21.3.10

Às vezes acordo mais sonhadora que idealista


O fim de semana começou cedo e de forma cultural. Fui com ela e com ele assistir "Beatles Num Céu de Diamantes", um musical de Charles Möeller e Claudio Botelho, que está em cartaz no RioSul.

Musical mesmo, porque era um espetáculo sem falas, onde atores e atrizes em cena só cantavam os clássicos dos Beatles - sem falas. Obviamente isso me perturbou um pouco, eu: mulher de frases. E porque a dupla que concebeu o espetáculo tem uma assinatura teatral forte.

O que se viu em cena foi um desenrolar de cantoria, com inserções de dança e movimentos (do meio para o final em execuções empolgantes). Tem barriga sim, e uma galera que desafinou, fato para mim (que canta) inconcebível, principalmente porque é uma peça que já tem história, tem vida longa. Mas você sai de lá cantando e dançando. É arrebatado pelo contexto dos Beatles, pela melodia das canções, por momentos que evocam as nossas histórias de vida.

Ele sabe tudo de Beatles. Um fã com gosto e conhecimento musical apurado. Então fica muito mais interessante você assistir à peça com alguém feliz do teu lado e que pode ir te explicando certos fatos das canções, contando histórias de bastidores, fornecendo dados que tornam o momento mais formatadamente instigante.

E, claro, foi com ela que fiz a "dancinha" final, me despedindo da apresentação. Coisa bem discreta. Alegria em dupla, apenas. Bailinho Old Times. O mais interessante foi ver vários adolescentes na plateia. Muitos mesmos. E lembrar que eu tirei "Hey Jude" de ouvido na minha flauta doce. Único instrumento que já toquei direitinho na vida.

Fiquei até com vontade de fazer parte de um musical!? Espia só!?! hahaha

No dia seguinte, fui com ela, Onça e Franitos ver por que Sandra Bullock ganhou o Oscar. Chorei tanto... Meu sábado já amanheceu choroso. Às vezes sonho com o tipo de amor que não cabe em mim. Ou a mim. Ou pra mim. Às vezes acordo mais sonhadora que idealista. Futurista. Imediata. Às vezes acordo mais menina que mulher. E limpo as marcas com lágrimas.

4 comentários:

Anônimo disse...

Vc canta? onde?
Gostei bastante do musical,quando se apresentou aqui em São Paulo.
Seu blog é interessante.
Abraços

Julia

Bibi disse...

Olá Julia!
Primeira vez aqui, não é? Cool!
Não é que eu tenha achado o espetáculo ruim, não é isso, por favor! É que eu esperava outra coisa completamente diferente. Sou da escrita, da palavra e o que eu vi foi uma coisa completamente diferente.

Eu canto desde pequena, na igreja. Há quem vá diminuir essa informação. E eu vou achar que quem diminui essa informação é um tolo. Os músicos de igreja tendem a se transformar em ótimos profissionais, quando seguem carreira. Há ensaios e apresentações constantes, com outras pessoas que conhece, do riscado. Há treino, há dedicação, pois o lance é feito para Deus. Não sou profissional, mas meu ouvido foi treinado e se tornou apurado. Um toque pessoal nisso também. Skills!

Volte sempre!

C. Marshall disse...

Todos os meus amigos que foram assistir se emocionaram. E todos eles me disseram que eu vou acabar me apaixonando por uma das cantoras, a Thaty...rsrs. Por isso eu ainda não fui.... Mas sei que o elenco mudou para esta nova temporada. A Gottcha, por exemplo, saiu e não sei quem está cantando no lugar dela. Mas é um espetáculo primoroso pelo que soube. Um dia eu vou, pra chorar e me apaixonar. Neste momento prefiro ficar quieto...rsrs

Bibi disse...

Claudinho: Se apaixonar é sempre válido! Vá! Correndo! Queria ter visto a Gottsha! Dizem que no palco ela é imbatível!