4.10.10

O que eu faço com todo esse amor que está preso na minha garganta?



Essa saudade é tão grande
Que eu não aguento
Me arrebata
Me arremata
Me maltrata
E toma a todo instante 
Meu sentimento

****

Quando passa o susto e o choque, você começa a sentir falta das pequenas coisas. Depois da fase da negação, do não acredito que possa ser verdade, vem a conclusão do óbvio: ele não vai voltar. Mas ele está em cada instante, em cada história, nas muitas memórias que a gente fez na vida. E construímos muitos castelos de cartas, castelos de sonhos, plantamos sementes de vida que frutificaram. AnaMana diz que eu me exponho muito aqui no blog. Eu disse que tenho muitas cascas, muitas camadas a serem desvendadas. Mas essa face da tristeza, essa certeza do inevitável é o que me consome agora. Como vou esconder? Prefiro expor as minhas lágrimas, que guardar amargura. Sinto muito a falta do meu Pai. E hoje está doendo. Coloco no papel para colocar também para fora. Só quem perde é que entende, mas como sei que isso também passará... Talvez até quem perca esqueça de como é quando se está perdendo. O que eu faço com todo esse amor que está preso na minha garganta?

***
Viu?
Isso que eu não queria...

4 comentários:

Anônimo disse...

põem para fora biazinha,
é o momento que está sozinha, mesmo estando acompanhada.
Dê tempo ao tempo, converse consigo mesma. Desabafe.

Bibi disse...

Você não vai mesmo me dizer quem é? rs Quanto mistério! Eu to lutando e to caminhando

Anônimo disse...

se eu perco a máscara, perco o encanto.

Bibi disse...

A vida me encanta de múltiplas formas. Mas tá, né?