"Quem Eu Sou"

Ainda conservo amigos de infância: uns vi nascer; outros, me pegaram no colo. E não é que outro dia fui paquerada por um desses que me viram nascer? Eu o reconheci [fato]; ele, não [the hell! Isso me deixa sem graça!]. Pensei: "agora é outro colinho que ele quer me dar! [haha]". Ri por dentro, claro, sem dar muita bola. A vida prega umas peças, que eu vou te contar! Segue o roteiro...

O Orkut me deixa ainda mais perto das pessoas da minha infância. Estou dando o mérito à tecnologia mesmo; afinal, ela que viria para facilitar a nossa vida, acabou nos tornando escravos da alta produtividade em baixo/pequeno espaço de tempo. Uma mão lava a outra. Não vejo esses tais amigos amiúde, mas os tenho acessíveis "dentro" do meu desktop. Brinco de trocar palavrinhas.

Hoje mesmo, nessa madrugada [que é minha irmã], a Dida [que vi nascer, crescer e fazer Jornalismo por minha causa] me deixou um recadinho muito fofo:
"Nossa!!!! Acabei de reler o seu perfil [no Orkut]... Confesso que já havia lido algumas vezes, mas sempre me dá a impressão de que estou lendo pela primeira vez, de tão bom que é (acho q você mudou o início do texto. Ou estou enganada?). Adoro o que você escreve por causa da sua visão de vida e o jeito que você "fala com o papel" (rsrsrs)... blábláblá... Dida".

Eu tenho uma manias muito particulares. Por exemplo? Sempre "dar um tapa" no meu texto de apresentação do Orkut. Por que faço isso? Porque a essência pode ser a mesma, mas eu vou mudando... Assim, de tempos em tempos não-programáveis, eu vou lá e tiro uma frase, acrescento outra, reforço uma ideia, transformo uma intenção. Não sou uma metamorfose ambulante [como Raul], mas um ser em constante evolução [não é papo esotérico, não sou telúrica! É fruto de análise e constatação]. Tenho percepção pelo todo da vida e cada vez mais pela influência das escolhas que faço na minha própria história. Acredito na vontade soberana de Deus; mas também creio na parcela de responsabilidade pelos nossos atos com os outros e conosco; com o mundo exterior e com o interior também. Há pessoas que são maravilhosas com o próximo e se tratam como lixo. Ai daqueles que projetam as suas expectativas apenas no amor que recebem de fora! Estímulos externos precisam ser trabalhados para serem recaptados em sua melhor essência. E a aposta é sempre de alto risco. Não tem jeito. A vida é feita de tentativas [mesmo que eu morra de medo delas]. Não tenho medo de que não correspondam à minha expectativa [seria uma pequena tirana se só assim me satisfizesse]; o pavor é de que brinquem com os meus sentimentos; uma vez que eu os levo muito a sério.

Achei curioso a Dida perceber [só ela se manifestou, pelo menos] essas pequenas mudanças no "Quem Eu Sou". E quem eu sou? Esse é o texto que lá está:

Eu sou amor e sou saudade. Uma jornalista no mundo das celebridades, mas tenho a vida simples. Meus amigos são de todos os tipos e falo até com o mendigo. Sou o resultado do que vivi, somado ao desejo do que quero me tornar. Um mix do impulsivo e discreto. Sou ansiosa e detesto mentiras. Nasci para escrever, “falar com o papel”, contar histórias na tela do computador, enquanto elas não emplacam em outras mídias. Sou curiosa e novidadeira (como define Erika Palomino), porém não de vanguarda, porque conservo minhas caretices. Sou sensível e quando me apaixono, sou inteira. Dizem que sou forte, prefiro acreditar que sou determinada. Adoro ouvir histórias e estar ao lado de quem amo. Curto trabalhar, cantar e viajar. O mundo e as montanhas russas me esperam. Eu abraço!

Ter Jesus na minha vida foi a escolha definitiva. Tento reencontrá-lo a cada dia. Claro, meu coração já foi partido, meus sonhos desfeitos, minhas expectativas frustradas... Então, compreendi que os grandes tombos nos ensinam preciosas lições. Tudo passa e ganha novos contornos. Mudar o cotidiano exige criatividade e se entregar, uma dose de ousadia.

Amo, logo existo. Sou amada, logo me deixam existir em outras histórias. Trabalho o amor dentro de mim, para que ele seja bom, eficaz, justo, construtivo e inteligente. Sei que o amanhã nos renova. Acredito que tudo vai dar certo no final. Do meu jeito ou de um jeito novo, diferente, desafiador. Não fomos feitos para uma vida de derrotas.

Tenho FÉ!