito também que o arrependimento é parte da vida, embora sistematicamente a sociedade nos faça acreditar que o arrependimento não é direito daquele que é direito. Bobagem.

Fico achando estranho quando dizem a célebre frase: “não me arrependo de nada na vida”. Uia! Que frase complicada de se dizer. Eu tenho muitos arrependimentos. E eles não me fazem fraca, eles apenas ensinam e contam uma história: a minha de verdade. Existem coisas de que me arrependi e que nunca mais voltei a fazer. Assim como muitas outras me arrependi, mas nunca consegui deixar de fazer; superar. Somos humanos e sujeitos a erros. E se errar é humano, que eu tenha o direito de errar e de também me arrepender, sem com isso parecer alguém do submundo dos fracos e miseráveis historicamente.

Meus caminhos, ou seja, minhas escolhas e as coisas que deixei de escolher ou que permiti que escolhessem por mim, me trouxeram até aqui. E se você gosta de como está até aqui, ótimo. Mas não é por isso que você não pode se dar ao direito de desejar ter feito algo diferente. Ou ansiar por fazê-lo, caso uma situação parecida se apresente. Acho que o arrependimento não é para os fracos, por isso o mundo nos faz crer que é algo menor, inválido. Nos fazem acreditar que na vida há apenas uma chance para cada coisa. Existem chances únicas, mas quem pode cravar quais são elas? Acredito na busca, no milagre das novas chances em vida, na possibilidade de experimentar algo e perceber que aquilo não é para você sem maiores sofrimentos ou culpa. Muita gente achou que eu fosse me arrepender quando eu deixei um emprego estável no meio da crise econômica. Era sim uma possibilidade, mas que graças a Deus ela não aconteceu. Mas se tivesse acontecido, era o caso de correr atrás do prejuízo e experimentar o sabor de novas possibilidades.

Esse é um texto mais fácil de escrever, que de praticar. Porém, ele não é teórico e nem retórico. É um texto de encorajamento. Quero abrir as nossas mentes para a possibilidade dos acontecimentos e a necessidade de contar com o arrependimento como um sentimento que conta, que é válido e que, portanto, deve ser praticado e respeitado. Deve ser levado em conta à fim de que nos tornemos pessoas melhores e menos cheias de arrogância conosco. O mundo já nos impõe tantas falsas necessidades supérfluas, que nos unir a pensamentos impensados – o que na verdade o são, uma vez que a gente repete padrões sem a devida reflexão – é como adicionar pedras na mochila da vida que a gente carrega durante as jornadas. Tem uma hora que vai pesar.  

O arrependimento não é uma válvula de escape que a gente pode puxar feito a cordinha da descarga de banheiro antigo. Quando isso acontece, você sabe o que vai pelo esgoto... O arrependimento real gera mudança. E se ele não puder mudar os fatos e os acontecimentos, ele pode transformar a sua motivação interna. E que seja sempre para melhor, porque o arrependimento liberta e a amargura aprisiona. 

27.10.10

Meu Anônimo sumiu...
Estado atual: ansiosa!

Poesia vem de berço?

Foto: Adriane


Será que a poesia vem de berço? Será que ela tem DNA? Será? Será?
Uma vez fiz uma poesia - acho até que já postei aqui - na qual eu dizia que era da minha Mãe que vinham os meus versos. 



"... Sou alguém venturosa
Plena, alegre e orgulhosa
Por vir de você meu verso e prosa
Por ver em você o meu lar..."

Pois bem. Dito isto, vem a história.
Hoje pela manhã ela me acordou com uma bela surpresa.
Tinha lágrimas nos olhos, mas sorriso sincero no rosto.
Disse que havia acabado de fazer uma poesia "com todo o seu coração".
E leu para mim assim:

"Saudade! Palavra enigmática
Que só quem sente pode avaliar
Uma dor miúda, vagarosa
Que mexe dentro e causa mal estar.

É assim que sinto agora
Depois de deixar o tempo passar
Quanto mais o tempo passa, mais dói
Uma dor que não posso mensurar.

Você chegava à hora certa para se alimentar
Abria a porta sem incomodar
Com alegria no rosto por chegar
À sua 'santa casinha', o seu lar.

'Como estás?' 'Um pouco cansado...'
Dizia ele, o coração a reclamar
'Vou me deitar um pouco' e recostava-se no sofá
E um cochilo gostoso ia tirar.

Depois, animado e contente,
Pela casa andava sorridente
Buscando coisas para consertar.
Lendo a Palavra de Deus
Se preparava para ensinar.

Falava sobre a plenitude dos tempos
Falava sobre perdão, falava sobre amor
Falava com segurança e fé
Falava a palavra do Senhor.

Sei que estás no céu, meu querido
Com os anjos sempre a brincar
Era seu jeito aqui na terra:
Brincando com todos, sempre a brincar.

Por isso sentimos saudade
Gente boa falta nos faz
Coloco nos versos a paixão
Homem de Ferro, descansa em paz" - Ruth Amorim
  

25.10.10

Coisas...

Estou lendo "O Velho e o Mar" de Ernest Hemingway. Depois passarei para outro dele, cuja obra e jeito de escrever ainda não conhecia. Clássicos americanos.


Minha Mãe diz que agora ela está vendo o tempo passar mais rápido, porque as rugas não param de aparecer (mas eu ainda a considero uma linda senhorinha). E eu vejo o tempo se manifestar através do meu cansaço e falta de energia.


Hoje eu dei um passo rumo ao desconhecido. E não foi no escuro, porque houve luz no firmamento. Começo a traçar os rumos para um futuro diferente. Queira Deus ainda mais especial do que tudo que já tive a sorte de ter e construir.


Sonhos também são combustíveis para a vida. Beijos são combustíveis para o sorriso. O taxista disse que eu sou simpática, mas que ando com a cara fechada. Hahaha #Denúncia#


Fim de semana de plantão na redação. Chuva no Rio. Famosos dentro de casa. Resultado? Fiquei assistindo "A Fazenda3". Céus! Pior é constatar que o mais lúcido é o Sérgio Mallandro. Céus²!


Queria escrever algo que fizesse diferença na sua vida. Que te motivasse a voltar. A participar. A querer. A gostar. Frequentemente penso mais no outro que em mim mesma. Porém, quando escrevo aqui, a minha vontade fica na ponta dos dedos.


Cochilei no ônibus. Ô sindrome de velha das delícias! Fiquei igual a periquitinho no poleiro e quando meu ponto chegou, fiquei até triste de ter que acordar.


Alguém sugere um tema?

Oração

Senhor, meu Deus, te entrego o meu dia.
E seu próprio mal.
Agradeço antecipadamente pelas vitórias.
Te entrego meu caminho.
E a minha semana que começa e que ainda não terminou (a passada).
A vida e os sonhos dos que amo também entrego.
Amém

24.10.10

News

Coloquei em um post anterior os acessórios e agora coloco a matéria com o look e o corpo das que carregavam aqueles acessórios. Moda de Rua: Addresses Rio 2011


23.10.10

Homenagem à Fer





Acabei de saber que uma Ciclista muito querida do BibideBicicleta - e mais, desse meu coração - perdeu o seu paizinho também. "Chegada e partida - os dois lados dessa viagem".


Fer, esse post é para você: 
meu coração está contigo. 
Mesmo batendo miudinho.

Eu recebi tantas palavras de consolo e agora todas me parecem ocultas. Frágeis. Por vezes instáveis. Incoerentes? Talvez. Ouvi muito: "força!" E me perguntava: "de onde vou tirar?" Ouvi muito: conta comigo! E me perguntava: "mas como, se não consigo nem pensar, nem organizar os meus pensamentos?" Li muito o carinho das pessoas e isso me foi de combustível. Por isso escrevo para você, tirando forças dessas mesmas palavras que fui encontrando pelo caminho. A vida "é" apesar de nós. E ela continua e tem mesmo que continuar. Um dia após o outro nós vamos vivendo, minha querida. E quanto mais frágeis somos, mais estamos sujeitas a nos encher das coisas que realmente importam: amor, amizade, ternura, desejos, sonhos, nós mesmas...

Não vou te dizer: fica bem! Porque bem é um conceito meio complicado de se pensar, aplicar e proceder agora. Te digo: seja! Que assim você acaba se encontrando. Um beijo :)

Bibi    

quando o que quer se medir não tem preço



"Valores se tornam abstratos quando o que quer se medir não tem preço" 
- Bia Amorim

Essa frase saiu de um pensamento alto. Estava no computador conversando com os meus botões, falando com o meu interior. E quando falo alto, eu me escuto de forma diferente. Deu tempo, por exemplo, de anotar a frase em um papel e continuar a tarefa do cotidiano. Voltei a ela horas depois para fazer a devida transcrição para o BibideBicicleta.


Estava pensando que ter o Pai que tive não tem valor com que possa mensurar, preço que se possa sugerir, medida que se possa escalonar. É uma graça. Portanto: de graça. Na verdade, a condição é a convivência e conviver não é simples e nem tranquilo. Requer adequação, negação de si mesmo, partilha, doação. 


Claro que meu Paizinho tinha um monte de defeitos. Alguns defeitos que só o eram para mim, por exemplo. Mas a graça da boa convivência está em superar esses obstáculos e encontrar valor até no que lhe parece estranho, diferente, aparentemente irreconciliável. Ele melhorou muito com o tempo. Eu também me tornei melhor em seu tempo. E sei que é um legado incrível, porque as lições não terminam, porque muita história a gente fez junto. Histórias que trago na memória afetiva, na minha formação, na minha informação, no meu DNA e nos meus sonhos.


Então eu pensei que hoje eu estou em casa e meus amigos tão caros estão todos reunidos. Eu não pude ir porque trabalhei hoje (sábado) e trabalho amanhã (domingo) e também durante toda a semana que vem pela frente. Essas pessoas também vão partir um dia e eu me pergunto: "o quanto delas eu aproveitei?". A idade que eu tenho hoje também vai se acabar e eu me pergunto: "o quanto dela eu deixei de aproveitar em função de outras coisas?".


Estou na fase de me perguntar: por que me preocupo tanto com o futuro, se deixo de curtir o presente? Não é o presente que nos lança para um futuro? E se o futuro não chegar, o que terei feito de mim e dos meus dias? E se o futuro chegar e eu não tiver saúde para desfrutar das dádivas recolhidas ao longo de uma jornada extenuante? E as histórias vividas? E as memórias recolhidas? Sabe aquela música: "queria ter amado mais?..." Ela me dá muito nervoso, porque é muito difícil ficar em débito com a vida e a sua história. 


É claro que eu queria ter vivido muitos amores. Tive poucos. Pouquíssimos. Mas amei muito e fui fiel ao que senti sempre (amor, paixão, tesão, carinho, afeto, interesse, vontade, desejo - todas as formas). Mas imagine só se eu tivesse hoje essa questão em relação ao meu Pai: "queria ter amado mais...". Não, não queria. Graças a Deus eu amei grande, eu amei inteiro, eu amei redondo, eu amei intenso, eu amei extenso, eu amei profundo, eu amei de verdade, eu amei com vontade, eu amei pra fora, eu amei pra dentro, eu amei provando, eu amei aos ventos, eu amei miúdo, eu amei dividindo, eu amei chegando, eu amei partindo, eu amei calada, eu amei gritando, eu amei parada, eu amei andando, eu amei olhando, eu amei em segredo, eu amei mostrando, eu amei contando, eu amei cantando, eu amei chorando, eu amei orando, eu amei gritando, eu amei intenso, eu amei contente, eu amei simplesmente...


Dei valor ao que tinha valor à sua época. Tive em troca: amor. Agora construo novas pontes, novas conexões antes que o tempo venha me apresentar a conta. Porque quando ele vier (o tempo e seus caprichos), assim como aconteceu com meu Pai, quero estar pronta para pagar o saldo devedor e até ofertar a gorjeta. Quero dizer: deu tempo!


Quero amar... Mas também quero ser amada em retribuição.

News


Fim de tarde no Shopping Leblon rendeu matéria. 
Essa aqui foi sobre acessórios que deixam o look mais charmoso.  

22.10.10

A lágrima é a marca d'água da alma no papel da vida


"A iniciativa é um ato de libertação dos nossos medos" 
- Leticia Pessole


Esbarrei com essa frase em uma revista que comprei pela primeira vez e que vou sempre comprar: "Vida Simples", da editora Abril. Quando trabalhei na Abril, sei lá porque eu recebia um exemplar mensalmente e por preconceitos de achar que eram apenas temas esotéricos, não lia. Até que, indo à praia, levei uma e me apaixonei. Passado o tempo, esqueci da bendita revista. E de todas as outras, já que o meu foco passou a ser literatura. Dia desses, Albuk me lembrou da revista. Principalmente porque a matéria de capa era sobre perda. E eu estou aprendendo a lidar com as minhas.


Leitura vai, leitura vem, vou de encontro à frase que abre esse post. Estou passando por outros processos decisórios de extrema importância. E também aprendendo a ter a iniciativa tal, que vai me levar de encontros a meus medos. Um deles: o desconhecido. Mas depois que se vence o medo, até que o desconhecido se torna um terreno bastante sedutor. Para isso, basta que Deus indique o caminho. E que se tenha coragem para ter a iniciativa. Aquela história de roldanas, alavancas, pedras, montanhas...


Deus sempre trabalha comigo no limite dos tempos. Ele me desafia a fé. O mais engraçado é lembrar que a fé é um dom de Deus, afinal. E ai? Talvez Ele esteja trabalhando espaços internos. Moldando espaço da coragem, que gera iniciativa, que vence o medo e que nos faz caminhar para novas paisagens. 


Tenho medo do futuro. Mas tenho mais medo das masmorras que fico deixando acontecer em mim e que me tragam para longe dos sonhos. Os sonhos realizados. Quero esse sabor. Quero a luz dos acontecimentos todos, de tal modo que torne os momentos inesquecíveis. Nem tudo será da maneira que eu quero. Nem todos os sonhos tem a forma da minha imaginação. Mas quero crer que todos me levarão a um lugar melhor, sendo uma pessoa também transformada para melhor. Mesmo que sofra. Porque sei quem pode enxugar as minhas lágrimas. E sei que lágrimas existem também para consolar o meu coração, extravasar a minha emoção, selar um momento. A lágrima pode ser a marca d'água da alma no papel dos acontecimentos da história da vida.Ela sela um acontecimento de forma pessoal e com características próprias, únicas e profundas.  
Tem dias que são mais difíceis.
"você não me ensinou a te esquecer"
Palavras hoje não me ajudam. Não me ajudarão.
Nem palavras ditas. Nem palavras escritas.
Quero paz nesse meu pensamento.
Quero o silêncio, mas de uma presença que conforte.
Minha jangada já saiu pro mar.
E eu quero chegar ao meu lugar.
Meu porto seguro.

21.10.10

Frase


"A fé só indica a direção, não é o caminho. 
Mas eu faço o caminho com fé" 
- Bia Amorim

20.10.10

Riodejaneirofeelings



Fui fazer uma matéria na rua hoje. Eram cinco da tarde e resolveram lançar um livro em um shopping carioca. Antes de sair, fiquei me perguntando: que tipo de gente pode ir ao shopping de tarde, bem no meio da semana? Pois bem: todo tipo de gente. Fiquei meio impressionada com esse #Riodejaneirofeelings#. Bem, eu estava lá, não é? Sei que estava a trabalho, mas...


O shopping em questão é o Shopping Leblon. Uma coisa que gosto muito nele, que vejo pouco em outros estabelecimentos é o fato de em cada corredor ter um lounge com sofás. É delicioso sentar ali e ver a vida passar em turnos, rotinas, acontecimentos e flashes de existências. Já fui paquerada em um daqueles sofás enquanto esperava o fotógrafo chegar para mais um evento. O cara era medonho e fui salva pelo celular fake. Aquele truque de sentir o celular tocar, pegar o aparelho e mandar um saída estratégica pela direita...


Hoje eu não pude me sentar naqueles sofás, mas fiquei com muita vontade. Mas, como sempre, as cenas da vida me capturaram a atenção. Um jovem casal se beijava apaixonadamente ali nos sofás de um dos lounges. Enquanto o "malho acontecia", pessoas passavam em volta; um senhor lia o jornal "alienadamente" na poltrona unitária; Uma babá estava ali parada com a criança no carrinho; um jovem com a mochila descansava ao lado do casal como se o cinema mudo fosse apenas filme mesmo... E eu ali passando e captando toda a mensagem. Achei aquilo tudo adoravelmente democrático. Tem gente que se perturba com o beijo na boca dos outros. Eu não. A cena toda estava bonita. Uma paixãozinha com respeito "muderno". Até didático.


Um dia hei de me sentar nos sofás do Shopping Leblon só para observar a "vida alheia" e escrever umas crônicas cariocas. Essa sim, a vida cotidiana como ela é, me parece muito mais divertida que a pseudo-vida dos famosos retratada em programas de televisão. Porque a vida valendo não pode ser igual à vida frente ao "gravando", né? Sei que a vida observada também pode ser uma vida inventada. A vida contada é a vida sob um ponto de vista. A vida vivida sempre será muito mais rica. Assim como muita mais rica é a nossa imaginação.

Hoje

20.10.2010


20 coisas que adoro
abraço
beijo
sorvete
pipoca
livro
manhã de outono com sol
açaí do Bibi
BibideBicicleta
banho quente no inverno
filme
coca light bem gelada no verão
dormir de conchinha
relógio swatch
óculos de sol
sapatilha
cantar
vestido
NY
deitar no sofá ou em dupla na rede
MR

10 coisas que odeio
gente que chupa dente
homem que coça o saco na rua e/ou que cospe na rua
camarão
dor
injustiça
ronco
goteira
qualquer som muito alto quando estou pensando
"eu não te amo mais"
acordar cedo

20 coisas que faria outra vez
Voltar a NY com a Onça
Andar no primeiro carro da Sheikra no Busch Garden's
Morar fora
Rodar o Brasil nas excursões de família
Tirar uma criança afogada da água
Trabalhar na Caras
Visitar orfanatos
Ser madrinha de casamentos
Dividir um quarto com o Luke
Mudar da igreja que nasci para a Catedral
Acompanhar meu pai no Movimento Escoteiro
Fazer poesia para a minha mãe no Dia das Mães
Esquiar no Chile
Teatrinho no Natal ou na casa de praia
Curso de roteiro
Creme de milho e bolo de chocolate (não juntos)
Cantar e/ou atuar para muita gente
Viagem de carro como navegadora da Formigão
Todos os tempos com a minha sobrinha
Aceitaria a carona da Vivi e Ellus sem nem os conhecer

10 coisas que não faria outra vez
Namorar oito anos com um homem complexo e inseguro
Mudar de escola na sétima série
Passar pela garganta do diabo no Pico do Papagaio (Floresta da Tijuca) sem equipamento de segurança
Dormir na montanha com pouco agasalho
Andar de barco sem estoque de plazil e dramin
Botar a cabeça entre duas grades
Me sentir frustrada por falta de coragem de dizer o que realmente quero ou não quero
Tomar banho na praia da ilha de Paquetá
Ficar nove anos sem ir à praia e usar biquíni por me achar gorda
Ter deixado de cursar a faculdade de Ciências Sociais até o fim


20.10. 20. 10
E vocês?

Leitura

Um trecho do texto "Moldura" - um turbilhão de pensamentos de Rodrigo Penna na coluna "Três Pontinhos" da Revista Joyce Pascowitch:


"Vendo canção com vista pro mar
Móveis pra sala de estar
Compro ouro. Vendo fuga
Procuro desculpas de alguém que me magoou
Cretino. Quero de volta minha vida
Homem de vida fácil e agenda difícil
Você levou o meu melhor.
Devolve não
Volta. Por favor" *

* A versão masculina é por minha conta :)

19.10.10

Tanta



Tanta coisa para dizer e ainda não consigo. 
Estou em débito com as palavras, com vocês, comigo. 
Tanta coisa para dizer e ainda não digo. 
Fico só a me calar, me protejo em abrigo. 
Tanta coisa para dizer e as palavras é que me param. 
Não falo, não ouço, são elas que me calam. 
Tanta coisa pra dizer e a gente nem se fala. 
Olho o céu infinito e olho para dentro da sala. 
Tanta coisa para dizer e me falta a consciência. 
De que o tempo é senhor de tanta coisa e só nele encontro paciência. 
Tanta coisa para dizer e não digo não por maldade. 
Fico quieta, sem abraço, me abraçando na saudade. 

Drink

News


Duas matéria bem legais no iG:

Maquiagem de televisão: artistas usam airbrush para driblar efeitos da HDTV

Update: Ah, falha nossa! Esqueci de apresentar... Senhoras e Senhores, Ciclistas e Caminhantes com vocês: a Bia Bug, nossa querida personagem real do BibideBicicleta.

18.10.10

Sabe...

Foto de Marcelo Dutra para o jornal Extra

Tiago Worcmann e Carolina Dieckmann na praia de Geribá, em Búzios.
Eu também queria... 

News

Duas materinhas em uma.
Fui a um chá beneficente no Copacabana Palace. 
Uma tarde bem interessante na companhia da fotógrafa Fabrizia Granatieri.
Fizemos um Moda de Rua e um Moda de Rua: Detalhes.




17.10.10

um trecho de culpa



"... Friedrich Nietzsche sustentou uma contundente crítica da moral vigente na época como análise do sentimento de culpa. Ele entende a culpa como ressentimento que, em vez de ser lançado para o outro, é dirigido a si mesmo. A culpa nasce de uma obrigação de fazer promessas que se transforma em incapacidade de cumpri-las, e daí passa a valer como dívida que, impagável, se volta contra quem a contrai..." 
- trecho da matéria "A culpa é de quem tem culpa", com texto de Marcia Tiburi para a revista Lola (a novinha da Abril, que eu ADOREI).

14.10.10

Mineiros do Chile



Vou pedir licença. De ser óbvia. A associação que quero fazer chega a ser infantil,mas quero marcar esse momento com o pensamento legítimo que tive. Fui das tais que acompanhou emocionada o resgate dos mineiros do Chile. Fui das tais que, pessimista, acreditou que eles só sairiam de lá perto do Natal. Exausto. Feliz de estar errada, acompanhei a retirada emocionante daqueles homens que nem conheço,mas os quais dificilmente esquecerei, do seu calvário e cativeiro involuntário.


Assim como em 11 de setembro, na queda das Torres Gêmeas, e também no sequestro do ônibus 174, aqui no Rio, eu saberei onde estava quando saiu o último mineiro da mina soterrada. Estava em casa, deitada, acompanhando pela GloboNews com a maior emoção.


Sim, eu me emocionei. Aqueles homens eram um pouco de mim naquele momento. Torci por eles e a realidade foi melhor que a previsão. Ao vê-los sair daquele buraco, não pude me conter e fiz a associação imediata. Aqueles homens estavam renascendo para vida. Agora, eles foram encubados no ventre da mãe terra e foram paridos lá de dentro para um novo nascimento, uma nova vida, um novo começo. Não tive como não deixar de pensar naquele buraco escuro como um útero, na cânula que os mantinha vivos mandando alimento e água como o cordão umbilical. Assim como os bebês recém nascidos, eles tiveram dificuldade com a claridade e ganharam o abraço confortador daqueles que os amam assim que voltaram à vida.


Não era bem isso só o que eu queria escrever. Talvez volte para moldar melhor esse texto. Queria registrar o pensamento, a ideia, a emoção de viver a história. E compartilhar a vontade de renascer sempre que preciso for com vocês.

13.10.10

Acorda amor



Ela olha pela janela do carro. Gosta de não estar ao volante. Uma das raras chances de contemplar o céu. Está tudo azul. É dia claro e não muito quente. Algumas nuvens brancas passeiam pela paisagem. Elas enganam o observador desatento. Afinal, quem se move: as nuvens ou nós? Ambos, na atual situação. As velocidades quase constantes só perdem para a cadência do pensamento. Esse voa como a nuvem e engarrafa como o trânsito. Uma buzina mais forte a desperta do aparente transe. 

- "De que me importa agora o mundo lá fora? Há tantos que conduzem à minha volta", ela pensa. 
- "Deixa que os condutores cumpram a sua inexorável missão". 

Ela, presa ao cinto, ironicamente está mais livre para deixar o pensamento voar e a imaginação correr por entre aquelas nuvens passageiras. Tão passageiras quanto ela. Quanto a vida dela. Quanto a vida de cada um. Ela então projeta imagens naquele céu. Um filme de acontecimentos tantos que se desenrola no piscar de olhos. E ela sente que cada coisa tem o seu lugar. Mesmo que o lugar ainda seja tão incerto. Indefinidos somos todos, de certa maneira. Jogados ao sabor dos acontecimentos à nossa revelia. Outros nem tanto. De alguma maneira estranha e libertadora, somos co-participantes daquilo que forma o acontecimento. Cada um tem a sua parte dentro de um todo. Voluntária ou involuntariamente somos. Havemos de ser. Haveremos de existir até.

Uma freada brusca a leva mais uma vez para um instante de realidade. Há trânsito. Mas há trânsito dentro e fora dela. Carros e sinapses. Sirenes de todos os tipos se manifestam em forma de alerta. Absorve-se os acontecimentos em profusas inspirações. Porque é respirando profundo que se alivia o estresse. É respirando profundo que também temos consciência da vida inconsciente. Há trânsito. 

- "E daí?", reflete ela. 
- "Sempre estamos de certa forma presos em longas estradas". 

Loucas jornadas. Grandes desafios. Sempre em busca da caminhada. Sempre ansiando a chegada. Mas qual o que? De repente descobre-se que a chegada encerrada também é uma nova partida programada. De força imantada. Irresistível. Quantas vezes ela quis se jogar um pouco pelo acostamento dos acontecimentos e deixar que o sol lhe desse um pouco do conforto de seu calor. Mas quem consegue impedir a noite de acontecer? Caminhar é preciso. Mas pode-se caminhar contemplando, como passageiro da vida. Eis que faço carona de muitas histórias. E sou condutora da minha.

- "Acorda, amor. Chegamos".
- "Nunca chega. Aqui começa um recomeço".

11.10.10

10.10.10



Os dias voam, feito bolhas de sabão, que adoro. Efêmeras e de beleza singular. Duram um instante. Aprecia-se com moderação seu esplendor e liberdade pelo ar. E olha que já fez um mês que meu pai partiu feito bolhas de sabão. Deixou a alegria de seu momento fugas. Mas não é disso que quero falar. É que essa data caiu justamente no dia 10.10.10 (ou seja: 10 de outubro de 2010). O mundo não acabou. Até agora não seu ouvir nenhum novo caso de Crop Circle definitivo na Inglaterra. São Francisco não se descolou da Califórnia. A China não dominou o mundo. Nostradamus continua reverberando com suas previsões. E Gentileza ainda gera Gentileza. Ou quase isso.

E já que 10.10.10 é uma data tão emblemática, vou listar 10 coisas que gosto de fazer. Não as que MAIS gosto de fazer “ever”, porque existem itens de foro íntimo e que lá devem permanecer, mas 10 coisas que gosto muito e poderia estar fazendo agora ou a qualquer hora. Amanhã posso mudar de ideia. Ou ter novas inspirações e aspirações. Somos humanos e estamos sujeitos a isso, oras:

1 – Compras em NY com a Onça
2 – Conversa Afiada com Bia Bug e Franitos ou qualquer lugar com a minha mãe
3 – Beijos do poeta
4 – Chope com a Marina W
5 – Livraria com a Cecil
6 – Roteiros com o Décio
7 – Clube do estrogonofe com todos eles
8 – Ver o amanhecer com o Suspiro (depois do Salgueiro com o Mito)
9 – Montanha Russa com o Luke
10 – Chat com a Vivi; AV; Deny; Dé; Sibele

Ou

1 – Beijo na boca, no cangote e nas costas (dar e receber)
2 – Ser esquecida dentro de um parque radical
3 – Minha ‘família’ reunida na casa do Saulo
4 – Ouvir ‘eu te amo’ de um homem ou de uma criança, depois de um gostoso abraço
5 – Tomar açaí no Bibi Sucos/Lanches ou sorvete nesses lugares de iogurte
6 – Um amasso daqueles que começam na rua e terminam no carro e além
7 – Banho de mar em um dia de verão no Rio, Nordeste ou Caribe
8 – Coca Light estupidamente gelada quando estou com muita sede
9 – Fazer poesia, ganhar poesia, inspirar poesia, respirar poesia, declamar poesia, ler poesia, ter ciúmes da poesia, ansiar poesia, viver poesia
10 – Ganhar livros fora de época, de datas festivas ou pequenos presentes surpresa      

Ou
...

Frase deles

"Os absurdos que fazemos, os outros é que o julgam. 
Agora, na vida, continuar e persistir quase chega a ser um absurdo. 
Mas a razão de existir é um absurdo que vale a pena" 
-  Ivo Pitanguy,
durante entrevista ao TViG
no lançamento do livro "Ai, que absurdo!".

Loteria





meu e-mail está com vírus
não me acerto com as máquinas
(antivirus? Heim!? Onde? Como?)
já vi tudo:
vou envelhecer como a minha mãe
ela bate papo com o microondas
quando não sabe que botão escolher...
Aliás, o vírus é culpa dela
Cujo esporte é abrir todo e-mail
E compartilhamos a mesma máquina
Talvez, daqui há décadas
Compartilhar o computador será tão perigoso
quanto sexo sem camisinha
loteria

113





Nem cheguei a comentar, mas perdi um Ciclista oficial. Sempre soube que a Ciclovia estava cheia de atalhos e de falhas sujeitas a pneus furados. A Ciclovia é a vida, de certa forma. Já havia ganhado um Ciclista que atende pela alcunha de Oko. Achei um nome interessante. Não tive tempo de comentar. E assim que perdi um Ciclista, uma nova "pedalante" entrou para o Hall da Fama Ciclista. Chama-se Luciana e trata-se de um mineirinha que gosta de poesias. Meus versos andam reversos, revoltos... Desculpe o mau jeito de te receber assim, de camisola praticamente, na minha casa. Ainda está nublado por aqui, mas há dias de sol. Vou celebrando as pequenas conquistas e brindando com bolinhas, mesmo que seja de refrigerante.

News 2


O sorriso é o mesmo, mas o nome agora é com Z. Narciza Tamborindeguy celebra boas vendas do seu último livro: "Ai, que absurdo!"... Só uma música me vem à cabeça: "por que não eu, aha, por que não eu?"

News

Foto: Léo Ramos para o iG Moda

Mais uma matéria que foi uma delícia de fazer. Fomos até a PUC, que é a universidade de elite carioca, e fizemos uma matéria de Moda de Rua. O mais legal foi a interação com a galera que está dando os primeiros passos numa vida pós-escola, que para mim foi uma diferença danada, uma golden fase. O mais divertido e desafiador é convencer pessoas que não estão acostumadas a posar, a dar entrevista, a fazê-lo. Não só na PUC, mas em todo lugar. Contrabalança com o que estou acostumada no mundo das celebridades. Acho importante para apurar o meu olhar sobre a profissão e as pessoas. Mesmo sendo moda, a gente acaba descobrindo coisas bacanas, histórias, troca uma ideia, bate um papo diferente, sem o compromisso da notícia, mais alimentando um faro jornalístico que embora não vira matéria, vira história pessoal.  

9.10.10

pleito

7.10.10

Chat Cat


- Olha... O que foi, foi... 


- Não adianta lamentar, não é? 


- O que precisa é ver o que será...


- Olhar para frente?


- Fazer planos, projetos...


- Saber para onde quer ir é o único jeito de achar o caminho. Dizem.


- Não há caminho para quem não sabe onde quer chegar...


- isso é bem "Alice no País das Maravilhas"...


- Sou seu gato.


:)

6.10.10

Hoje





Hoje eu conheci três pessoas de nacionalidades diferentes:

  • Uma Coreana descolada que mora na Suíça, mas está estudando no Brasil;
  • Uma gracinha de americana, que logo no primeiro mês de Rio arrumou um namorado francês;
  • Um alemão negro boa pintérrimo, que gosta de vestir estampa e que fala bom português;  
Hoje eu publiquei mais uma matéria de comportamento, que, aliás, eu adoro fazer. Meu tema favorito. Uma escritora americana fala sobre como a física quântica pode ajudar a revolucionar a nossa vida (será?) - AQUI

Hoje eu publiquei uma matéria que não gosto nada, nada. Não curto mesmo, mas meu dever e ofício é informar com isenção de sentimentos - AQUI

Hoje eu fiz um monte de coisas que não cabe contar aqui.Não porque eu não possa, mas porque até para o blog a gente tem protocolo. Minha vida pode ser esse mapa mundi ou pode ser um arquivo burocrático (empoeirado). UIA! 

5.10.10

News



A menina do programa "Gente Inocente" cresceu e agora é assistente de direção do Daniel Filho, como diz a minha matéria com a Natália Soutto (AQUI)

sabe...



"O amor é quando a gente mora um no outro"
Mário Quintana

Meu coração diz: aluga-se
- Bia Amorim

4.10.10

O que eu faço com todo esse amor que está preso na minha garganta?



Essa saudade é tão grande
Que eu não aguento
Me arrebata
Me arremata
Me maltrata
E toma a todo instante 
Meu sentimento

****

Quando passa o susto e o choque, você começa a sentir falta das pequenas coisas. Depois da fase da negação, do não acredito que possa ser verdade, vem a conclusão do óbvio: ele não vai voltar. Mas ele está em cada instante, em cada história, nas muitas memórias que a gente fez na vida. E construímos muitos castelos de cartas, castelos de sonhos, plantamos sementes de vida que frutificaram. AnaMana diz que eu me exponho muito aqui no blog. Eu disse que tenho muitas cascas, muitas camadas a serem desvendadas. Mas essa face da tristeza, essa certeza do inevitável é o que me consome agora. Como vou esconder? Prefiro expor as minhas lágrimas, que guardar amargura. Sinto muito a falta do meu Pai. E hoje está doendo. Coloco no papel para colocar também para fora. Só quem perde é que entende, mas como sei que isso também passará... Talvez até quem perca esqueça de como é quando se está perdendo. O que eu faço com todo esse amor que está preso na minha garganta?

***
Viu?
Isso que eu não queria...