28.3.09


Não fui eu que encontrei o . Foi ele que me achou aqui no Bibidebicicleta. E que belo encontro tivemos, como quem conhece alguém pelas esquinas virtuais da vida. Como se eu tivesse deixado cair um papel e ele tivesse feito a gentileza de pegar e me entregar. Gosto desse tom de gentileza que me cerca.

Depois das apresentações, eu conheci o blog dele, o Slowdown. E descobri que ele tem uma forma delicada de colocar palavras: poesia. Das mais tocantes às mais picantes. Tudo tem sabor.

Assim como tento fazer com os meus textos, dando voz a sentimentos gerais; o faz rimas de histórias pessoais, mas que cabem na minha, na sua, nas histórias de que muito amou... E de quem quer muito amar.

O não batiza suas poesias. Notei. Achei isso tão diferente. Cada coisa que eu faço tem título, porque oferece uma individualização a cada trabalho. Nem sempre o título é bom, eu sei. Mas cada conjunto de palavras é um elemento único no "caderno da minha vida".

Mesmo sem nome, eu quis guardar essa daqui. E dividir com vocês o talento do . O único.


Amei
Amei demais
Eu sei
Bem mais do que eu precisava
E esse amor cresceu
Fico maior que nós
Maior que eu
Maior que a própria casa
Escancarou janelas
Arrombou as portas
Atravessou a varanda
Ganhou as ruas
E se perdeu no mar
Hoje
Tenho as janelas fechadas
As portas trancadas
E a casa vazia
Passo as noites
E as madrugadas
Escrevendo versos
Em meras poesias
Que são pra ninguém
Pra nada
Que são só palavras
Palavras frias
Agora
Quero uma paixão tranquila
Como uma noite de sono
Uma praia deserta
Uma casa de vila
Descansar meu olhar
E amanhecer meus dias
De frente pro mar
By José Luis Lacerda

5 comentários:

Lucas Ferraz disse...

Palmas pro Zé!!

Eu tb boto título em tudo o que faço. Digo que não gosto de rótulos, mas gosto sim. Levanto bandeira sim, gosto de preto no branco. Por isso não consigo desenhar muito bem: sou apegado demais a detalhe que fazem o desenho paracer desenho, em vez de imaginação.

E sou preso a conceitos meio batidos tb. Por exemplo: Se eu me chamasse Zé, o nome do meu blog seria "De A a Zé". Batido, né? Mas divertido, fala a verdade... hahaha

bjo

Bibi disse...

Luke... O nome dele é Jose Luis, como eu assinei lá em baixo. Nem sei se ele assina assim! Fui meio metida, mas avisei. hehehe E também sou eu que chamo de Zé. hahahaha Eu me espalho também. Li um livro que a irmã dele o chamava assim. Literariamente, para mim, ele já era o Zé. Não tem como chamar diferente!
Com ou sem rótulos, a produção dele é intensa. Praticamente diária. Eu sofro para titular, sempre acho sem graça. Vejoa mais graça em fazer. Deve ser isso...

Bibi disse...

Só para constar: a Onça pensou que Zé fosse mais um dos meus pseudônimos! rsrsrs O Zé existe sim, embora ainda não exista fora do computador para mim!

jose luis disse...

hei!
eu nao moro no computador, viu?

Bibi disse...

hahaha! Não Zé! rs Vc não mora no computador! Vc mora de frente para o mar...