Como é que a gente sabe que está vivendo um momento histórico? Pergunta complicada, não é? Mas é pertinente com a história que eu vou contar. Pensei nisso ainda hoje, quando estava escrevendo a um amigo, que está de partida para Cuba.
Você pode me perguntar: e daí? Sabe o que eu disse para ele? Tira fotos, viva as experiências com intensidade, registre as histórias, anote fatos. Com a abertura gradual que a Ilha vem experimentando, a gente sente que muito em breve tudo será diferente. Não estou aqui para discutir se a mudança vai acontecer para melhor ou para pior ou os rumos e consequências que uma abertura vá gerar. O fato é que quem está indo agora, vai visitar um lugar que está no limiar de uma transformação. Pronta para virar história.
Nesse caso, a gente bem observa que há indícios fortes que nos façam perceber a condição histórica de tempo e espaço. Fico imaginando que também não era difícil saber que alguma coisa aconteceria na Alemanha, na passagem da queda do Muro de Berlim. Os acontecimentos já registravam que não havia mais a separação entre as duas Alemanhas e a derrubada daquela fronteira foi um ato altamente simbólico para a concretização do fato histórico. Eu me lembro da matéria que o Pedro Bial fez nesse dia. Ele foi um grande correspondente internacional, daqueles que a gente diz que tem vontade de ser quando crescer. Ou também nessa última mudança de Papa que acompanhamos. Vamos combinar que João Paulo II veio dando indícios de que ia "bater a caçoleta" e entrar para a história.
No entanto, existem aqueles momentos que nos pegam absolutamente de surpresa. Por exemplo: os ataques de 11 de Setembro. Acho que todo mundo se lembra onde estava, quando soube que as Torres Gêmeas haviam sido atingidas. Eu me lembro bem. Estava na Faculdade. Minha amiga Renata passou no corredor dizendo que não teria aula, porque atingiram uma das Torres Gêmeas e estava para acontecer a Terceira Guerra Mundial. Eu fui correndo para o laboratório de publicidade, onde o professor tutor era brother e ia me deixar usar os computadores [você veja só uma coisa. Sou da época em que a faculdade tinha pouquíssimos computadores à disposição]. Os sites de notícias estavam congestionados. Já nem baixavam fotos, só textos mudados em uma velocidade constante. Fomos para o auditório acompanhar o desenrolar dos fatos.
Vamos pensar juntos: um dia como esse é inesquecível, certo? Não tem como não entrar para a história. Mas conheço gente que não deu tanta importância ao fato. Uma amiga minha, jornalista, estava visitando a cidade bem no dia da tragédia e não quis se manifestar a respeito. Era um direito dela? Claro! Ela se permitiu não querer fazer parte dessa história. Mesmo que fosse apenas mandando para o jornal um relato em primeira pessoa de como estava a situação na Ilha. Nada. Mas ela estava lá! Fato! Uma maré da história a pegou no meio do curso normal da sua vida. Somos expostos a situações como essa a todo e qualquer momento. Ou você acha que aquele povo que foi tragado pela Tsunami estaria lá, de prancha na mão, esperando a maior onda do mundo?
Gosto de ver a história acontecendo. Gosto de saber-me parte desse livro sem fim. Ainda me assusto ao pensar que Veneza pode afundar, que a Califórnia pode se partir no Grande Terremoto, que as pequenas ilhas podem ser tragadas por grandes ondas... É triste saber que não conheci o Salto das Sete Quedas [maior cachoeira do mundo em volume de água. E que não havia sete quedas, como o nome sugere, mas 19], que foi destruída para que o lago da Usina Hidrelétrica de Itaipu fosse construído [Já visitei a Usina. Já visitei as cachoeiras da Foz do Iguaçu com todos os níveis de água que se possa imaginar].
A gente também faz história, direto, quando deixa a nossa marca na vida das pessoas. E essa marca é registro da nossa passagem, da consequência das nossas ações na vida do outro. Eu faço história na vida de quem convive comigo e tento registrar aqui, para que outros nos saibam história. Não posso trazer a minha vida para a tela, mas essa já é uma outra história.
Você pode me perguntar: e daí? Sabe o que eu disse para ele? Tira fotos, viva as experiências com intensidade, registre as histórias, anote fatos. Com a abertura gradual que a Ilha vem experimentando, a gente sente que muito em breve tudo será diferente. Não estou aqui para discutir se a mudança vai acontecer para melhor ou para pior ou os rumos e consequências que uma abertura vá gerar. O fato é que quem está indo agora, vai visitar um lugar que está no limiar de uma transformação. Pronta para virar história.
Nesse caso, a gente bem observa que há indícios fortes que nos façam perceber a condição histórica de tempo e espaço. Fico imaginando que também não era difícil saber que alguma coisa aconteceria na Alemanha, na passagem da queda do Muro de Berlim. Os acontecimentos já registravam que não havia mais a separação entre as duas Alemanhas e a derrubada daquela fronteira foi um ato altamente simbólico para a concretização do fato histórico. Eu me lembro da matéria que o Pedro Bial fez nesse dia. Ele foi um grande correspondente internacional, daqueles que a gente diz que tem vontade de ser quando crescer. Ou também nessa última mudança de Papa que acompanhamos. Vamos combinar que João Paulo II veio dando indícios de que ia "bater a caçoleta" e entrar para a história.
No entanto, existem aqueles momentos que nos pegam absolutamente de surpresa. Por exemplo: os ataques de 11 de Setembro. Acho que todo mundo se lembra onde estava, quando soube que as Torres Gêmeas haviam sido atingidas. Eu me lembro bem. Estava na Faculdade. Minha amiga Renata passou no corredor dizendo que não teria aula, porque atingiram uma das Torres Gêmeas e estava para acontecer a Terceira Guerra Mundial. Eu fui correndo para o laboratório de publicidade, onde o professor tutor era brother e ia me deixar usar os computadores [você veja só uma coisa. Sou da época em que a faculdade tinha pouquíssimos computadores à disposição]. Os sites de notícias estavam congestionados. Já nem baixavam fotos, só textos mudados em uma velocidade constante. Fomos para o auditório acompanhar o desenrolar dos fatos.
Vamos pensar juntos: um dia como esse é inesquecível, certo? Não tem como não entrar para a história. Mas conheço gente que não deu tanta importância ao fato. Uma amiga minha, jornalista, estava visitando a cidade bem no dia da tragédia e não quis se manifestar a respeito. Era um direito dela? Claro! Ela se permitiu não querer fazer parte dessa história. Mesmo que fosse apenas mandando para o jornal um relato em primeira pessoa de como estava a situação na Ilha. Nada. Mas ela estava lá! Fato! Uma maré da história a pegou no meio do curso normal da sua vida. Somos expostos a situações como essa a todo e qualquer momento. Ou você acha que aquele povo que foi tragado pela Tsunami estaria lá, de prancha na mão, esperando a maior onda do mundo?
Gosto de ver a história acontecendo. Gosto de saber-me parte desse livro sem fim. Ainda me assusto ao pensar que Veneza pode afundar, que a Califórnia pode se partir no Grande Terremoto, que as pequenas ilhas podem ser tragadas por grandes ondas... É triste saber que não conheci o Salto das Sete Quedas [maior cachoeira do mundo em volume de água. E que não havia sete quedas, como o nome sugere, mas 19], que foi destruída para que o lago da Usina Hidrelétrica de Itaipu fosse construído [Já visitei a Usina. Já visitei as cachoeiras da Foz do Iguaçu com todos os níveis de água que se possa imaginar].
A gente também faz história, direto, quando deixa a nossa marca na vida das pessoas. E essa marca é registro da nossa passagem, da consequência das nossas ações na vida do outro. Eu faço história na vida de quem convive comigo e tento registrar aqui, para que outros nos saibam história. Não posso trazer a minha vida para a tela, mas essa já é uma outra história.
4 comentários:
NO 11/9 tb estava na facu, tb havia poucos computadores, tb falaram que chegou a terceira GM... Enfim, no mesmo planeta. rs
As similaridades das gerações.
Tenho pensando muito nisso ultimamente... Fazemos parte da historia... E é nosso direito escrever, registrar, brindar....
A verdade que hoje você faz parte da historia de muitas pessoas com a suas historias. Eu daqui das Minas Gerais terra das historias, de Tiradentes... Faço a minha história.
Na epoca do 11 de setembro eu estava em uma reunião no trabalho e paramos tudo para ver o noticiario lembro de ter saído para almoça já no fim da tarde...
realmente todos lembramos...
Que bom que as minhas histórias fazem parte da sua história também j25! Adoro um causo, como vc já bem notou! É isso aí mesmo! Vc faz história daí, eu daqui e a gente vai construindo um mundo mais colorido ou tornando a vida de alguém melhor, além da nossa própria!
Fico feliz pelo nosso encontro!
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