11.5.09

Catarse


Gosto dos cachinhos do meu cabelo.
Mas só gosto quando estão definidos.
Quando fui fazer uma matéria de beleza, a atriz Louise D'Tuani me ensinou um truque.
Não posso contar, porque esse é um dado da matéria dela para a Cabelos & Visual.
Feita por mim, for sure.
Só que eu sempre achei que essas receitas de beleza não funcionassem comigo.
Não tenho a mão boa nem para o fogão, nem para certas artes manuais
[já fiz crochê direitinho, mas não tenho paciência].
A maquiagem e o cabelo estão nessa listagem.
O desenho e a pintura também.
Dessa vez, o truque deu certo!
Acho que devo estar começando a fazer funcionar áreas apagadas do meu cérebro. hihihi
Não há exagero nisso. Eu já queimei água no fogão!
Já fiz belos pratos também, mas não me canso de dizer que cozinha é zona de guerra.
Fogão? Campo de concentração.
Vendo TV aprendi a fazer um tipo de torrada com queijo ralado.
Não, não é um pão com queijo por cima! Oras!
É uma fritadinha só de queijo ralado, para acompanhar a sopa.
Onde eu estava com a cabeça de deixar o controle 'zapear' até o Discovery Home & Health?
Eu sempre me amarro nas programações do canal, mas não me atrevo a reproduzir nada: é frustração na certa!
Cada um com seu cada um, não é mesmo?
Que bom que há diversidade nesse mundão de meu Deus!
Eu sei trocar um pneu, serve?
Agora mesmo não daria... Deixei a unha crescer!
Estou virando madame {heeeeelp}.
Gosto de fazer café e bolo! Será que já basta?
Passei um ano cozinhando para mim e para o namorado da época.
Um tempo depois, meus dois super amigos Luke e Ninho passaram a provar do meu tempero.
Graças a Deus voltaram sempre.
Um americano também jantou lá em casa uma vez.
Estranhou, porque a gente comia ervilha sem cozinhar!
Comeu desconfiado!
Devo ter a mesma sensação se for convidada a comer grilo em um desses países asiáticos.
Grilo eu nunca comi. Nem nada parecido.
Já comi cordeiro, javali, carnes exóticas.
Meu Pai comeu cobra e jacaré.
Diz que deve ter comido pombo e gato também.
{prefiro nem pensar na hipótese disso ter acontecido com os bichinhos}
Jacaré eu nem como e nem chego perto.
Há anos tenho pesadelos horríveis com eles.
Quando entro em qualquer água, no entanto, eu fico com medo de tubarão!
Até faço oração antes de me jogar!
Seja no mar ou em rio.
{tubarão em rio? Sim, há casos!}
Até no rio de água quente eu fiquei desconfiada.
Acho que adquiri isso numa época em que estava vendo muito National Geographic.
Hoje seria um tema mais o Discovery.
Ou não?
Não gosto de achar coisas sozinha em público.
Sem uma opinião que sustente a minha...
Na minha cabeça, no entanto, vale tudo.
Penso e repenso conceitos, matrizes, dogmas, usos e costumes.
Tem dias que concordo com o interlocutor só para ele parar de me lotar a paciência.
Existe muita gente que se acha a última Pastilha Valda!
Deixo-as falando com as minhas mãos.
O "penso" é meu e só eu que sei o que penso ou não; quando devo mudar e se é o caso de.
Não chupo qualquer pastilha que me oferecem não, meu filho!
Sei lá eu a procedência?
Examino tudo e retenho o que é bom.
Ouço todo tipo de relato e história.
Guardo-as com carinho e enfeito o pavão na hora de contar.
A história escrita é dotada de sentimentos próprios.
Estes é que devem prender o leitor.
A história narrada também deve ser dotada de entonação e interpretação.
Mas qual delas seria a mais difícil de ser transmitida?
Há dificuldade em quase todas as coisas, mas existe muita facilidade no querer.
Quero e "desquero" com grande velocidade.
Busco mais do mesmo com certa rotina.
Sou fiel aos meus instintos e a quem me devoto.
Meus instintos falham, com certeza.
Minha devoção se escasseia amiúde.
Sou o contentamento descontente.
E a vontade de aprender. Sempre mais!
Busco um aprimoramento da sensibilidade e de entendimento das circunstâncias.
Escrevo como catarse aos meus sentimentos intransigentes.
Eles não calam.
Eu sim.

10 comentários:

Ivy Farias disse...

Bibi, inveja de você: eu sempre quis fazer tricot e crochet. Esta vontade se deu quando li Olga em 1988 e o Fernando Morais escreveu que quando ela e o Prestes se conheceram, ela sentou no trem e começou a tricotar. Can you imagine this: uma comunista com treinamento militar fazendo tricot? Achei o contraste incrível, sem contar que ela, mesmo revolucionária, não perdeu a ternura e continuou sendo mulherzinha.
Infelizmente, as minhas mãos só servem para escrever e cozinhar...

Bibi disse...

Ivy! Não se iluda! Já não sei mais tricotar! hahha Acho que foi a tentativa da minha mae de tentar me tornar uma adolescente mais calma! Eu não era mesmo de fazer coisas erradas, mas eu não parava quieta! Por isso até o crochê durou pouco!

Lucas Ferraz disse...

Ninho?

Engraçado ver vc chamá-lo assim...rs

Bibi disse...

Mas não era assim? Até o e-mail dele tinha essa parada de Ninho! Podia chamar de John Smith! hahaha

dida disse...

ahhh...vc esqueceu de acrescentar a essa lista que vc "já afogou o alho no óleo, ao invés de refogar o alho no óleo"...lembra? aquele dia fatídico do macarrão lá em casa?? hauhauhauhauhuhauhauh

Bibi disse...

Esse dia é inesquecível! Merece um post solo!

Josselene Marques disse...

Bibi:

Adorei este estilo de catarse no qual você "joga" o que lhe vem à mente como pétalas de rosas...

Obrigada pela visita ao meu blog.
Quando puder, visite o outro: http://jmmfselene.blogspot.com

Abraço e ótima noite!

Bibi disse...

Joss! Dois blogs é muito trabalho menina! Tanto para olhar, quanto para escrever!
Pois é. Pensamentos soltos, mas que se fundem em algum momento!

Saulo disse...

Tem dias que seus textos parecem a reprodução de uma cadeia de pensamentos, tal qual um teleprompter... Vc é mara!

Bibi disse...

Mas é uma cadeia de pensamentos! Sem teleprompter!