10.2.12

Lendo Veja antiga





"Infelizmente nenhuma mulher conseguiu definir o que é pegada. Mas por que Michel Teló está fazendo sucesso com essa música Ai, Se Eu Te Pego? Todos querem dar uma pegadinha. A coreografia traz um gesto que todo mundo esperava fazer de forma livre. Isso é fruto da maior liberdade sexual? Sem dúvida, mas acontece que não ganhamos mais qualidade no sexo. A mulher está para o homem para o que der e vier. Já o homem, infelizmente, está com a mulher que vier e der. Há muito o que melhorar nessa relação... - [em Conversa com Eliano Pellini, médico ginecologista que ficou famoso por sua participação no programa Mulheres, da TV Gazeta, para a Veja].


Eu ri muito com essa frase destacada no texto. Concordando com o fato ou não, você há de convir que foi uma boa sacada, né?  


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"O que o incomoda no BBB? Nunca investiria num programa que escolhe a dedo pessoas esquisitas só para embriagá-las e depois vê-las criar situações constrangedoras. Tenho convicção de que se poderia realizar um reality show benfeito sem patrocinar esse tipo de aberração. Não falo por moralismo - tampouco senti reação negativa do público por questões morais. A TV brasileira caminha junto com a sociedade. Tudo está mais liberal. O que me incomoda no Big Brother é que é televisão de baixa qualidade. É ruim, simples assim..." - [José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, em mini entrevista à Veja]


Há quem goste do programa. Quem seria eu para criticar o gosto alheio? Principalmente quando se trata de um produto que vive tendo recordes de audiência? Dito isto, reitero que a opinião anterior não tira de mim o direito de não gostar, e portanto evitar, o programa e também não me deixa isenta de alguma análise, posto que trabalho com comunicação. Sim, há tempo não acompanho integralmente o BBB. Mas, como brasileira, existe a possibilidade de ficar imune ao que é levado para a tela através do programa? Missão impossível. Achei a análise do Boni muito interessante, porque a gente vai acompanhando a degradação das circunstâncias a cada edição. Antes, havia gente com vergonha de beijar... Hoje, há pessoa que transam sem se incomodar com as câmeras. Sei que está tudo mais liberal, usando a expressão empregada pelo Boni, mas há coisas que são de foro íntimo e que deviam permanecer nessa condição. Sei que eu posso desligar a TV, mas queria ter alguma garantia de que ao ligar em uma programação, eu saiba sobre ela e não seja pega de surpresa com a intimidade do outro invadindo a minha vida. Não falo apenas de sexo, falo de intimidades e esse conceito também já perdeu os parâmetros há algum tempo. Quem discorda, me conta por que?



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