Onde o amor está

O melhor lugar é onde o amor está! Acabei de falar isso com o Neo pelo telefone. Por que? Porque temos amigos que sistematicamente não nos convidam para as suas casas, porque eles acham que elas são "humildes". Para mim isso não faz o menor sentido! Para mim, repito! Respeito o sentimento dos outros.

Vejam bem... A Onça tem um apartamento incrível! Superbem decorado, aconchegante, com fotos dos amigos espalhadas pelas paredes e móveis. Em frente ao sofá, uma montanha de almofadas nos convida ao ato de se esparramar no chão, como se dissessem: "vem, fica a vontade". E ela cisma em dizer que a casa é pobre, é humilde, "não repara". Hello!? Só ela não percebeu que mora em um palácio, porque é um lugar que transborda amor, afeto, alegria, hospitalidade {sem falar que é uma graça, mesmo! Todos ficam encantados com o bom gosto da Onça para decorar a sua toca}. E como todo mundo ama aquele lugar! É o point dos amigos, tal qual a casa da Mônica no seriado Friends.

A casa da Onça foi só um exemplo basiquinho para ilustrar a história que contei para Neo. Acho que já comentei aqui, mas vale o bis. Quando era pequena, costumava visitar a casa da minha Avó em outro estado. Quando eu nasci, ela já era velha. A casa cheirava a coisas de vovó guardada {hehehe}. Lá não tinha muito o que fazer. O quintal era enorme, mas me entediava rapidamente de correr atrás dos gatos. Não, não eram meninos {desses eu não me cansaria}! Eram gatos vira-latas que viviam pelo quintal a espera de alimento. Eu era o terror dos bichanos! Não fazia maldade, nunca tive coragem de machucar outro ser humano; nós só fazíamos alongamento e cooper! Mas as corridas me cansavam. Então, fiz amizade com umas crianças que vi em uma vila logo ali ao lado. Bem, não era uma vila, mas uma "cabeça de porco". Eu achava que era uma vila... Várias famílias moravam em dois cômodos. Tudo muito pobre mesmo!

Cara! Como a minha história ali mudou quando comecei a frequentar a casa dessas crianças! Tudo ganhou um novo colorido! A gente passava a tarde sentado nos degraus da entrada lendo revistinha em quadrinho. Eram tantos risos e brincadeiras com o nada: um pedaço de pau virava espada, pedras, borrachas e muita imaginação. Eu amava aquele lugar! Gostava mais de ficar ali, que na casa da minha Avó. Aliás, não via mesmo a menor diferença na questão do aconchego! Mesmo quando tinha que tomar água na lata, porque eles não tinham copos!

Daí falei para o Neo hoje: "o melhor lugar é onde o amor está"! Contei essa história e reforcei que o que mais me atrai são pessoas e não coisas. O aconchego de uma boa amizade transforma qualquer lugar em um palácio! E esse é o lugar onde eu sempre quero estar!